A Lexus está apostada em crescer no mercado europeu e o NX poderá ter um papel muito importante nesse seu objetivo. Tratando-se de um SUV criado bem ao gosto dos europeus, o novo NX aprofunda a imagem de marca dedicada à eletrificação – sendo o primeiro modelo a contar com um sistema híbrido plug-in. Na apresentação internacional do modelo, os principais responsáveis da Lexus ‘abriram o jogo’ e explicaram como o NX será importante na estratégia de médio prazo.

Preferindo uma estratégia de alternativas criadas à medida de cada mercado, atendendo aos diferentes ritmos de adoção das motorizações elétricas, a Lexus olha para o NX como um passo decisivo, sendo proposto com duas versões híbridas, uma delas de ligar à tomada com autonomia elétrica acima dos 60 quilómetros, numa estreia para a marca de luxo japonesa. Essa ideia de oferta de modelos à medida de diferentes mercados fica patente, por outro lado, pela oferta do novo NX com motores a gasolina para os mercados da Europa de Leste, como o russo, enquanto no Ocidente, os híbridos irão ditar leis.

Pascal Ruch, Vice-Presidente da Lexus Europa, é o primeiro a admitir que o NX traz consigo todos os condimentos para ser bem-sucedido no Velho Continente. “O NX é o modelo central para a Lexus e o centro de gravidade para a marca no mercado europeu. Estamos confiantes de que esta nova geração vai manter a sua posição muito forte e fomentar o nosso crescimento na Europa. Vendemos 175 mil ao longo dos cinco ou seis anos e cada sete em dez clientes vieram de outra marca, pelo que foi a primeira vez deles a experimentar a Lexus e sabemos que isso foi muito reconhecido pelos nossos clientes. O NX tem um papel-chave em expandir a gama e dar-nos acesso a mais clientes”, revela o belga, naquele que parece ser um objetivo ambicioso para o crescimento da Lexus na Europa.

“Penso que a nossa ambição com a nova geração é de vender cerca de 35 mil unidades por ano, ou seja, um terço do volume total que pretendemos para a Europa, o que está em linha com a primeira geração do NX nos seus primeiros dois anos. Estamos confiantes de que poderemos manter essa quota de mercado ao longo do seu ciclo de vida. Queremos que seja o centro de gravidade da marca em todos os países da Europa”, reforçou.

Abordando o processo de transição energética na Europa à qual muitas marcas votaram já o seu compromisso com a eletrificação total, Pascal Ruch adianta que a Lexus está apostada em ter soluções distintas para diferentes mercados ou necessidades locais, descartando igualmente a ideia de que a gama poderá vir a ser encolhida. Ao invés, aponta mesmo que o número de modelos poderá crescer.

“A cobertura do mercado que temos hoje é aquela que ambicionamos ter nos próximos anos. Claro que há certas dinâmicas que tentamos ter em conta, mas não queremos reduzir a nossa presença nalguns mercados… Talvez possamos até expandir a nossa presença nalguns segmentos”, atira, não confirmando se modelos como o LC poderão vir a deixar a ‘cena’ europeia. De igual forma, rejeita também a transição total para um modelo de comercialização digital dos automóveis, considerando que “temos as duas vertentes e não temos planos de seguir unicamente por uma via. Os concessionários continuarão a ter um papel importante”.
Diretor da Lexus Europa, Spiros Fotinos está apostado em levar a Lexus até uma posição de destaque no mercado europeu.

Por outro lado, permanece ainda alguma incógnita em termos de posicionamento da subgama desportiva F Sport, que chegou a ser apontada como potencial rival para divisões como a AMG da Mercedes ou a M Performance da BMW. Spiros Fotinos, Diretor da Lexus Europa, explica que “o nosso foco quando olhamos para os plug-in híbridos e quando falamos com os nossos clientes, o que nos dizem é que não procuram plug-in híbridos desportivos. Mas a versão de equipamento F Sport do NX será uma versão interessante de conduzir, como verão”.

Ainda no tema da condução, Fotinos separa as ‘águas’ e adianta que há uma uma diferença efetiva entre os sistemas utilizados no Toyota RAV4 e o do novo NX – embora sejam o mesmo de base. “Olhar para a potência não é tudo. Tem de se olhar para o pacote completo, para o que a plataforma oferece, para o que a suspensão transmite… Quando puderem ensaiar estes modelos vão sentir toda a vitalidade que o novo NX transmite”, garante.

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