Kia Stonic: A pastilha coreana da vitalidade

26/08/2018

O Kia Stonic é a nova aposta da marca coreana no segmento dos SUV compactos. Visualmente já é um vencedor, com uma frente agressiva, uma interessante integração dos faróis de nevoeiro e uma bem proporcionada traseira, que dá ao Stonic um ar desportivo e onde tudo parece estar no local correto.

Apesar dos ventos menos favoráveis para as motorizações a gasóleo, a Kia dotou o seu SUV de um motor Diesel, o 1.6 CDRI, de 110 cavalos, e fez do Stonic um caso sério de vitalidade, economia e comportamento eficaz.

O motor Diesel, com 260 Nm de binárío logo às 1500 rotações, auxiliado por uma bem escalonada caixa de seis velocidades, de engrenamento preciso, praticamente só se faz ouvir a frio (embora, no seu conjunto, ao Stonic não calhava mal mais algum material de isolamento sonoro). Atingida a temperatura normal de funcionamento só dá sinais de vida numa aceleração mais viva. Ou seja, assegura viagens em silêncio (que este SUV compacto também se sente à vontade em fazer quilómetros), em relativo conforto para quatro adultos e uma criança.
E adjetivamos de relativo porquanto o Stonic se comporta em estrada com uma dinâmica quase de desportivo. Gostamos, pois não vem algum mal ao mundo juntar um pouco de diversão ao racionalismo dos consumos, que raramente, e mesmo abusando, atingem os 6l/100km.

O motor faz parte da diversão. Sempre alerta, desperta rapidamente ao menor toque no acelerador, o que até nem espanta se tivermos em conta o peso contido do modelo (cedido pela Cardan SA) – 1255 quilos – e o voluntarismo desta unidade motriz, que pega no Stonic com alegria e o leva com facilidade até à velocidade máxima, que são 175 km/h. Não é um desportivo, mas dá gozo conduzir.

Interior sóbrio

Tendo como principais concorrentes o Renault Captur, o Nissan Juke ou o Citroën C3 Aircross, o Stonic tenta jogar na jovialidade do interior (embora não consiga chegar ao nível, por exemplo do C3), mais por via de inserções coloridas que, nas níveis superiores, poderão ser adquiridas como opcionais, como na versão de topo por nós ensaiada, a TX.
Mesmo assim, gostamos da sobriedade que reinava a bordo, com um acabamento em cinza mate, e compreendemos a opção por alguns plásticos mais duros, que a boa montagem deverá isentar de barulhos parasitas com o passar do tempo.

Os objetos do dia-a-dia podem ser “despejados” em diversos e espaços, incluindo para os óculos, sendo de salientar, pela negativa a existência de apenas uma bolsa traseira nas costas dos bancos, mas, pela positiva, a existência de uma entrada USB para os lugares traseiros. Trata-se de um pormenor de uma utilidade inquestionável e que a maior arte dos construtores esquecem. Boa Kia!

A mala tem uma capacidade de 352 litros, podendo estender-se até aos 1.155 com os bancos deitados, dispondo ainda de um duplo fundo.

Em relação ao exterior, o Stonic permite escolher nove cores para a carroçaria e cinco para o tejadilho, o que permite cerca de 20 configurações diferentes.

Equipamento

O equipamento do Stonic pode ser pletórico, consoante a versão e os opcionais escolhidos. Todas têm um monitor tátil de sete polegadas, colocado ao centro do tablier, de navegação fácil e intuitiva.

De série, e na versão de entrada, a LX, apenas disponível com o motor a gasolina 1.25 MPI de 84 cavalos, está o ar condicionado, o Bluetooth, rádio com ecrã touch de sete polegadas e o controlo da velocidade de cruzeiro (cruise control). Com o mesmo motor a versão SX soma as jantes de liga leve de 15”, luzes diurnas LED, faróis nevoeiro e vidros elétricos traseiros.

A TX tem jantes de liga leve de 17”, sistema de navegação, câmara e sensores de estacionamento, volante em pele,e ar condicionado automático, bancos em tecido e pele, chave inteligente, luzes traseiras em LED e apoio de braço. Também os principais sistemas de segurança estão presentes (de série ou como opcionais) incluindo o alerta de Perigo de Colisão à Retaguarda (RCCW), Aviso de Colisão a Partir do Ângulo Morto (BCW) , aviso de Saída de Faixa (LDW), o Assistente de Máximos (HBA) ou o Aviso de Atenção do Condutor (DAW).

É também possível ter a assistência ao arranque em subidas, que impede o Stonic de descair, gestão da Estabilidade do Veículo, controlo de travagem em curva, que aplica uma força de travagem assimétrica a cada roda durante as travagens em curva e o Sistema de Vetorização do Binário, uma função adicional do controlo de estabilidade.

E onde este Stonic dá cartas é na garantia – sete anos ou 50 mil quilómetros – e no preço, pois, sem entrarmos na lista de opcionais, este TX custa 23.810 euros (beneficiando já de um desconto de 3.150 euros).

FICHA TÉCNICA
Kia Stonic 1.6 CRDi ISG TX
Motor: Diesel, quatro cilindros em linha
Cilindrada: 1582 cm3
Potência: 110 CV às 4000 rpm
Binário: 260 Nms/ 1500 – 2750 rpm
Velocidade Máxima: 175 Km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,3 segundos
Transmissão: Tração dianteira; caixa manual de 6 velocidades
Peso: 1255 kg
Consumo Combinado (oficial): 4.2 l/100km
Emissões de CO2: 109 g/km
Comprimento/Largura/Altura) 4140/1760/1500 mm
Bagageira: 332-1155 litros
Preço versão ensaiada: 23.810 euros

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