Isso porque já nos debruçámos sobejamente sobre os mesmos (em especial com a inclusão dos sistemas de infoentretenimento Discover Pro com controlos por gestos e com o painel de instrumentos Active Info Display personalizável em ecrã de 12.3 polegadas) noutros artigos aquando do momento da renovação da gama.
Esteticamente, não irá ver muitas novidades neste Golf. Mantêm-se as linhas tradicionais, embora existam diferenças ao nível da grelha dianteira e dos faróis, bem como novo desenho do para-choques. Atrás, os farolins têm igualmente novo desenho e a iluminação LED passa a estar disponível nas duas pontas. Quase nos esquecíamos que existem novas jantes disponíveis para este modelo…
‘Por certo que as diferenças estão por dentro‘, dirão alguns. A resposta é… nem por isso. Porém, isso não é mau. Longe disso. O Golf continua a ser uma referência na construção do seu habitáculo e mesmo os materiais utilizados são de muito bom nível. No caso do veículo ensaiado, não existe o comando por gestos do novo sistema de infoentretenimento (com ecrã de 9.2″), mas sim um sistema mais comum – ainda assim já bem interessante em termos de conectividade – com ecrã tátil de oito polegadas e conexão aos smartphones. Funcionamento rápido e intuitivo para aplausos generalizados.
O espaço para os ocupantes não se alterou, o que significa que atrás viajam dois passageiros sem preocupações, mas a largura não é referencial, o mesmo sucedendo com a amplitude para as pernas de quem aí viaje. Também a bagageira vai perdendo posições no ranking dos compactos familiares, com 380 litros de capacidade, o que fica apenas na média do segmento.
Caixa de maravilhasO motor 1.6 TDI com injeção direta e turbo de geometria variável é bem conhecido, mas a sua potência foi aumentada em 5 CV para os 115 CV. Mantém o funcionamento suave e as respostas muito competentes que caracterizavam o bloco da casa de Wolfsburgo. Mas a sua mais-valia está aqui nesta versão na associação à caixa DSG de 7 velocidades que, no caso do 1.6 TDI, se revela uma ajuda preciosa para transformar o pacato bloco Diesel num modelo de respostas muito convincentes. É tanto assim que parece ter mais do que os 115 CV, aproveitando o binário da melhor forma em todas as ocasiões e fazendo deste motor uma unidade sempre muito elástica e ‘redonda’ no seu funcionamento.
Naturalmente, quanto mais se eleva o ritmo e se puxa pelo ponteiro das rotações, mais o motor começa a mostrar algumas limitações, sobretudo quando supera as 3.500 rpm, deixando de figurar na sua área de conforto. Não tanto pelas prestações, mas pelo aumento dos consumos, que em condução despreocupada é até bem interessante. No nosso ensaio, como sempre com 60% da medição efetuada em cidade e os restantes 40% em nacionais e vias rápidas a velocidades legais, o valor obtido foi de 4,9 l/100 km. Um registo muito positivo.
Dinamicamente, o Golf mostra-se competente e seguro de guiar, mesmo que não seja um carro que incite a toadas rápidas: por outras palavras, é um carro que não apela a curvar de forma aguerrida (o caso muda de figura com outros motores… como no GTI ou no GTD), mas que cumpre com distinção quando a tal é obrigado. O facto de ter eixo de torção atrás limita um pouco a sua precisão a curvar e o conforto em piso degradado, embora ofereça, não obstante, uma estabilidade direcional eficaz que o faz sobressair.
No cômputo geral, o Golf é um carro tremendamente seguro e com todos os atributos de confiança que fazem dele um excelente ‘all-rounder’. Tanto mais que a direção é precisa e o amortecimento oferece bons níveis de conforto na larga maioria das situações. Enfim… um Golf é um Golf.
O título diz quase tudo. O Golf, nesta sua renovação de meio de ciclo (enquanto não chega uma geração completamente nova), sem mudar por aí além, mantém a sua atualidade e a sua competência na generalidade dos atributos. Tão racional que é bom. E no grande esquema das opções de gama, a versão com motor 1.6 TDI continuará a ser relevante no mercado nacional – apesar do aumento da relevância do 1.0 TSI a gasolina – pela sua suavidade de funcionamento e economia. Quanto a nós, a opção pela caixa DSG de 7 velocidades deve ser considerada de forma séria, uma vez que transfigura o motor turbodiesel numa opção mais elástica e aguerrida. Se quer um Golf Diesel esta pode ser a combinação certa para si.
Características | Volkswagen Golf 1.6 TDI DSG7 |
---|---|
Motor | 1.598 cc, turbodiesel, injeção direta, intercooler |
Potência | 115 CV/3.200 rpm |
Binário | 250 Nm/1.500 rpm |
Transmissão | Dianteira, caixa automática de dupla embraiagem/7 velocidades velocidades |
0-100 km/h | 10,5s |
Velocidade máxima | 195 km/h |
Consumo (anunciado/medido) | 4,0 l/100 km (4,9 l/100 km) |
Emissões CO2 | 102 g/km |
Comp/larg/alt. (mm) | 4.255/1.799/1.452 |
Distância entre eixos (mm) | 2.637 |
Peso | 1.317 kg |
Suspensão (Fr/Tr) | Independente McPherson/eixo de torção |
Mala | 380/1.270 litros |
Pneus | 205/55 R 16 |
Preço | Preço: 29.438€ (Trendline) |
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