Toyota Prius: Veio para ficar

31/07/2017

Em 1997, a Toyota surpreendeu meio mundo com um veículo que introduziu a palavra
híbrido no léxico automóvel. O primeiro Prius foi vendido inicialmente no Japão e
somente em 2000 começou a ser vendido no resto do mundo. Em 2003, o surgimento de
uma carroçaria de formas “diferentes” e sua adoção por conhecidas estrelas de
Hollywood levou o Prius a ser olhado de uma forma mais racional. Sem nunca termos
conduzido as anteriores versões, experimentamos a quarta geração do Prius. Ainda
mais diferenciadora no design e mais eficiente em termos energéticos.
Qualquer que seja a cor escolhida, o novo Prius não passa despercebido no atual
panorama automobilístico. Quer o achemos feio, diferente ou bonito, a verdade é que
este híbrido merece ser conduzido para corretamente julgado. Não é em vão que, ao
longo de anos, foram vendidos cerca de 3,5 milhões de Prius, ou seja, é o híbrido mais
vendido em todo o mundo.
A Toyota assume que quer o Prius diferente e se a frente é relativamente
consensual, a traseira custa a “perceber”. Mas a verdade é que, no recentemente
lançado, e já por nós experimentado, Prius Plug-in, a traseira é bem mais apelativa.
Muito espaço
Uma vez no habitáculo tudo muda de figura. Nota-se que estamos
num carro diferente, mas tudo está no sítio do costume. Um grande
monitor tátil ao centro comanda as funções básicas, por cima e também ao meio
do tablier, estão os indicadores normais, como a velocidade, o consumo, etc, mais os
próprios deste evoluído híbrido, com gráficos que nos permitem, a todo o momento e
ao final do dia, sabermos se estamos a conduzir da forma mais ecológica possível.
Uma pequena alavanca comanda a caixa dita de Variação Contínua (na prática só
temos de nos preocupar em andar para a frente ou em marcha atrás ou engrenar um modo B, que serve de travão motor e recarrega mais rapidamente as baterias, que também são carregadas durante as travagens e nas fases de desaceleração).
Para quem vê as fotos e torce o nariz ao branco da consola central, saiba que pode ser
escolhida também em preto.
Destaque ainda para o grande espaço interior, os muitos locais de arrumação,
os bancos confortáveis, os materiais de bom nível e os acabamentos robustos. E
nem a bagageira escapa às boas noticias, com uma capacidade de 502 lts. Ou seja,
o Prius faz bom uso dos seus 4,54 metros de comprimento e dos seu 1,76m de largura.
Andamento sereno
O Prius está bem dotado de equipamento e é um carro em que se viaja num silêncio notável (e não só quando em modo elétrico) e com
uma fluidez de condução digna de registo.
Torna-se necessário, isso sim, fazer um reset muito breve à nossa forma de conduzir. O
carro tem 122 cavalos, uma autonomia de dois quilómetros em modo elétrico e se
conduzido corretamente, com suavidade, pode brindar-nos em cidade com um consumo de
3,2 l/100km (feitos no Porto em dia de semana)… O que é ótimo para um carro com
1375 quilos, que se despacha dos 0 aos 100km/h e, 10,6 segundos e atinge uns mais
dos que suficientes 180 km/h de velocidade máxima.
O comportamento do carro não merece o mínimo reparo. A carroçaria é 60% mais
rígida, o centro de gravidade mais baixo e o Prius, alem de rolar com toda a
estabilidade, ainda é muito confortável.
Num altura em que o Diesel passa por um mau bocado e em que quase todos as
marcas já dispõem de híbridos, a Toyota está bem posicionada na luta pela liderança,
pois praticamente todos os seus modelos dispõem de uma versão híbrida e há alguns
que já nem tem motores a gasóleo.
O elevado conteúdo tecnológico deste Prius tem um preço, que começa nos 30 345 euros e vai até aos 34 610 euros (versão Luxury, com pack Pele e Techno).

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