A Citroën fará uma aposta forte na eletrificação da sua gama já em 2020, com o surgimento de cinco modelos 100% elétricos até ao final dos ano, a que se junta ainda um modelo híbrido Plug-in para cobrir assim todos os segmentos de mobilidade.

A marca do ‘double chevron’ prevê a entrada em pleno na eletrificação, recorrendo a muitas das ‘ferramentas’ desenvolvidas pelo Grupo PSA. Ao todo, até final de 2020, a Citroën terá seis veículos eletrificados, dos quais cinco 100% elétricos e um Plug-in híbrido.

A revelação foi feita em Paris, numa conferência de apresentação da estratégia de eletrificação da Citroën para os próximos anos, com Laurence Hansen, diretor de Estratégia e de Produto da marca, a dar alguns pormenores quanto aos futuros lançamentos da Citroën.

Entre os elétricos a bateria contam-se o Ami (junho em França, novembro em Portugal) para uma mobilidade alternativa, o sucessor do C4 para o segmento C, que terá versões a gasolina e elétrica (final do ano), a SpaceTourer EV (final do ano) e os comerciais Jumper EV e Jumpy EV, também no final do ano. Já o Plug-in será o C5 Aircross PHEV (junho), um SUV que a Citroën idealiza como um ‘Silent Urban Vehicle’.

Sobre o modelo de segmento C, que terá uma variante 100% elétrica, a estratégia é dar o poder da escolha aos clientes, com motorizações diferentes para cada necessidade. Sem conceder grandes detalhes sobre o modelo em si, a marca promete um design assertivo e tecnologias de conforto avançadas.

O objetivo final é ter 100% da gama eletrificada até 2025, seja com verões elétricas, seja com a hibridação.

Reinvenção da mobilidade

Mas, também se falou de ideias mais latas para a mobilidade. Os novos conceitos de mobilidade e de ecologia estão no cerne daquilo que a Citroën prevê que venha a ser a próxima grande mudança no setor do automóvel, aliando ideias de sustentabilidade e digitalização. Mas, nessa transição, a marca do Grupo PSA não quer abdicar de noções que têm caracterizado o seu historial, nomeadamente as ideias de conforto, inovação e arrojo, corporizadas em modelos como o Type H ou o 2 CV.

Esta foi a ideia defendida pelo recém-nomeado CEO da Citroën, Vincent Cobée. Além de recordar muitos dos progressos e inovações inscritos na história da marca francesa, Cobée destacou a importância de observar a era da eletrificação como uma de “oportunidades e de inovação”.

Nesse sentido, deu a conhecer o novo programa global da marca, denominado ‘The CCubed Program’ e que faz alusão aos pilares da marca com um jogo de palavras, no qual a ideia de ‘C ao Cubo’ (C³) representa as iniciais para as premissas de ‘Cool, Comfort e Clever’ (divertida, confortável e inteligente, em português). O responsável máximo pelos destinos da Citroën destacou que “há uma oportunidade para inovar e dar um passo mais na mobilidade e no conforto”.

Alertou, porém, que as novas tendências da mobilidade poderão ser disruptivas também no sentido em que a própria liberdade dos cidadãos pode ser posta em causa, seja pelo custo dessa mobilidade, seja pelas próprias limitações impostas por cidades na circulação de alguns tipos de veículos. Daí que a primeira das fórmulas alternativas deixadas no ar por Cobée tenha sido a do lançamento do Ami, pequeno veículo elétrico de baixo custo (6900€ em França) que tem uma autonomia de 70 quilómetros e que permite diferentes formas de utilização (compra ou aluguer), sem necessitar de carta de condução.

Daí que Cobée tenha recorrido à ideia de “Nova Experiência de Mobilidade Urbana” ao referir-se ao Ami, cuja ideia original partiu de um concept revelado no Salão de Genebra de 2019, o Ami One.

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