Há uma nova smart prestes a chegar às estradas portuguesas. O #1 é o primeiro modelo da smart Automobile enquanto marca independente na Europa e é o maior de sempre e o mais tecnológico de sempre. Dado este novo passo, Bernardo Villa, CEO da smart Portugal, garante que o ADN da marca mantém-se desde o início: oferecer mobilidade de forma inteligente. O crescimento é apenas uma consequência natural da própria evolução da marca.

Com o novo #1 a assumir-se como o arranque de uma nova fase da smart a nível global, é impossível não comparar com os anteriores modelos da marca que até 2019 era detida pela Daimler/Mercedes-Benz.

Na atualidade, resultado da joint-venture entre a Mercedes-Benz e a Geely, a smart assume uma independência inédita, com Bernardo Villa a explicar ao Motor24 que os princípios fundamentais da marca mantiveram-se, embora tenha sido obrigada a crescer para um segmento que é dos mais lucrativos – o dos SUV.

“Desde o princípio da smart, com o primeiro que lançámos, antecipámos uma necessidade. Na altura, há 20 anos, a grande questão era a da mobilidade e do estacionamento nas cidades. Mas os nossos clientes cresceram e ainda hoje recebo chamadas de clientes que casaram e tiveram filhos e hoje, por muito que gostassem, não conseguiam andar com os nossos carros, sobretudo com o smart fortwo”, começa por explicar, afirmando que a marca “teve exatamente o mesmo processo evolutivo”.

“A smart cresceu em termos de dimensões e em termos de posicionamento –, estamos bastante mais premium –, mas essencialmente continuamos a manter o ADN da marca: a simplificação, a vida na cidade com toda a tecnologia que temos no carro e a conectividade, infoentretenimento e soluções que ajudam na cidade, bem como o espaço interior, que foi uma das características que acompanhou a smart desde os primórdios. Com este carro temos o melhor dos dois mundos, conseguimos ter o espaço, a tecnologia, a conectividade, conseguimos ter o ADN da marca presente, com um design que continua a ser baseado na Mercedes e na smart, um design progressista, com toda a flexibilidade de produção e uma tecnologia de mobilidade elétrica do parceiro chinês que é a Geely”, acrescentou.

O responsável português refuta, assim, a ideia de que este crescimento nas dimensões seja contrário aos princípios fundamentais da smart, antes obedecendo à tal mudança de necessidades na sociedade.

“Quando lançámos o smart em 2001, as pessoas diziam ‘para que é que preciso um carro tão pequeno?’, diziam que não era seguro e que não servia para nada. Depois, vieram a perceber que a necessidade existia e que o carro satisfazia essas necessidades. O que temos aqui é um modelo que vai captar todos aqueles clientes que vieram para a smart pela dimensão na época, mas que hoje têm uma família maior e precisam de mais espaço”, explica, concretizando que esta evolução acabou por ser natural, assim como a adoção das motorizações elétricas, das quais a marca não irá mais abdicar.

“Não digo que houve uma mudança de paradigma [da smart]. O que eu digo é que as necessidades das pessoas mudaram e nós acompanhamos essa mudança das necessidades. Que este smart #1 está preparado com tecnologia, conectividade e espaço que vai ajudar as pessoas nas cidades não tenho a mínima duvida. Também elas cresceram e temos de perceber onde é que estão as necessidades das pessoas e essas necessidades estão mais para este tipo de viaturas”, completa, sem negar, porém, que esta nova fase também poderá trazer outras vertentes, como uma mais próxima à do anterior smart fortwo (que ainda se mantém em comercialização).

“Nós fechámos um capítulo e abrimos um novo capítulo da marca. Sempre dissemos que iríamos desenvolver um novo portefólio de produtos sobre a égide do ‘hashtag’, que significa uma tendência, a nova tecnologia, e que iríamos lançar um portefólio de produtos que será revelado a seu tempo. O que é importante termos presente é que este carro é de uma nova geração construída sobre a plataforma SEA que é uma plataforma modular e que nos vai permitir produzir carros maiores… e mais pequenos”, assume. “Temos um preço altamente competitivo, mas a oferta que temos neste produto, atrevo-me a dizer, vai marcar a tendência para este segmento. Vamos democratizar a mobilidade elétrica”.

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