Volkswagen T-Cross: Muito mais do que um ‘Mister T’

13/03/2019

Foi uma das últimas marcas a apostar no filão dos SUV compactos, mas como não há fome que não dê em fartura, a Volkswagen dispõe agora de uma gama bastante completa em que o T-Cross é o mais recente dos membros. Um modelo bastante compacto com muitos elementos partilhados com o Polo, mas que junta irreverência em doses muito elevadas. Com gama de motores a gasolina de 95, 115 e Diesel de 95 CV, os preços arrancam nos 18.780€, estando a sua chegada a Portugal prevista para o mês de abril.

Mais recente e irreverente dos modelos que se junta à família SUV da Volkswagen, este T-Cross é quase como um ‘irmão’ caçula que assume todos os traços de jovialidade próprios de quem descobre a idade adulta. Não admira que tenha uma certa identidade para com os outros SUV, uma gama que é dominada pela letra ‘T’ – T-Cross, T-Roc, Tiguan, Tiguan Allspace e Touareg –, mas é entusiasta, personalizável e adequado para uma geração que gosta de marcar impacto pelo estilo. Um ‘Mr. T’, portanto.

Assim, nada como olhar para alguns elementos estéticos marcantes, como a grelha integrada com os faróis (com tecnologia LED na iluminação e nos faróis diurnos de circulação), para-choques de carácter amplo pela grelha em plástico preto na dianteira, a que se junta um protetor inferior de carroçaria que não terá outro propósito que não chamar a atenção para o que poderia ser uma ‘vida’ fora de estrada. Na traseira, um outro traço marcante, neste caso a tira refletora horizontal que liga os dois farolins, associada ao nome T-Cross em posição horizontal, um hábito cada vez mais comum entre os fabricantes automóveis. As jantes, disponíveis em grande números de desenhos, variam entre as 16 e as 18 polegadas, contribuindo para aquele arrojo ainda mais vincado do T-Cross.

A sua base é a do Polo, mas também a doutros modelos semelhantes, como o SEAT Arona, ou seja, a MQB A0, mas um responsável da Volkswagen garantiu-nos que o T-Cross foi mais diferenciado em relação ao Polo do que o Arona em relação ao Ibiza, no caso da marca espanhola. Com 4,11 metros de comprimento, é mais comprido 54 mm do que o Polo, pelo que a habitabilidade fica mais protegida nesse capítulo, com os lugares traseiros a oferecerem amplitude interessante para adultos em altura e no posicionamento das pernas. Para as restantes medidas, aponte-se uma altura de 1,58 metros, uma largura de 1,98 metros (com espelhos) e uma distância entre eixos de 2,55 metros.

A bagageira oferece muito interessantes 385 litros na sua posição normal, podendo a deslocação longitudinal dos bancos traseiros em 14 cm (em bloco, ou seja, o banco move-se como um todo) ampliar a capacidade de carga da bagageira para os 455 litros, um valor já capaz de rivalizar com os segmento C. Doutra forma, o rebatimento do encosto desses mesmos bancos amplia a capacidade para 1281 litros, havendo ainda que notar a possibilidade de baixar também o banco do passageiro para levar objetos mais compridos.

Quanto ao interior, para o qual existem diversos packs de design disponíveis de forma a poder personalizar o ambiente do habitáculo (com embelezadores do tablier a combinarem com o revestimento dos bancos), sobressaem os plásticos rijos, que predominam de forma geral por todas as superfícies do tablier. No entanto, têm apresentação robusta e sólida, dando um visual de qualidade. A posição de condução é elevada como é típico num SUV, dando boa visibilidade geral. Os elementos de personalização apenas estão disponíveis para os dois níveis de equipamento superiores – sendo que só existem três: Base, Life e Style).

Entre os elementos de destaque, de série conta com sistema de áudio Composition Colour com ecrã de 6.5” a cores e quatro entradas USB (duas à frente e duas atrás), podendo receber opcionalmente o sistema superior com ecrã de 8 polegadas a cores que permite uma variedade de funcionalidades com a tecnologia Volkswagen Connect, que consiste numa aplicação que abre o leque de experiências ao volante do T-Cross, graças a um adaptador que se liga na porta OBD do veículo e que, através do Bluetooth, liga-se ao smartphone e regista diversos dados do carro (diário de bordo, consumos, duração, custos, marcação de serviços ou função de ajuda). Este sistema surge de série no nível de equipamento de topo Style, que tem a navegação de série.

Ainda no campo tecnológico, opcionalmente, o condutor pode dispor da instrumentação digital Active Info Display, com um custo cada vez mais democratizado. Também na segurança, progressos no equipamento, aparecendo de série com três sistemas importantes, o Front Assist com travagem autónoma de emergência com monitorização de peões, assistente de manutenção na faixa de rodagem e assistente de deteção de objetos no ângulo morto. Outros sistemas, como o Driver Alert System, cruise control adaptativo e assistente de estacionamento estão colocados na lista de opcionais, bem como o sistema keyless de acesso e ignição sem chave.

Motores: Tudo turbo

No campo dos motores, a marca recorre a uma série de blocos “comprovados e testados”, como referem, assumindo um cunho acessível, surgindo no lançamento com três mecânicas – duas a gasolina e uma Diesel, que a marca reconhece estar num patamar descendente em termos de interesse, mas que não poderia deixar de estar presente na gama. Assim, a ‘abertura’ da gama cumpre-se com o 1.0 TSI de três cilindros e injeção direta, com potências de 95 CV (apenas com caixa manual de cinco velocidades) e de 115 CV (com caixa manual de seis velocidades ou DSG de sete relações). O 1.6 TDI surge na variante de 115 CV, havendo poucos dados sobre o mesmo ainda disponíveis, o mesmo se aplicando para outra motorização futura, o 1.5 TSI com desativação de cilindros, com 150 CV de potência e caixa DSG7 unicamente.

O modelo com 95 CV conta com um binário máximo de 175 Nm entre as 2000 e as 3500 rpm, acelerando dos zero aos 100 km/h em 11,5 segundos, para uma velocidade máxima de 180 km/h. A unidade de 115 CV a gasolina tem um binário máximo de 200 Nm entre as 2000 e as 3500 rpm. A aceleração os zero aos 100 km/h cumpre-se em 10,2 segundos para uma velocidade de ponta de 193 km/h. Os consumos estão cifrados nos 5,8 e os 6,3l/100 km e as emissões entre os 130 e os 142 g/km de CO2 em ambos os casos, já sob o método de aferição WLTP.

Quanto ao 1.6 TDI, pouco a dizer. Ainda se encontra em processo de homologação com um valor de 95 CV e 250 Nm de binário máximo, surgindo com opções de caixa manual ou automática DSG7. A motorização Diesel apenas chegará em maio, enquanto o 1.5 TSI só em 2020.

O novo T-Cross será produzido em Navarra, Espanha, surgindo posteriormente noutros mercados, como o do Brasil e da China com versões locais, ligeiramente maiores.

Quanto a preços, arrancam nos 18.771€ para o 1.0 TSI de 95 CV Base, culminando nos 27.215€ do 1.0 TSI de 115 CV DSG Style. Os preços já incluem a garantia geral de cinco anos ou 90.000 quilómetros.

1.0 TSI 95: 18.771€
1.0 TSI 95 Life: 21.131€
1.0 TSI 115 Life: 22.264€
1.0 TSI 115 Style: 25.620€
1.0 TSI 115 DSG Life: 23.859€
1.0 TSI 115 DSG Style: 27.215€

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