São cada vez em maior número as marcas que anunciam o seu compromisso para com a eletrificação, incluindo-se aqui também os construtores de automóveis desportivos ou de luxo. A mais recente marca a afirmar-se empenhada na eletrificação da sua gama é a Aston Martin, com a marca de Gaydon a anunciar que a eletrificação (seja híbrido, seja 100% elétrico) irá estar presente em cerca de 95% da sua gama de modelos em 2030 – os restantes 5% pertencerão aos modelos de combustão interna pensados para utilização exclusiva em circuito.

Alinhando-se com a tendência crescente da indústria automóvel, a Aston Martin estima que todos os seus novos automóveis de estrada tenham algum tipo de eletrificação até 2025, entre híbrido plug-in e 100% elétricos. Mas, no caminho para a sustentabilidade e para a redução da sua pegada ambiental, Tobias Moers, CEO da histórica companhia britânica, espera que em 2030, 50% dos automóveis vendidos sejam totalmente elétricos, enquanto 45% dos modelos a vender tenham eletrificação orientada para a performance, perfazendo assim um total de 95% da gama associada à tecnologia eletrificada.

Restam 5% que, segundo Moers, serão de modelos com motor de combustão interna para uso exclusivo em pista, deixando assim de parte a ideia de que esses desportivos possam ser vistos nas estradas públicas.

“A sustentabilidade é um assunto cada vez mais importante para o negócio, em especial quando avaliamos as recentes normas do Governo britânico para os motores de combustão interna após 2030, sendo também importante para os nossos investidores e acionistas. Estamos a dar os passos [necessários] para integrar uma cultura ambientalmente sustentável em todo o negócio e pretendemos reduzir as emissões de carbono e a utilização de energia”, escreveu Moers (na foto em baixo) no relatório anual da marca.

Sendo ex-responsável da Mercedes-AMG, a sua passagem para a Aston Martin significa que Moers continuará a trabalhar, de certa forma, com a marca alemã, uma vez que a Aston Martin e a Mercedes-AMG dispõem de um acordo de cooperação para a utilização por parte da primeira de sistemas híbridos e elétricos desenvolvidos pela companhia germânica de alta performance.

Note-se que a Aston Martin ainda não dispõe de nenhum modelo 100% elétrico de larga escala, embora tenha lançado, há dois anos, o Rapide E, limitado a apenas 155 exemplares. Porém, nos próximos tempos, o foco comercial estará no novo SUV, o DBX, que permitirá expandir a franja de clientes da Aston Martin, incrementando a rentabilidade. Por outro lado, haverá ainda superdesportivos, como o Valhalla para combater com os Ferrari e Porsche, e o hiperdesportivo Valkyrie, que continua em desenvolvimento em paralelo com a Red Bull Technologies.