Carocha: O improvável conquistador da Antártida

23/03/2017

Em 1963, a Volkswagen ofereceu um Beetle para ser o meio de transporte de exploradores da Antártida. A missão, levada a cabo por uma unidade de investigadores australianos dedicada à pesquisa científica do continente gelado, durou um ano e serviu bem os propósitos da marca alemã: a demonstração das capacidades do Carocha mesmo em condições meteorológicas severas. O carro teve direito a uma nova pintura, vermelho vivo para sobressair no meio do branco da neve, e foi batizado de Antarctica 1.

A aventura teve início a bordo de um navio quebra gelo que transportou o Beetle até ao destino que seria terreno de testes. Temperaturas de – 52ºC e ventos gélidos em rajadas de 200 km/h não derrotaram o carocha das neves que tão bem serviu a equipa de cientistas nas deslocações necessárias. Equipado com correntes de neve, o Volkswagen cumpriu as suas missões rebocando trenós de equipamento, transportando cientistas em curtos trajectos de exploração e sem dar grande trabalho aos mecânicos da base testemunhas da performance do competente motor refrigerado a ar. Chegaram mesmo a chamar-lhe o “Terror Vermelho”.

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O sucesso da experiência acabou por ser imortalizado por uma sessão fotográfica em que o Carocha faz pose com modelos bem parecidos e vestidos a rigor. A resposta da Volkswagen aos desafios da natureza foi bem sucedida e lá está o triunfante Carocha a ombrear com os pinguins no seu habitat natural.

Quanto ao Antarctica 1, uma vez cumprida a missão, regressou à Austrália e chegou mesmo a correr no BP Rally de 1964. A eficácia da máquina fez com que o substituto, o Antarctica 2 desta vez pintado de cor de laranja, assumisse funções num período ainda mais longo, entre 1964 e 1969.

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