Tal como já tem sucedido com as outras marcas do Grupo Renault, com os seus diferentes manifestos e diferenciação no posicionamento, também agora a Alpine, enquanto marca vincadamente desportiva, traça o seu caminho através do plano ‘Renaulution’, abrindo o caminho para os próximos modelos daquilo que a companhia denominada de ‘Dream Garage’ (garagem de sonho).
Segundo as palavras da própria marca, o Alpenglow representa o reinício da Alpine, olhando para o futuro sustentável do desporto automóvel, com especial atenção para o as emissões limpas (incluindo hidrogénio) em traçados de estrada e de corrida, com um design onde o condutor se integra com o cockpit.
Neste sentido, o Alpenglow representa um futuro onde os automóveis de corrida, bem como as próximas gerações de produtos Alpine, não emitem quaisquer gases nocivos. O hidrogénio “verde” é uma das soluções que a marca está a considerar para uma mobilidade sustentável. Um motor movido a hidrogénio liberta praticamente nada mais do que vapor de água durante a combustão.
Como grande premissa deste concept car está a tecnologia ainda inovadora em torno do motor de combustão interna alimentado a hidrogénio. Esta é uma solução que marcas como a Toyota já têm vindo a desenvolver, embora se encontre ainda num estágio muito embrionário.
A aposta no hidrogénio ‘verde’ resulta daquilo que a Alpine acredita que será a combinação de diversos sistemas neutros em carbono para a obtenção da mobilidade com zero emissões, aproveitando a complementaridade natural entre automóveis que funcionam com uma bateria elétrica (BEV), automóveis que funcionam com uma célula de combustível (FCEV) e automóveis com motores híbridos de combustão interna que utilizam um combustível sustentável – possivelmente hidrogénio ‘verde’.É por isso que a Alpine está a estudar uma tecnologia que poderá prefigurar os automóveis de corrida e de estrada da marca: um motor híbrido de combustão interna a hidrogénio é apresentado como amigo do ambiente, associado a credenciais como a ausência de peso de uma bateria e o entusiasmante acompanhamento sonoro.
Com dois tanques de hidrogénio cilíndricos a 700 bar, o Alpenglow é tão leve como o resto dos automóveis da marca, assegurando aos condutores uma experiência mais convencional de condução, mas com emissões limpas.
Para desenvolver esta tecnologia, a Alpine está a aproveitar a perícia das entidades do Grupo Renault, que construíram um ecossistema completo em torno do hidrogénio, incluindo a HYVIA. Paralelamente ao GP de França de Fórmula 1, no passado mês de julho, a equipa de F1 Alpine BWT e a HYVIA anunciaram planos para entrar numa parceria para investir, em conjunto, em tecnologias de ponta e na transição para uma mobilidade sustentável.
Monolugar para as novas emoções
O termo Alpenglow representa o amanhecer nas montanhas. O paralelismo é feito com o momento da Alpine. O brilho avermelhado sobre as montanhas, pouco antes do nascer do sol, é um símbolo para este concept car como o alvorecer de tecnologias e formas revolucionárias.
O cockpit do concept car Alpenglow é transparente, tem um toque azulado e a forma de um capacete. O volante geométrico do Alpenglow é inspirado nos carros de corrida de LMP1 (do Mundial de Resistência). A identidade Alpine brilha através dos flocos de neve embutidos num prisma central, com o logótipo ao fundo, que chama a atenção para o montanhoso universo Alpine.
As patilhas da caixa são transparentes e retro iluminadas, o que aumenta a leveza no interior, sem artifícios, onde só a experiência importa. A base do volante também abriga dois seletores para as várias funções incorporadas, que espelham as dos carros de Fórmula 1 e LMP1. No concept car, eles controlam várias características, incluindo o Controlo em Pista e a Travagem Regenerativa. O volante também conta com um botão Overtake (ultrapassagem) que liberta um aumento de potência.
O condutor tem uma chave de ignição em forma de prisma que se encaixa no volante. Completa a pirâmide no centro, que se ilumina à medida que o automóvel ganha vida.
As assinaturas de luz do Alpenglow revelam uma nova identidade para os automóveis da Alpine no futuro. O fluxo de luz começa na frente, onde é vermelho, seguindo depois até à traseira, onde adota várias tonalidades de azul, apontando para o seu motor de combustão interna de hidrogénio, que não liberta praticamente nada mais do que vapor de água.
Na traseira, destaque ainda para o spoiler completamente transparente, o que o esconde na carroçaria. A forma deste concept car otimiza o fluxo de ar e aumenta, assim, o desempenho aerodinâmico. Aliás, a Alpine explica que este concept foi ‘moldado’ para competição, mesmo que não existam planos para colocá-lo nesta forma em qualquer competição.
Mantendo a ideia de um modelo leve, como é apanágio dos Alpine, a marca recorreu à sua larga experiência acumulada nas áreas de engenharia e design, utilizando carbono reciclável como mais uma medida de desenvolvimento sustentável
O que aí vem na Garagem de sonhos
A próxima geração de modelos – apelidada de ‘Garagem de Sonhos’ – compreenderá três modelos totalmente elétricos: um desportivo compacto (segmento B), um crossover GT (segmento C) e um substituto do A110, com um elemento comum a todos eles – a condução como fonte de prazer.
A assinatura luminosa do Alpenglow é uma das marcas de design que inspirará os modelos da Alpine – tanto à frente como atrás, enquanto o volante desportivo aqui apresentado também estará presente nos futuros modelos da Alpine.
O carbono, incluindo o carbono reciclado, também será incorporado nos próximos automóveis, para que estes sejam tão orgulhosamente leves como todos os Alpine que os precederam.
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