Ao volante do Classe A 180 d: ‘Hey Mercedes, vamos dar o fora daqui?’

07/06/2018

Para quem conhece a perspicácia e sagacidade de soluções como a Siri, o facto de um simples ‘hey Mercedes’ dito em voz alta poder chamar uma espécie de assistente virtual para nos facilitar a vida na tarefa da condução pode não parecer tão revolucionário assim. Mas, a bordo de um automóvel, este é verdadeiramente um ponto digno de destaque. Sabe como é ‘viver’ com o novo sistema MBUX da Mercedes-Benz? Vamos tentar dar-lhe uma ideia…

Não vá a pensar em conversas muito profundas com a Mercedes. ‘Ela’ não lhe vai responder a coisas como o sentido da vida (falta de sentido de humor, dirão alguns…) ou se você é o(a) mais bonito(a) do mundo. Não foi para isso que a Mercedes-Benz concebeu o sistema. Este foi idealizado para servir de assistente em diversas tarefas, ajudando em coisas tão simples como programar uma rota de navegação para um destino ou fazer uma chamada telefónica para alguém da sua lista de contactos (uma dica: nomes com acentuação são para ser ditos como se não o tivessem, como por exemplo, Joao). Quer saber o estado do tempo para uma zona em específico. A Mercedes saber-lhe-á responder. Tem calor na sua viagem? Peça-lhe para ligar o ar condicionado nos 18 graus. Porém, não fará como o K.I.T.T. do ‘Justiceiro’ quando lhe pedir para ‘dar o fora daqui’, ativando o ‘turbo-boost’. Mas pode sempre imaginar que sim…

Primeiro estranha-se

Os primeiros tempos são de alguma estranheza por estar a dar ordens a alguém invisível no seu carro, mas depois, com a utilização, irá conhecer os comandos mais importantes a dar e a interação com a Mercedes torna-se intuitiva. Já agora, evite usar a expressão Mercedes nas suas conversas em voz alta com outro passageiro que esteja a bordo – em ‘carne e osso’ – uma vez que o sistema vai pensar que está a falar com ele…

O volante é uma espécie de centro de comandos, com botões táteis para navegar no painel de instrumentos com diversas configurações, além de botões para o cruise control e sistema multimédia.

Seja como for, pela facilidade de utilização, pelo acerto nas funções desempenhadas e pela inovação, este é um sistema que merece amplo destaque, sendo fácil de perceber porque é que a marca lhe vota grande atenção nas suas campanhas.

Ao mesmo tempo, no modelo ensaiado, a solução dos dois ecrãs contíguos confere um visual ‘hi-tech’, com diversas formas de personalização, tanto do painel de instrumentos, como do ecrã central (este último tátil). Existe ainda um centro nevrálgico de comando na consola central, na quase existe ainda uma superfície tátil para escrita inteligente, por exemplo, ou para aceder em ‘atalhos’ a diferentes funcionalidades.

Um mundo a explorar neste sistema MBUX, que significa Mercedes-Benz User eXperience, mas que é logo um grande chamariz para este novo modelo, até porque a integração com as aplicações do ‘ambiente digital’ Mercedes.me também prometem acentuar a ligação do proprietário ao veículo.

Das impressões de condução do novo Classe A – em versão 180 d – trataremos noutro artigo em separado. O sistema surge de série no novo modelo compacto da marca alemã.

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