A década de 1980 foi prolífica no surgimento de pequenos automóveis citadinos vitaminados, conhecidos como os GT, e GTi. O objetivo de qualquer jovem naquela época era completar os 18 anos para tirar a carta de condução, e se possível vir a ter um Citroën AX GT/GTI, um Peugeot 106 GT/GTI, um Fiat Uno Turbo i.e., ou um Renault 5 GT Turbo.

 

As marcas abandonaram a produção desse tipo de automóveis, e na verdade, atualmente o próprio segmento dos pequenos citadinos tem vindo a encurtar, mas a Hyundai acha que ainda não é a altura de desistir deles. O pequeno i10 1.0 T-GDi N-Line, não sendo um verdadeiro “N”, apresenta argumentos suficientes para seduzir um jovem recém-encartado para voltar ao volante todos os dias para o conduzir.

Com uma indumentária desenhada para realçar a vertente mais desportiva: para-choques específicos, o desenho da iluminação diurna mais agressivo, jantes de 16 polegadas e a designação “N-Line” a aparecer em vários locais, bem como o escape, que agora apresenta uma saída dupla. Os retoques visuais dão-nos conta de que estamos perante uma versão diferente do i10 normal.

Mas as diferenças não são apenas estéticas, pois o i10 N-Line vê o pequeno propulsor de três cilindros com 998 cc ser também atualizado com um turbo, e capaz de produzir de 100 cavalos e 172 Nm de binário.

Uma vez no interior, há semelhanças com os automóveis do passado que vão sendo cada vez menos frequentes nos atuais: é preciso inserir a chave na ignição e rodar para pôr o carro a trabalhar, o travão de mão é manual, bem como a caixa de 5 velocidades, que é precisa, e tem um funcionamento mecânico muito agradável.

o tamanho e agilidade facilitam o slalom entre o trânsito e na altura de estacionar

Em andamento, é na cidade que o i10 N-Line se destaca: a posição de condução e a visibilidade são excelentes, o seu tamanho e agilidade facilitam o slalom entre o trânsito e quando é preciso estacionar, as suspensões são firmes, mas confortáveis, e o motor tem uma vivacidade que o faz parecer ser mais rápido do que é na realidade. Embora para um condutor experiente não seja de esperar um desempenho para níveis de adrenalina elevados, o seu comportamento é competente o suficiente para ser divertido numa estrada mais desafiante.

Num automóvel que pretende atrair um público jovem, o equipamento é um fator importante, e o i10 N-Line vem bem apetrechado: iluminação em LED com Sistema de Controlo Automático dos Máximos, Travagem Autónoma de Emergência, Sistema de Manutenção na Faixa de Rodagem, Alerta de Fadiga do Condutor, carregador de smartphone wireless, ecrã tátil de oito polegadas, Apple Carplay e Android Auto.

Os jovens de hoje que gostam de conduzir à antiga têm no Hyundai i10 1.0 T-GDi N-Line uma proposta interessante para aprender a fazê-lo, mas agora, e para descanso dos pais sem a falta de segurança dos GTi originais.

Ficha técnica
Hyundai i10 1.0 T-GDi N-Line MY20
Motor: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo
Cilindrada: 998 cc
Potência máxima: 100 cv@4500 rpm
Binário máximo: 172 Nm
Transmissão: manual de 5 velocidades
Suspensão: Frente independente, tipo McPherson, Trás barra de torção
Pneus (fr/tr): 195/45 R16
Travões: Frente discos ventilados, Trás discos
Aceleração: 10,5 s 0-100 km/h
Velocidade máxima: 185 Km/h
Consumo misto anunciado: 5,2 l/100 km
Consumo obtido neste ensaio: 6,5 l/100 km
Dimensões: Comprimento/Largura/Altura (mm): 3675/1680/1483
Capacidade da bagageira: 252 l
Deposito de combustível: 36 l
Preço: a partir de 17 085 euros com campanha de financiamento

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AVALIAÇÃO
Qualidade geral
8,5
Prestações
8
Espaço
7,5
Segurança
10
Condução
8
Consumos
7,5
Preço/equipamento
8,5