A Bugatti continua a evoluir o Bolide, hiperdesportivo de enorme raridade (apenas serão produzidas 40 unidades) com motor de 1600 CV e um peso a ‘seco’ de apenas 1450 kg, naquele que promete ser um dos automóveis mais extremos de sempre.

Focada em oferecer uma experiência incrivelmente veloz, mas também graciosamente dinâmica, a Bugatti continua a desenvolver as capacidades do Bolide, com a marca francesa a explicar que os resultados até aqui têm sido bastante bons.

A ideia da Bugatti passou por criar o carro mais leve possível, reduzido ao essencial, mas mantendo o impressionante motor W16 de 8.0 litros (quadriturbo), o qual continua a ser uma obra-de-arte em termos de engenharia para um automóvel de estrada. Apesar de inicialmente ter sido apenas declarado como um concept, o interesse gerado em torno desta ideia foi tão grande que a marca lançou-se na produção de uma série limitada a 40 exemplares.

Dois anos e meio depois de vários testes de desenvolvimento em simuladores, os primeiros testes de estrada e em pista já estão a decorrer, com níveis de prestações semelhantes às dos automóveis de competição. Uma das grandes razões para isso está na relação peso/potência bastante eficaz, com os 1600 CV a terem de movimentar apenas 1450 kg. Um dos pontos que mais trabalho tem recebido, de acordo com a marca, é o da aerodinâmica, na medida em que o Bolide tem de lidar com as exigências de velocidade de ponta otimizada em reta, mas carga aerodinâmica fundamental em curva.

Nos primeiros testes efetuados, o trabalho parece já ter dado os seus frutos, podendo chegar aos 2.5 g na passagem em curva, com quase três toneladas de carga gerada dependendo da velocidade de circulação. A marca quer que este seu desportivo seja exigente, mas competente de conduzir em percursos mais sinuosos, adotando alguns detalhes específicos para o efeito, como um difusor dianteiro que ajuda a criar aquilo que se chama de ‘efeito solo’, colando o carro ao asfalto.

Cortinas de ar especialmente desenvolvidas à frente das rodas dianteiras ajudam o fluxo de ar a rodear o carro sem perturbar a aerodinâmica geral. O difusor traseiro de grandes dimensões também desempenha um papel importante no processo aerodinâmico.

“Design e tecnologia fundem-se mutuamente no Bolide. Cada consideração técnica tem sido traduzida diretamente no design estético”, refere Frank Heyl, diretor de Design da marca francesa. “O Bolide demonstra perfeitamente como a simbiose entre o design e a tecnologia podem trabalhar em sinergia e em harmonia”, complementou.

O processo de testes e de desenvolvido vai prosseguir até 2024, data em que é esperado o início da produção, limitada a 40 exemplares e com um custo unitário em redor dos quatro milhões de euros…

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