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Apresentação Mercedes-Benz Citan: Evolução acertada da estrela comercial

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Muito mais Mercedes do que antes. A nova geração da Citan surge como uma grande evolução face à anterior, destacando-se por um visual moderno em linha com os demais modelos da marca, mas também pela componente tecnológica a que se junta a essencial versatilidade e competência para o trabalho. Existirão versões a gasolina, Diesel e, em 2022, também elétrica.

A primeira geração da Citan foi bem-sucedida, mas não escondia o facto de uma maior proximidade com a Renault Kangoo, algo que é admitido pela própria marca alemã. Embora a nova geração seja novamente desenvolvida em parceria com o Grupo Renault, a Mercedes-Benz assegura que o seu envolvimento no projeto foi bem mais profundo, trabalhando desde o início nos principais elementos que vieram a dar origem à Citan.

Assim, o novo comercial ligeiro da Mercedes-Benz Vans posiciona-se como um modelo distinto, incorporando uma ideia mais concreta da filosofia da marca alemã, não só no estilo, uma vez mais supervisionado por Gorden Wagener, diretor de design da Daimler, mas também na própria ambiência a bordo e na vertente tecnológica, com a chegada do sistema MBUX.

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A imagem bem conseguida não desvirtua a identidade premium da marca, mesmo que seja, naturalmente, algo mais complicado de aplicar num modelo que, por objetivo, pretende ser um parceiro de trabalho (ainda que também exista uma importante variante de passageiros denominada Tourer). Mas é o interior, seja em que variante for, que remete logo para o ADN da Mercedes-Benz, quer na apresentação, quer na forma como integra a componente do MBUX – opcional ou de série consoante a variante selecionada. Assente num ecrã de 7.0 polegadas, congrega as mesmas funcionalidades já conhecidas de outros modelos, podendo por exemplo responder aos comandos por voz para certas funções, ou aceder à navegação em tempo real. A conectividade é reforçada com os serviços do Mercedes me e conectividade ao smartphone com integração dos sistemas Apple CarPlay e Android Auto.

A instrumentação pode contar com um ecrã central de 5.0 polegadas para apresentação de informações ao condutor, sendo de série no Citan Tourer e opcional na versão profissional. Privilegiando a robustez e a durabilidade, compreensivelmente, o novo Citan apresenta uma construção cuidada, mesmo que dotada de poucos materiais macios ao toque. Por outro lado, regista uma enormidade de espaços de arrumação ao longo de todo o habitáculo, indo ao encontro das necessidades para deixar pequenos objetos, por exemplo, numa prateleira junto ao tejadilho ou nas portas.

Versatilidade para todas as ocasiões

Se o segmento profissional não é todo igual, a marca também aposta na diferenciação e na possibilidade de adaptação a diferentes necessidades. Combina dimensões compactas (4498 mm de comprimento e 2716 mm de distância entre eixos) com uma grande amplitude interior, sendo disponibilizada nesta primeira fase em versões furgão e Tourer, esperando-se mais tarde a chegada de versões de distância entre eixos mais longa e mista.

A marca garante que o espaço de carga foi ampliado em comparação com a geração anterior: no furgão, por exemplo, o comprimento do espaço de carga é de 3,05 metros (com painel separador flexível), para uma capacidade de até 2,9 m3 (segundo a norma da Associação Alemã da Indústria Automóvel, a VDA). No espaço de carga cabem então duas europaletes em posição transversal, uma atrás da outra. No total, pode levar até quase 800 kg de carga. Já o peso rebocável é de até 1,5 toneladas. O novo Citan poderá dispor também de duas portas laterais de correr (uma em cada lado, de série no Tourer e opcional na versão Profissional de painéis cobertos) para uma abertura de até 615 mm. Já em altura, a abertura é de 1059 mm.

O acesso a partir da traseira foi também facilitado, com um patamar de carga mais baixo – a 59 cm do solo – e com a possibilidade de as duas portas traseiras se poderem bloquear a 90 graus ou abrir-se até 180 graus. As duas portas traseiras são assimétricas, pelo que a porta esquerda é mais larga e abre-se primeiro. Opcionalmente, a porta posterior está disponível com vidro aquecido e limpa para-brisas.

Além do painel separador fixo (com ou sem janela) entre a cabina e o espaço de carga, o Citan furgão dispõe também de uma solução giratória, melhorada em relação à geração precedente. Caso seja necessário transportar objetos mais compridos, essa rede pode girar 90 graus para o lado do acompanhante, abatendo-se no sentido do banco do condutor e bloqueando-se. Já o banco do passageiro é rebatível para se obter um piso plano de carga.

Já a Tourer conta com um banco em que os encostos podem ser rebatidos a 1/3 ou a 2/3, permitindo assim maior modularidade. Disponíveis para ambos os modelos estão tecnologias como a climatização Thermotronic, a função de arranque Keyless-Go e o travão de estacionamento elétrico.

Na vertente da segurança, também não houve falta de empenho, com a Citan Furgão a dispor de série de seis airbags (frontais, laterais e de cortina), ao passo que a versão Tourer conta com um airbag central em adição, também de série.

Para a condução noturna, o novo Citan poderá equipar os faróis LED High Performance (opcionais), que melhoram a segurança e a visibilidade, além de ser ainda uma tecnologia mais eficiente. De acordo com os dados da Mercedes-Benz, o seu consumo é até 75% menor em comparação com elementos luminosos convencionais (dependendo do âmbito de uso).

Combustão para já; elétrico no horizonte

Já garantido está o facto de este ser o derradeiro projeto da Mercedes-Benz Vans com motor de combustão interna para clientes comerciais. Todos os futuros desenvolvimentos estarão disponíveis unicamente com motorização elétrica. O primeiro elemento desta nova estratégia será colocado à venda na segunda metade de 2022, com uma autonomia de 285 quilómetros com uma única carga.

Assim, a gama da Citan no lançamento será composta por três motores Diesel de 1.5 litros e dois a gasolina de 1.3 litros, embora distintas no que diz respeito às carroçarias furgão e Tourer. No caso da primeira, a versão de base será a Citan 108 CDI com motor de 75 CV de potência e 230 Nm de binário, com o leque de opções Diesel a contar ainda com versões Citan 110 CDI de 95 CV (260 Nm) e Citan 112 CDI de 116 CV (270 Nm). Já as versões a gasolina contam com o motor 1.3 em variantes Citan 110 de 102 CV e Citan 113 de 131 CV.

A versão 112 CDI com motor de 116 CV oferece ainda uma função de ‘Overpower’ que proporciona um ligeiro aumento de potência e de binário por um breve período de tempo em caso de necessidade (por exemplo, numa ultrapassagem), chegando aos 119 CV e aos 295 Nm.

Por outro lado, a Citan Tourer terá três motores no lançamento, um a gasóleo (110 CDI de 95 CV) e dois a gasolina (Citan 110 de 102 CV e Citan 113 de 131 CV).

Todos os motores cumprem as normas de emissões Euro 6D, com função start/stop. Além da caixa manual de seis velocidades, os motores de gasolina e Diesel mais potentes poderão ser configurados com caixa automática de dupla embraiagem (DCT) de sete velocidades.


CONTACTO: MERCEDES-BENZ CITAN 112 CDI PRO

Na apresentação internacional da nova geração da Citan, que decorreu em Hamburgo, na Alemanha, pudemos efetuar um primeiro contacto com este novo modelo, que revelou claras melhorias em todos os aspetos, não só pela impressão geral de solidez, mas também pela condução ágil e competente.

Versão com a motorização turbodiesel mais potente, destaca-se pela impressionante elasticidade, fruto de uma caixa manual com escalonamento mais curto de forma a privilegiar as acelerações em ambiente urbano, mais do que fora dele. Com efeito, este motor de 116 CV exibe desenvoltura bem elogiável em diferentes tipos de utilização, sendo lesta a responder, mesmo em recuperações com uma mudança mais alta engrenada. Não raras vezes, num trajeto de 100 quilómetros, foi possível circular a 55 km/h com a quinta relação engrenada (ou até a sexta…), sem com isso se notar uma maior taxa de esforço do bloco turbodiesel.

Fruto do trabalho de insonorização, vale a pena também destacar o ambiente tranquilo e bem contido em termos de ruído no habitáculo, que apresenta bons índices de construção – mesmo que dispense os materiais macios ao toque nesta versão de ‘caixa’ de carga fechada. No entanto, a montagem e a apresentação tipicamente Mercedes-Benz ajudam a proporcionar viagens agradáveis, nas quais o sistema MBUX pode também ser uma importante ajuda para facilitar alguns dos acessos a comandos.

A posição de condução é correta, assim como a localização dos principais comandos. Também muito sólido, o comportamento desta Citan aponta claramente a uma tónica mais confortável, valendo-se de direção com boa resposta e informativa q.b. para utilização diária. Vale a pena notar que a suspensão foi completamente reconfigurada para uma experiência de condução mais condizente com o estilo do cliente Mercedes, incidindo particularmente nas molas, amortecedores e barras estabilizadoras. Num compromisso para os papéis que irá desempenhar em âmbito laboral, o raio de viragem é um dos seus pontos positivos.

Os assistentes de segurança permitem uma camada superior de segurança para os ocupantes, sendo também um ponto a seu favor. No lado prático, as competências de carga são bastante interessantes, tendo nós utilizado essa mais-valia para levar alguns bens oferecidos pela Mercedes a uma associação alemã que ajuda crianças desfavorecidas, num exemplo de como estas apresentações podem ter um lado humanitário bem conseguido.

Conclusão

Este contacto por estradas alemãs serviu para provar que a Mercedes-Benz tirou as ilações corretas da geração anterior e tornou a Citan um produto mais ‘seu’, sem no entanto negar as vantagens de uma parceria com outro fabricante. Aliás, é cada vez mais evidente que, no segmento dos comerciais ligeiros, estar sozinho não é mais uma opção, com as parcerias a servirem de forma simples para conter custos sem, com isso, desvirtuar a imagem ou o produto final. Se dúvidas existirem, esta Citan é um exemplo de trabalho bem feito.

Cumpridor em todos os aspetos e bem trabalhada nos aspetos do refinamento e tecnologia, a nova geração da Citan pode assumir-se mais orgulhosamente como um produto da marca da estrela.