Mazda CX-3 1.5 SKYACTIV-D 2WD: Não mexe para não estragar

21/11/2018

Em equipa que ganha não se mexe, diz o ditado, e a Mazda seguiu à risca este princípio na mais recente renovação do seu crossover compacto.

Exteriormente, o CX-3 não apresenta grandes diferenças face ao seu antecessor, ao passo que no habitáculo houve uma revisão de alguns materiais, garantindo uma qualidade atualizada. Além do novo volante, com almofada de airbag mais pequena e comandos multifunções mais simples, o Active Driving Display – ou head-up display, como é geralmente conhecido – passa a ser a cores em vez de monocromático, com maior definição. Adicionalmente, o sistema deconectividade MZD Connectfoimelhorado, permitindo uma utilização mais simples.

Nunca conduzir um crossover ou SUV esteve tão em voga como nos dias que correm, surgindo, a cada mês, novas propostas de todas as formas e tipos de motorização. E a marca nipónica tem nesta classe um terreno predileto, sobretudo com o CX-3, de cariz mais urbano. E faz sentido. As suas dimensões compactas – tem 4,2 m de comprimento –, a adequada habitabilidade e a condução facilitada pela energia do motor 1.5 Diesel fazem dele um automóvel prático para o dia-a-dia de uma pequena família – 4 elementos, sem grandes necessidades de carga. O motor SKYACTIV-D, de 105 CV, é um dos grandes ativos deste modelo, pois, sem ser propriamente potente, satisfaz na resposta e junta a isso consumos controlados.

Tem um funcionamento suave e silencioso – para o que concorrem a baixa taxa de compressão e a melhorada insonorização – e ao mesmo tempo linear, mérito do pico binário (270 N.m) entre as 1600 e as 2500 rpm. A progressão que sentimos à carga de acelerador em muito se deve,por um lado,à bem escalonada caixa de 6 relações, e,por outro, ao peso do conjunto – 1275 kg, com condutor –, manifestamente contido para um veículo deste porte, argumento que também ajuda a manter médias mais baixas.

Conseguimos, por entre percursos de cidade e autoestrada, um registo final de 5,4 l/100 km, que podemos considerar muito positivo, tendo em conta que não andámos propriamente a ‘pisar ovos’.

Vantagem dinâmica

Grande parte do prazer ao volante deste CX-3 advém igualmente do desempenho do chassis. Para um veículo do género, este crossover é bastante consistente em apoio, proporcionando maior precisão e controlo sobre os movimentos da carroçaria. A condução torna-se mais intuitiva, e consegue aliar a isto uma absorção de suspensão e uma sensação de solidez que reforçam o conforto a bordo, tornando as viagens mais agradáveis, mesmo quando estão incluídos trajetos em todo-o-terreno ligeiro.

O CX-3 tem concorrência direta de modelos como o Renault Captur, Peugeot 2008, FIAT 500X e Jeep Renegade, estando na média destes, no que respeita a preços, quando equiparadas motorizações e potências.

Nesta renovação da gama CX-3, o construtor nipónico mantém a premissa de mais conteúdos por um preço mais baixo. Assim, esta versão ExcellenceNavi oferecede série, além de navegação por GPS, sistema de som Bose, câmara traseira de estacionamento, estofos em pele e tecido, acesso e arranque keyless, faróis em LED, climatização automática e travagem autónoma em cidade, para nomear os mais importantes.

FICHA TÉCNICA

Mazda CX-3 1.5 SKYACTIV-D 2WD ExcellenceNavi
Motor: Diesel, quatro cilindros, injeção direta, TGV, intercooler
Cilindrada: 1499 cm3
Potência: 105 CV/4000 rpm
Binário máximo: 270 Nm/1600 – 2500 rpm
Tração: Dianteira
Caixa: Manual de 6 velocidades
Aceleração (0-100 km/h): 10,1 segundos
Velocidade máxima: 177 km/h
Consumo médio: 4,0 l/100 km
Emissões de CO2: 105 g/km
Peso: 1275 kg
Preço base da versão: 27.608€

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