Este aumento das dimensões, bem como a linha descendente do tejadilho, contribuem para uma silhueta elegante e equilibrada e a oferta de motorizações permite a escolha entre três versões a gasolina e duas Diesel, com potências entre os 204 e os 510 cavalos.
Ensaiamos a versão 250d 4Matic, com motor 2.1l de 204 cavalos e 500 Nm de binário, numa combinação de cores (branco) e jantes que não nos parece a que mais faz sobressair as linhas deste grande (4,73 cm de comprimento) coupé, que acusa, em vazio, 1850 quilos na balança.
Mas o peso não parece ser grande problema para este motor, que disponibiliza o binário entre as 1600 e as 1800 rpm, o que faz progredir o GLC com grande suavidade, bem auxiliado pela caixa automática 9G-Tronic. Há sempre potência disponível e se quisermos um pouco mais de emoção, basta selecionar o modo de condução Sport+ (existem, ainda, o Eco, Comfort, Sport e o Individual, que pode ser personalizável pelo condutor).
Apesar de ser tratar de um SUV, o facto de a altura ao solo ter diminuído em relação ao GLC “normal”, permitiu baixar o centro de gravidade, melhorando o comportamento em estrada, mas cortando qualquer veleidade fora de estrada, apesar da tração integral permanente.
O GLC Coupé sente-se mais à vontade em tiradas longas, onde oferece uma ótima posição de condução. Vamos mais altos que numa berlina normal, com o acréscimo de segurança que isso permite, mas um degrau abaixo do SUV. E num conforto digno de realce, mal se ouvindo o murmúrio do motor.De igual modo, estradas de montanha ou mais sinuosas e ritmos mais vivos não rimam neste Coupé. No entanto, se nunca esquecermos as suas dimensões e peso, o GLC até pode proporcionar alguns momentos interessantes ao volante, reforçadas, na unidade testada, pela suspensão pneumática Air Body Control (o amortecimento adapta-se, em cada roda, à situação de condução e pode ser configurado) e pelas jantes de 20 polegadas.
A suspensão que equipava o nosso GLC (um opcional que custa 1910 euros)) garante que a distância ao solo se mantém constante, mesmo com o veículo carregado. A altura é reduzida automaticamente acima dos 125 km/h e volta à altura previamente definida abaixo dessa velocidade.
Uma nota negativa para a reduzida visibilidade para trás, culpa exclusiva da traseira elevada e da linha descendente do tejadilho. Tendo em conta as dimensões deste coupé a câmara traseira é indispensável, estando escondida onde menos se espera: no símbolo da marca, que levanta quando acionamos a marcha atrás.
Qualidade
Apesar de não gostarmos da forma como o monitor de informação e entretenimento (de 8,4 polegadas) surge no tablier – parece que foi pousado à posterior -, está à altura ideal para não sermos obrigados a desviar os olhos da estrada. Pena que não seja tátil e que os comandos tenham de ser introduzidos através de um touch-pad na consola central.
A bagageira tem uma capacidade de 500 litros, que pode ser ampliada até aos 1400 mediante o rebatimento dos bancos traseiros. O acesso é facilitada pela abertura elétrica da quinta porta (que poderá, em opção, ser acionada passando o pé sob o para-choques.
A dotação de série inclui de série o “Collision Prevention Assist Plus” (que alerta o condutor em caso de colisão iminente e, se necessário, travar autonomamente) ou o “Dynamic Select”. através do qual podemos configurar os cinco modos de condução a que acima nos referimos.
A unidade que ensaiamos estava dotada, em opção, com o assistente de ângulo morto (447,51 euros), teto de abrir (1056 euros), Air Body Control, Comand Online (que integra a navegação, telefone, áudio, vídeo, internet e custa pouco mais de dois mil euros), jantes de 20 polegadas (853 euros) ou o pack AMG Exterior (1991 euros), entre outros opcionais, que a oneravam em 12 764 euros. Mas os preços do GLC Coupé começam nos 58.089 euros (250d) e terminam nos 125.739 euros, correspondentes ao AMG 63S, de 510 cavalos.
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