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Apresentação Peugeot 308: Atenção a este leão de garras afiadas

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Evolução significativa, o novo Peugeot 308 reúne todos os condimentos para voltar a conquistar de assalto o segmento C, ainda tão importante na Europa mesmo com o crescimento substancial das carroçarias SUV. Com efeito, o novo modelo da Peugeot evoca um sentimento de competência que perpassa em todos os detalhes, confiando também na eletrificação como argumento de peso: duas versões híbridas plug-in farão parte da gama de lançamento, juntando-se em 2023 uma variante 100% elétrica. O leão está de garras afiadas… O novo 308 chegará aos concessionários em janeiro de 2022.

Explicando o conceito original deste novo 308, a gestora de produto do modelo compacto, Vera Charpentier, aponta para um detalhe relevante: o ponto de partida do novo 308 era já bastante alto, ou seja, o anterior 308, modelo que se apresta a sair dos concessionários no final deste ano. Mas, a ambição era melhorar nos pontos considerados como fragilidades e consolidar as virtudes.

Indissociável de todo o conceito está o desenho do novo 308: uma mescla de agressividade e especificidade, num volume que apresenta a nova identidade de design da Peugeot. Na frente, a grande grelha com o novo logótipo da Peugeot, sendo o primeiro automóvel da marca a ostentar este novo brasão, evocativo do passado da marca de Sochaux. Mas aqui só se vê presente e futuro: os faróis esguios e estilizados contam com tecnologia LED de série – de Matriz LED nos níveis de equipamento superiores –, não faltando as ‘presas’ do leão alinhadas com os faróis para funções de iluminação diurna.

O perfil é o que menos surpreende, estando alinhado com o desenho do anterior 308, mesmo que a secção inferior, mais esculpida, seja digna de destaque. É na traseira que estão os outros pontos de destaque, sobretudo na linha horizontal dos farolins, com tecnologia LED, e no para-choques desportivo em preto para maior distinção e contraste. Porém, é na carrinha (Station Wagon) que secção traseira ganha outro brilhantismo. A faixa negra a unir os farolins desaparece e em seu lugar surge um elemento destacado na forma de um pequeno spoiler integrado na própria tampa da bagageira, logo abaixo do óculo. Um detalhe que dá, efetivamente, outra presença a este modelo.

Maior e melhor

Para o novo 308, a Peugeot recorreu à plataforma modular EMP2, a qual tem o condão de permitir o recurso a multienergias, ou seja, combustão e eletrificação. No caso da versão de cinco portas (hatchback), o grande destaque vai para o crescimento de 11 cm no comprimento, medindo agora 4,367 mm, e para o aumento de 5,5 cm na distância entre eixos, que passa a ser de 2675 mm. A altura reduziu-se em 2 cm para 1441 mm. Já a largura é a mesma, ou seja, 1859 mm (com os espelhos recolhidos).

A bagageira varia consoante a tipologia de motorização: nas versões exclusivamente térmicas, oferece 412 litros (mais 28 litros sob o piso de carga), podendo chegar aos 1323 litros com os encostos dos bancos traseiros rebatidos. Nas versões híbridas, a capacidade é de 361 litros (mais 12 litros sob o piso de carga), para um valor máximo de 1273 litros com os encostos dos bancos traseiros rebatidos.

O valor da carrinha

Igualmente disponível no lançamento, a versão carrinha terá grande importância, sendo agora uma alternativa distinta aos SUV. Sabendo que o estilo pode ajudar a captar uma faixa de clientes mais jovem – a das jovens famílias que valorizam a desportividade –, a Peugeot aposta num design mais arrojado, como já atrás indicado, mas também no reforço fundamental do espaço a bordo e da funcionalidade. Isto num cenário em que o mercado empresarial (B2B) terá um peso relevante em redor dos 70% no mercado, sobretudo em Portugal.

Face à versão de cinco portas, a Station Wagon é mais comprida, refletindo-se isso na habitabilidade e na capacidade da bagageira. Com um comprimento total de 4633 mm (mais 60 mm), a distância entre eixos é de 2732 mm, mais 55 mm do que na berlina, permitindo mais 129 mm de espaço para os joelhos na segunda fila.

Tal como sucede na versão hatchback, também as dimensões da bagageira variam consoante a motorização escolhida. No caso das versões térmicas, a capacidade é de 608 litros, atingindo os 1634 litros com os encostos dos bancos traseiros rebatidos. O acionamento do portão traseiro faz-se de forma elétrica, recorrendo a botão na bagageira. Para se tornar ainda mais prático, o novo 308 SW possui um banco traseiro rebatível em 3 secções (40/20/40), de série.

Entre o i-Cockpit e a evolução da conectividade

Se o exterior trata de chamar a atenção, o interior sublinha esse mesmo efeito com uma combinação exemplar de tecnologia e qualidade, havendo uma atenção ao detalhe digna de modelos premium, sobretudo nas versões de equipamento mais recheadas. A combinação do sistema i-Cockpit em nova evolução com ecrã de 10” atrai bastante pela aparência e funcionalidade tecnológica, sendo amplamente parametrizável, podendo oferecer modos de visualização distintos, como o de navegação. No nível de equipamento GT, adota tecnologia 3D que, segundo a Peugeot, permite outro entrosamento de condução.

Muito positivo é também o novo sistema de infoentretenimento i-Connect Advanced assente em ecrã tátil também de 10” a revelar-se fácil de utilizar, mesmo que nem sempre intuitivo à primeira vista. Dispõe de janelas múltiplas com widgets ou atalhos, tal como num tablet, podendo circular entre menus, da esquerda para a direita e de cima para baixo, para aceder às notificações ou ainda, através de um toque com três dedos, fazer surgir o menu das aplicações. O sistema beneficia de navegação conectada TomTom, com a visualização do mapa na totalidade do ecrã de 10” e atualizações realizadas ‘over the air’.

A funcionalidade ‘Mirror Screen’ (espelhar o ecrã do smartphone) faz-se sem fios, sendo agora possível conectar dois equipamentos com Bluetooth em simultâneo.

A climatização continua a estar ‘absorvida’ neste ecrã, o que acaba por não ser ideal mas, por outro lado, é possível aceder ao mesmo por via de botão de atalho. A partir do nível de equipamento Allure, o novo 308 integra ‘i-toggles’ totalmente configuráveis, que substituem o painel físico frontal da climatização. Cada ‘i-toggle’ é uma tecla de atalho sensível ao toque para acesso às configurações do ar condicionado, a um contacto telefónico, a uma estação de rádio, ou a uma aplicação, podendo ser configuráveis pelo utilizador. O volante pode ser aquecido e reúne comandos de quatro grupos principais: sistemas de áudio e multimédia, telefone e sistemas de ajuda à condução. Há ainda reconhecimento de voz natural para interação com algumas funcionalidades.

A sensação de qualidade e robustez é geral, traduzindo-se numa proposta muito completa e acolhedora, distanciando-se facilmente como uma das mais interessantes de ‘sentir’ no seio do segmento.

Vale a pena experimentar

Regressando ao sistema i-Cockpit, apresentado pela primeira vez no 208 de 2012, volta a conhecer mais uma evolução na combinação de painel de instrumentos em posição elevada e volante de pequenas dimensões. Há que encontrar uma posição de condução em que a parte superior do volante não tape o painel de instrumentos, tendo eu, nos ensaios efetuados em França, que baixar sempre o volante o máximo possível. Mas, tendencialmente, será uma questão de preferências, uma vez que mesmo este ponto não é consensual entre os jornalistas presentes no evento, prendendo-se sobretudo com a estatura do condutor e com a preferência da posição de condução (mais alta ou mais baixa).

Noutros detalhes do habitáculo, destaque ainda para os bancos bastante confortáveis, tendo as versões mais equipadas a possibilidade de montarem bancos com classificação AGR para ergonomia (que era uma das exclusividades da Opel…), com grande amplitude de regulações. Podem, igualmente, dispor de regulações elétricas de dez vias com duas posições memorizáveis. Os bancos dianteiros envolventes podem, também, estar equipados, em opção, com um sistema pneumático de massagem com oito bolsas de ar insufláveis e com diversos programas distintos, bem como com função de aquecimento.

A marca preocupou-se também em oferecer mais espaços de arrumação a bordo, sobretudo na consola central. É na consola central que se encontram também os comandos para a condução (‘Park’, ‘Reverse’, ‘Neutro’ e ‘Drive’) e o seletor de modos de funcionamento (dependendo da variante, podem ser ‘Electric’, ‘Hybrid’, ‘Eco’, ‘Normal’ e ‘Sport’).

Os híbridos em destaque

A gama de motorizações beneficia da proverbial liberdade de escolha tão querida ao grupo Stellantis, do qual a Peugeot faz parte. No lançamento, as versões eletrificadas híbridas plug-in (PHEV) surgem com natural destaque atendendo à tendência crescente de transição, mas os motores convencionais ainda não foram abandonados.

Começando pelos PHEV, a marca surge com uma versão nova de 180 CV de potência combinada, que se junta à de 225 CV de potência combinada (360 Nm de binário conjunto). A constituição de ambas é praticamente idêntica, tendo ambas as variantes duas rodas motrizes, motores 1.6 PureTech a gasolina e caixa automática e-EAT8 de oito velocidades. Também partilham o motor elétrico de 81 kW acoplado à caixa. A potência total é, pois, determinada pela potência da unidade a gasolina, sendo de 150 CV na versão Hybrid 180 e-EAT8 e de 180 CV na Hybrid 225 e-EAT8. As emissões de CO2 são de 25 g/km no modelo de 180 CV e de 26 g/km no de 225 CV, com autonomias elétricas de 59 e de 60 quilómetros, respetivamente.

A bateria de iões de lítio tem uma capacidade de 12.4 kWh, estando disponíveis dois tipos de carregadores embarcados: um carregador monofásico de 3.7 kW, de série, e outro de 7.4 kW, igualmente monofásico, opcional. Os tempos de carregamento variam pois em virtude do carregador embarcado escolhido e da tomada. A partir de uma ‘wallbox’ de 7.4 kW e com o carregador de bordo de 7.4 kW, o tempo de carregamento é de 1h55. Com o carregador de bordo de 3,7 kW numa tomada reforçada de 16 A, a carga completa leva 3h50, enquanto uma tomada standard de 230 V (8 A) com o carregador de bordo de 3.7 kW o tempo de espera é de 7h05.

Já a gama de motores térmicos é mais restrita, consistindo nos blocos 1.2 PureTech de três cilindros de 110 CV com caixa manual de seis velocidades e de 130 CV com caixas manual de seis velocidades ou automática de oito (EAT8), e no 1.5 BlueHDi de quatro cilindros com 130 CV de potência, disponível com caixa manual de seis velocidades ou automática de oito velocidades (EAT8).

Tecnologia de segurança

Um novo passo em direção à condução semiautónoma é dado com o pack Drive Assist 2.0 (disponível no início de 2022). Este inclui o Cruise Control adaptativo com função Stop and Go (com caixa de velocidades automática EAT8) e a ajuda à manutenção do veículo na faixa de rodagem, ao mesmo tempo que adiciona três novas funções para vias com dupla faixa de rodagem: mudança semiautomática de faixa (propõe ao condutor a ultrapassagem do veículo imediatamente à sua frente, regressando depois à faixa original, funcionando entre os 70 e os 180 km/h), recomendação antecipada da velocidade (propõe ao condutor adaptar a velocidade do veículo consoante os sinais de limitação de velocidade) e adaptação da velocidade em curva (otimiza a velocidade em função do ângulo da curva até aos 180 km/h).

Entre os diversos equipamentos disponíveis, o novo 308 demarca-se ainda pela oferta do já referido portão traseiro ‘Easy Open’ para acesso à bagageira, vigilância de longo alcance do ângulo morto (75 metros), alerta de tráfego atrás do veículo nas manobras de marcha-atrás, nova câmara de marcha-atrás de alta definição de 180º, ajuda ao estacionamento 360º através de quatro câmaras (dianteira, traseira e laterais), travagem automática de emergência (com deteção de peões e ciclistas, tanto de dia, como de noite, dos 7 aos 140 km/h, consoante a versão) e alerta ativo de transposição involuntária de faixa com correção de trajetória, entre outros.

Gama e preços

A gama nacional da nova geração do 308 começa com o nível de equipamento Active Pack (de entrada), já com equipamento como o sensor de estacionamento traseiro, Active Safety Brake, ar condicionado bi-zona, ecrã central tátil de 10”, Mirror Screen sem fios, faróis LED e sistema Peugeot i-Cockpit com painel de instrumentos digital de 10’’ personalizável.

Surgem depois os níveis Allure, Allure Pack, GT e GT Pack, cada um com adição suplementar de equipamento, destacando-se nos GT e GT Pack o conjunto de índole mais desportiva complementado depois com equipamento tecnológico de topo (às jantes de 18” juntam-se o painel de instrumentos digital 3D de 10’’ personalizável, os faróis de Matriz LED, estofos tri-material Couro/Alcantara e Knit, banco do condutor de ajuste elétrico com certificação AGR ou sistema Hi-Fi premium da Focal.

Equipamento Versão Preço
Active Pack 1.2 PureTech 110 cv CVM6 25.100 €
1.2 PureTech 130 cv CVM6 25.800 €
1.5 BlueHDi 130 cv CVM6 29.200 €
HYBRID 180cv e-EAT8 37.450 €
Allure 1.5 BlueHDi 130 cv CVM6 31.600 €
1.5 BlueHDi 130 cv EAT8 33.500 €
1.2 PureTech 130 cv CVM6 28.200 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 30.100 €
HYBRID 180cv e-EAT8 39.650 €
Allure Pack 1.5 BlueHDi 130 cv CVM6 32.500 €
1.5 BlueHDi 130 cv EAT8 34.400 €
1.2 PureTech 130 cv CVM6 29.100 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 31.000 €
HYBRID 180cv e-EAT8 40.550 €
GT 1.5 BlueHDi 130cv EAT8 36.850 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 33.450 €
HYBRID 180cv e-EAT8 43.000 €
HYBRID 225cv e-EAT8 44.500 €
GT Pack 1.5 BlueHDi 130cv EAT8 38.900 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 35.500 €
HYBRID 180cv e-EAT8 45.050 €
HYBRID 225cv e-EAT8 46.550 €

PRIMEIRO CONTACTO

Bem à altura das expectativas

Conhecido o novo 308 por fora e por dentro, faltavam os sempre importantes ensaios de primeira análise, o primeiro contacto para perceber como se comporta o novo modelo da Peugeot numa amplitude variada de situações e cenários. Rumámos assim à ‘meca’ europeia do cinema, Cannes, em França, para perceber quais os argumentos deste novo compacto familiar na terra do conhecido festival.

Entre trajetos variados e gama completa de motorizações e carroçarias, pudemos experimentar um pouco de todos os modelos que serão lançados. Apesar disso, voltamos a insistir na imponência gráfica e estética do novo 308 – tão robusto e agressivo, que chama sempre a atenção por onde passa. No concurso da estética, a variante carrinha acaba por ser a que mais se destaca, sobretudo pela agressividade da traseira. Houve arrojo por parte dos designers da marca.

A bordo, o tal ambiente de qualidade redobrada em consonância com a ótima escolha de materiais e construção aparentemente sem falhas. Os detalhes cromados saltam à vista e a ergonomia está em boa nota – pelo menos, assim que se encontrar a posição de condução ideal entre o volante e a visualização do painel de instrumentos. Um dos pontos comuns a todas as motorizações foi o da insonorização, muito bem conseguida.

Take 1: O ‘mal-amado’ Diesel

Sem claquete, mas com uma chamativa cor de carroçaria encarnada, o primeiro motor ensaiado foi o 1.5 BlueHDi de 130 CV associado a caixa manual de seis velocidades. Agradável pela disponibilidade em baixos regimes e pela sua elasticidade, o motor 1.5 turbodiesel revela uma eficiência muito interessante, refletindo uma ótima economia com prestações deveras competentes, ocasionalmente apenas traídas pela caixa de velocidades com escalonamento algo mais longo (o manuseamento também não é perfeito).

O comportamento surpreende pela positiva, pois apesar de muito confortável, o 308 é seguríssimo em curva, correspondendo com precisão ao volante, sendo por isso uma opção a considerar para quem não só procura conforto para a família, mas também satisfação nas viagens do dia-a-dia.

No final de um percurso de 62 quilómetros, as informações de consumo apresentavam 5,1 l/100 km, embora seja de referir que uma boa parte (cerca de 25 quilómetros) foram feitos em autoestrada).

‘Take 2’: Venha o híbrido

Para a segunda ‘etapa’, num percurso de cerca de 42 quilómetros, optámos pelo híbrido de 180 CV de potência. Aqui, a capacidade de insonorização ganha outra relevância, uma vez que o silêncio a bordo impera numa grande parte da viagem sem recurso ao motor térmico e sem ruídos provenientes do exterior.

Embora já não tenhamos conseguido apanhar a carga da bateria a 100% – tinha um valor em redor dos 20 quilómetros de autonomia restante -, esta versão consegue oferecer elevadíssima eficiência, alternando amiúde entre o motor a gasolina e a máquina elétrica de 81 kW, sem sobressaltos. Nessa entreajuda reside um forte argumento, servindo não só para movimentar este 308 sem emissões com valiosa energia e desafogo, mas também para ajudar o motor a gasolina em caso de necessidade. Regra geral, qualquer que seja a situação, o sistema dá uma excelente conta de si, não soçobrando nas prestações.

Nesse trajeto, obtivemos uma média de 3,2 l/100 km nos 42 quilómetros efetuados, de acordo com a ‘Trip 2’ do computador de bordo, colocando a ‘zeros’ assim que se iniciou a o percurso. Porém, foi possível constatar a soma deste trajeto com a do condutor anterior, pelo que no mostrador de ‘Trip 1’, o total de 81 quilómetros percorridos retribuíram uma média de 2,0 l/100 km.

O aumento do peso pelo módulo híbrido é pouco relevante, parecendo até ajudar na distribuição de peso pelo chassis quando em condução mais dinâmica, mas em nada afeta o conforto, que é bastante elevado, não obstante as jantes de 18 polegadas da unidade testada em configuração GT Pack.

‘Take 3’: Gasolina também conta

Para a cena final de ação, faltava a versão a gasolina 1.2 PureTech. Optámos assim pela variante de 110 CV com caixa manual e carroçaria carrinha. De forma surpreendente, o motor de três cilindros sai-se bastante bem, com um desempenho notável sobretudo em baixos regimes, perdendo fulgor com alguma naturalidade quanto mais sobem as rotações.

A caixa de velocidades é precisa – mais do que no Diesel – e ajuda a uma boa sensação de condução, com as prestações a mostrarem desafogo e versatilidade de ritmos, mesmo em recuperações.

Com jantes de 16″ e a versão mais simplista de equipamento (Active Pack), o 308 SW mantém a elevada estabilidade em curva, respondendo com aprumo a mudanças de direção, acentuando um pouco mais o conforto em virtude dos pneus de menores dimensões (que quebram um pouco a imponência visual).

Como referido, o nível de equipamento era o mais básico, pelo que a versão do sistema de infoentretenimento era a mais simples, com um ecrã tátil de menores dimensões e comandos suplementares físicos logo abaixo, incluindo para a climatização. Não obstante a menor sofisticação, parece-nos que esta configuração apenas perde em espetacularidade de apresentação, mantendo a mesma competência de funcionamento e de interação.

Foi com este que fizemos o maior percurso – 87 quilómetros -, para um consumo médio de 6,1 l/100 km.

Em suma…

O novo Peugeot 308 é, decididamente, um passo em frente em todos os aspetos. Consegue oferecer uma gama de motorizações que irá agradar a todos os clientes e consegue afirmar uma boa eficiência com todos eles. O visual é um ponto de destaque, mas também o é a tecnologia embarcada, que parece apontar para um nível de sofisticação de segmento superior. Este leão tem garras muito afiadas e não tem medo da concorrência.

*Em Cannes, França