A Citroën dá continuidade ao seu processo de renovação com o surgimento de um novo modelo, o C4 X, mais um cruzamento de espécies que se inspira nas berlinas clássicas e nos SUV para uma nova proposta que apela sobretudo ao olhar. No caso de Portugal, a Citroën aposta apenas na versão 100% elétrica, numa decisão que dá mais um passo rumo à tão ambicionada transição energética.

A atravessar um momento de vitalidade, com uma renovação de identidade e a introdução de novos serviços, a Citroën não renega aos seus princípios já conhecidos de irreverência e arrojo, observados em modelos como o Oli (concept de aspeto radical) ou o Ami, este último com um sucesso surpreendente atendendo às mais de 30.000 vendas desde o lançamento.

Adicionalmente, a marca francesa tem vindo a introduzir novos formatos de ligação ao cliente, por exemplo, com o lançamento dos Citizen Services, um conjunto de serviços que agrega num único ‘chapéu’ diversos serviços e que irá contar no futuro com ainda mais funcionalidades.

O C4 X chega, precisamente, como forma de impulsionar ainda mais a Citroën para outros nichos de mercado, como já fez com o excelente C5 X, inserindo-se agora este novo modelo na mesma família do C4, mas com uma faceta mais arrojada: um cruzamento de espécies que, na ideia, segue até o princípio do ‘parente’ Peugeot 408, mas do qual difere substancialmente em muitos aspetos, desde logo na plataforma, uma vez que o Citroën utiliza a CMP enquanto o 408 usa a EMP2.

A decisão de disponibilizar apenas a versão elétrica ë-C4 X nalguns mercados deriva do facto de a Citroën ter em vista um maior compromisso para com a transição energética, mas também com o facto de o ë-C4 ter sido muito bem acolhido por parte dos clientes. De acordo com os dados da marca, o ë-C4 representa já 35% das vendas do C4, o que denota uma melhoria da confiança por parte dos condutores nas soluções elétricas, não sendo o nosso mercado uma exceção com elevado nível de aceitação. Está assim explicado o porquê de não existirem versões a gasolina e Diesel deste modelo em Portugal, num total de 14 países a seguir esta estratégia. De resto, vale a pena apontar ainda que o ë-C4 X conta com 35 kg de plástico reciclado e 100 kg de metal reciclado na sua composição, reforçando a aposta na sustentabilidade.

Pilares de uma nova proposta

A marca francesa acredita que o cruzamento de filosofias em termos estéticos e funcionais permitirá um crescimento ao nível das vendas, assentando a premissa desta nova ‘berlina/fastback/crossover’ em três pilares.

O primeiro é, precisamente, o de um conceito inovador dedicado tanto a famílias, como aos clientes profissionais que procuram distinção visual e funcionalidade. Com 4600 mm de comprimento, o novo ë-C4 X é maior do que o C4, que mede 4360 mm de comprimento, ainda que a distância entre eixos seja a mesma, 2670 mm. O coeficiente aerodinâmico de 0.29 Cd ajuda também a obter números mais favoráveis de autonomia e de eficiência, prometendo até 360 quilómetros entre carregamentos. A distância ao solo elevada cifra-se nos 156 mm, ideal para trajetos de dificuldade reduzida fora de estrada.

No segundo pilar encontra-se aquela que é uma das grandes bandeiras da Citroën, o conforto para todos. A suspensão Comfort Advanced com batentes hidráulicos promete isolar os ocupantes de todas as irregularidades do piso, enquanto o interior de estilo lounge remete para uma experiência mais serena, com um misto entre materiais macios e plásticos rijos que se podem encontrar na zona inferior do habitáculo.

Os bancos também complementam a experiência de conforto a bordo, graças à adoção de uma espuma especial de 15 mm suplementar que torna as viagens mais agradáveis. Os bancos dianteiros podem receber função de massagem, ao passo que o aquecimento dos bancos está disponível opcionalmente para os bancos dianteiros e traseiros.

O espaço da bagageira é o principal beneficiado pelo incremento nas dimensões exteriores, já que oferece muito interessantes 510 litros e 1010 mm de distância entre as cavas das rodas no interior, possibilitando então o transporte de objetos mais largos com um bocal igualmente amplo.

Ainda dentro da categoria do conforto, a marca inclui todos os aspetos tecnológicos, como os diversos sistemas de assistência à condução com 20 ajudas disponíveis, entre as quais o Highway Driver Assist que permite auxiliar a condução em autoestrada. O modelo conta ainda com a tecnologia Head-up Display para complemento do painel de instrumentos digital (de série nos níveis Shine e Shine Pack). Ao centro do tablier encontra-se o novo sistema My Citroën Drive Plus com ecrã de 10 polegadas e funcionamento como num smartphone, dispondo de widgets personalizáveis, reconhecimento de voz natural, updates remotos sem fios e conexão a sistemas Android Auto e Apple CarPlay.

Oferta única

O terceiro pilar é o da oferta elétrica para todos, numa tentativa de continuar a democratizar o conceito elétrico. A eficiência melhorada já apontada anteriormente é complementada por detalhes como os defletores das rodas ou pelos pneus de baixo atrito aqui utilizados para assim melhorar a autonomia e reduzir os consumos. No mesmo sentido, a bomba de calor de série também melhora a eficiência da climatização e diminui grandemente o impacto da mesma na autonomia do veículo.

O sistema motriz é já conhecido, com um motor elétrico de 100 kW/136 CV de potência e 260 Nm de binário máximo, com a aceleração dos zero aos 100 km/h a demorar 9,5 segundos e a velocidade máxima (quando no modo ‘Sport’) de 150 km/h. A bateria de 50 kWh permite uma autonomia de até 360 quilómetros.

O condutor tem à sua disposição três modos de condução, entre o mais retraído ‘Eco’, ‘Normal’ e o mais espevitado ‘Sport’, que altera o registo de condução de direção, climatização e entrega da potência, ao passo que o modo ‘B’ (de ‘Braking’) junto aos seletores de condução permite um efeito de regeneração maior ao desacelerar, dispensando em muitos casos a utilização do pedal do travão. A bateria tem uma garantia de oito anos ou 160.000 quilómetros para 70% da sua capacidade de carga.

No momento de recarregar a bateria, admite até 100 kW nos postos de carga rápida, o que lhe permite repor de 10 a 80% da carga em apenas 30 minutos. Num posto de 7.4 kW (‘wallbox’), o tempo de espera para uma carga completa é de 7h30, enquanto num posto trifásico AC com o carregador de bordo opcional de 11 kW o tempo é reduzido para 5h para uma carga completa.

A Citroën propõe ainda uma série de serviços acessórios com o My Citroën App, Trip Planner e empréstimo de carro térmico para viagens mais longas.

Os preços começam nos 40.191€ para o caso da versão de entrada.

Preços
ë-C4X Feel Ëlectric 40.191€
ë-C4X Feel Pack Ëlectric 40.551€
ë-C4X Shine Ëlectric 42.891€
ë-C4X Shine Pack Ëlectric 44.191€

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