Indistinguível por fora, esta variante do XC40 que já é o automóvel 100% elétrico mais vendido na Suécia, difere do anterior P8 por ter apenas um motor no eixo dianteiro, capaz de produzir 170 kW (231 cv) e conseguir uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7,4s.

 

Comparativamente, o P8 Recharge, com dois motores, produz 300 kW (408 cv) e leva apenas 4,9s para os mesmos valores de aceleração. Como acontece com todos os automóveis da marca hoje em dia, a velocidade máxima é limitada eletronicamente, que no caso do P6 são 160 km/h.

Nesta versão de entrada, a bateria é também um pouco menor, dispondo apenas de 67 kWh de capacidade útil, mas que ainda assim a Volvo anuncia ser capaz de oferecer uma autonomia de 400 km (WLTP). Permite carregamentos rápidos até 150 kW, demorando pouco mais de trinta minutos dos 10% aos 80%.

Os Volvo XC40 Recharge estão disponíveis com três versões de equipamento. A versão de entrada, designada Core, começa nos 49 535€. Esta versão conta com ar-condicionado de duas zonas, sistemas de assistência à condução incluindo ajuda de manutenção na faixa de rodagem, aviso de ângulo morto, câmara traseira e sensores de estacionamento frontais e traseiros. A versão Plus, por mais 2 480€ adiciona o Pilot Assist às ajudas à condução, e segurança extra com Intellisafe Surround (BLIS), e abertura elétrica da porta da bagageira. Já para chegar à opção Ultimate são necessários mais 5 550€, que ao equipamento das duas versões anteriores junta Tejadilho Panorâmico Elétrico, Sistema de Som Premium Harman Kardon, e câmara de 360°.

No interior do XC40 Recharge Plus, a versão testada, não há vestígios de pele de origem animal. Os materiais utilizados são maioritariamente de origem reciclada, sem por isso perderem um feeling premium, tanto ao olhar, como ao toque. O espaço a bordo não é referencial no segmento, a causa é a utilização da plataforma CMA, que por uma questão de custos está pensada para receber também motores de combustão como é o caso do XC40.

Ainda assim há espaço disponível para acolher quatro adultos muito confortavelmente, sendo o lugar do meio do banco de trás penalizado pela existência do túnel de transmissão reservado ao irmão XC40 que ainda monta um motor de combustão. A bagageira disponibiliza 419 litros e na frente ainda há um compartimento com mais 30 litros, onde se podem guardar os cabos de carregamento.

Sem modos de condução, utilizámos apenas o one pedal drive durante o nosso teste. Sem preocupações com consumos fizemos uma média de 21 kW/h, o que dará para uma autonomia de cerca de 335 Km, não muito longe do anunciado pela marca.

Os clientes de automóveis elétricos dão muita importância ao software, à interface e à integração com o seu smartphone. A Volvo percebeu isso e deu aos clientes algo que estão habituadas a utilizar no seu dia a dia: um ecrã que replica o formato ao alto dos smartphones com um sistema integrado de serviços Google específico para automóveis, onde até podemos instalar as aplicações que mais utilizamos. A integração com o smartphone é total e a experiência de utilização com o software de navegação Google Maps é das melhores do mercado.

Ficha técnica:
Motor: um motor elétrico, no eixo dianteiro
Aceleração (0-100 km/h): 7.4 s
Potência: 170 kW/231 cv
Velocidade máxima: 160 km/h
Binário: 330 Nm
Tração: Dianteira
Capacidade útil da bateria: 67 kWh
Tipo porta carregamento: Type 2
Tempo carregamento AC: 7 horas
Tipo porta carregamento rápido: CCS
Potência carregamento rápido: 150 kW DC
Potência carregamento: 11 kW AC
Tempo carregamento rápido: (40->300km) 32m
Velocidade de carregamento: 47 km/h
Velocidade de carregamento rápido: 470 km/h
WLTP Autonomia: 420 km
Consumo do veículo: 18.6 kWh/100 km (combinado)
Bagageira: 419 L
Comprimento: 4420 mm Largura; 2035 mm Altura; 1640 mm
Peso reboque travado: 1500 Kg
Carga tejadilho: 75 KgPeso: 2.480 Kg

AVALIAÇÃO
Qualidade geral
9
Prestações
8
Espaço
8
Segurança
9,5
Condução
8,5
Consumos
8
Preço/equipamento
8