O renovado CX-30 é a proposta da Mazda para aquele que tem vindo a ser o segmento mais importante para as marcas atualmente: o dos SUV compactos. A filosofia do design da marca resulta num crossover de linhas desportivas, mas elegante, e com o tamanho certo para a vida na cidade.

O interior mantém a coerência com a imagem transmitida pelo exterior, com um design sóbrio, materiais de qualidade, texturas agradáveis ao toque, e uma montagem irrepreensível. A sensação a bordo é a de estarmos dentro de uma proposta do segmento superior, ao nível do premium oferecido pela concorrência germânica, mas sem a etiqueta de preço correspondente.

O conforto nos lugares da frente está assegurado por bancos ergonómicos, que têm um bom apoio lateral. Atrás há espaço para dois adultos viajarem confortavelmente em distâncias mais longas, com a possibilidade de se juntar um terceiro, desde que o trajeto não ultrapasse os limites da cidade. A boa ergonomia estende-se à localização dos controlos, com a existência de botões físicos para as principais funções, e um comando rotativo para controlar o sistema de infoentretenimento, cujo ecrã não é tátil. A bagageira com 430 litros completa o espaço disponível neste crossover citadino familiar.

 

O equipamento de série inclui uma lista de respeito, a começar pela iluminação Full LED, retrovisores exteriores com rebatimento automático, ajustáveis e aquecidos, ar condicionado bi-zona automático, head-up display, acesso e arranque sem chave, sistema de navegação Apple Car e Android Auto. No que diz respeito a equipamento de segurança, destacamos, por exemplo, o apoio à travagem em cidade, a deteção de ângulo morto com controlo do tráfego traseiro, o assistente de manutenção na faixa de rodagem, os máximos automáticos e o cruise control adaptativo.

Ao contrário da tendência da maioria dos restantes fabricantes, a Mazda acredita que os motores de combustão interna ainda têm muito para nos dar, e, neste caso estamos perante um quatro cilindros em linha de 2,0 l atmosférico, com 150 cv, cuja atualização viu a adoção de um sistema mild-hybrid 24 V, para cumprir as emissões exigidas pelas normas europeias.

 

Com tração integral, dinamicamente, o CX-30 não merece nenhum reparo, antes pelo contrário: mesmo sem sobrealimentação, os 213 Nm às 4000 rpm proporcionam uma resposta expedita às solicitações do acelerador, que é complementada com uma caixa manual de seis velocidades de ação curta, bem escalonada e um excelente acionamento mecânico. Juntamente com a precisão da direção acionada por um volante com o tamanho certo, e uma boa pega não irá deixar desiludido quem goste de conduzir, apesar de ter de comprar um SUV em prol da família.

Os carros com motores de combustão interna, já tiveram mais fãs, especialmente os que consomem gasolina, que nos dias de hoje custa 2 euros o litro. Para não desperdiçar este liquido precioso, o CX-30 tem alguns truques na “manga”, tais como a desativação de cilindros, e a a componente semi-eletrificada de 24 V. Com isto, a Mazda diz ser possível consumos entre 4,9 a 5,2 l/100 km em percurso extraurbano. Durante o nosso teste em percurso misto registámos 7,4 l/100 km.

Num panorama em que os automóveis estão todos cada vez mais parecidos, o design distinto do CX-30 é uma característica bem vinda, que juntamente com a qualidade de construção, o equipamento, e as boas prestações dinâmicas, o tornam uma opção a ter em conta.

Ficha técnica:

Mazda CX-30 e-Skyactiv G 150 cv
Motor: 4 cilindros em linha
Cilindrada: 1998 cm3
Potência máxima: 150 cv
Binário máximo: 213 Nm
Transmissão: manual de 6 velocidades
Travões: discos ventilados/discos
Aceleração 0-100 km/h: 9,1 s
Velocidade máxima: 206 km/h
Comprimento/Largura/Altura: 4395 mm /1795 mm /1540 mm
Distância entre eixos: 2655 mm
Capacidade da bagageira: 430 l
Deposito de combustível: 51 l
Peso: 1395 kg
Preço: a partir de 33.094 euros

AVALIAÇÃO
Qualidade geral
9
Prestações
8
Espaço
7
Segurança
10
Condução
9
Consumos
6,5
Preço/equipamento
9,5