Das lágrimas caldo faço / Do coração escudela / Esses olhos são panela / Que coze bofes e bafo / E demais cabidela. Luís de Camões, o mais patrimonial dos poetas da alma lusitana, celebra assim no Auto de Filodemo o inefável costume da utilização do produto integral na cozinha tradicional portuguesa, juntando-lhe o aspecto viril do desafio que as miudezas viscerais existe desde que nos entregamos ao chamado produto integral. Os portugueses por princípio aproveitam tudo de uma mesma peça e vêm tentando desde há séculos transformar toda a criação, caça e pesca em pináculos de prazer. A lógica […]

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