Durante muitos anos, o conceito por trás do Skyactiv-X era considerado um unicórnio, ou comparado a uma máquina de movimento perpétuo, algo que não poderia existir na realidade. Mas a Mazda conseguiu colocar na estrada um motor a gasolina que consegue ter o mesmo comportamento e eficiência de um motor Diesel. O objetivo da marca japonesa é usar o motor a gasolina por mais anos, de uma forma tão eficiente que o uso deste combustível será menos poluente que a produção de eletricidade para um carro elétrico.
Como é que isto vai ser possível?
Com um sistema que usa compressão controlada por faísca. Num motor a gasolina, a vela de ignição é usada para queimar a gasolina. Quanto mais ar, mais eficaz é a queima, poupando-se combustível. Existe um equilíbrio de 14,7 partes de ar para uma de gasolina, chamado relação ar/combustível ideal ou relação estequiométrica, o mínimo onde se perde energia para lidar com a refrigeração. Mas, aumentando a quantidade de ar e dando origem a uma mistura pobre, a queima torna-se instável.
A solução foi utilizar uma vela mesmo em fase de compressão. Num motor Diesel, a compressão é suficiente para queimar o gasóleo, não necessitando de vela. Fazer a transição entre estas duas formas de queima necessitava de controlos de alta precisão para encontrar o momento exato. O Skyactiv-X não precisa de fazer essa transição, pois a vela garante que o sistema funciona à alta rotação típica de um motor de gasolina, mesmo com a quantidade elevada de ar encontrada na mistura pobre.
Mas o que é que isso significa para o condutor?
Com este sistema, o motor a gasolina vê um aumento de 20 por cento na potência e de 30 por centro no binário, enquanto o consumo desce 30 por cento a velocidades de cruzeiro. A Mazda experimentou a tecnologia num motor com 2 litros de cilindrada, pelo que a potência sobe de 160 para 190 cv, e o binário de 210 para 250 Nm.
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