A Citroën anunciou o final de produção do bem-sucedido C1, que não terá sucessor ao abrigo da atual estratégia de produto do grupo Stellantis. A marca aponta o elétrico Ami (um quadriciclo que não necessita de carta de condução) e o C3 (com uma versão especial) como alternativas para a mobilidade urbana.
Terminada a parceria com a Toyota para a produção dos modelos mais compactos, a Citroën deixará de comercializar o C1 como entrada de gama. O modelo era produzido na fábrica checa de Kolin, mas a atual estratégia da marca francesa não contempla um sucessor, justificando essa medida com as transformações nos padrões de mobilidade em muitos dos centros urbanos europeus e o objetivo de oferecer uma solução elétrica extremamente acessível.
Lançado em 2005, o Citroën C1 (que tinha como ‘irmãos’ os Peugeot 108 e Toyota Aygo) foi recebido com grande sucesso na Europa, tendo sido vendidos mais de 1.2 milhões de unidades, cerca de 21 mil em Portugal.
Renovado em 2014, o C1 adaptou-se às expectativas dos seus clientes, sendo proposto em versões de três e cinco portas, bem como com teto de abrir elétrico na sua versão Airscape. Capaz de refletir a personalidade do seu proprietário, o C1 oferecia numerosas soluções de personalização, incluindo as suas três cores de tejadilho que combinavam com um efeito bicolor. Na sua condição de atraente objeto de moda, esteve disponível em edições especiais nascidas da colaboração com Jean-Charles de Castelbajac e a revista Elle, por exemplo. Adotou também um visual aventureiro com a Edição Especial Urban Ride.
Porém, agora, chega ao fim a sua história, deixando espaço para o Ami como solução de mobilidade de baixo custo e acessível, embora seja um modelo unicamente urbano dadas as suas dimensões e a velocidade máxima limitada a 45 km/h. Concebido para percorrer curtas distâncias e para facilitar a vida dos utilizadores, beneficia de um comprimento compacto de apenas 2,41 m, tornando-se fácil de conduzir e de estacionar. Pode transportar duas pessoas lado a lado. Carrega a sua bateria em apenas três horas a partir de uma tomada doméstica de 220 V e dispõe em acessório de um cabo que lhe permite aceder aos postos de carregamento público.
A marca adianta que o Ami está a ser um exemplo de sucesso no mercado por ser um veículo invulgarmente acessível para condutores jovens (em Portugal pode ser conduzido a partir dos 16 anos de idade, com licença “AM”) e pelo seu preço inferior a 10.000 euros.
Tornar o C3 mais acessível
Por outro lado, uma vez que o Ami não responde a todas as necessidades, a Citroën criou uma edição especial para o C3, denominada C3 YOU!. Desenvolvido a partir do nível Feel do C3, a versão YOU! mantém todos os atributos e qualidades de um citadino versátil sem grandes luxos.
Este modelo oferece uma gama completa de equipamentos essenciais úteis, incluindo o sistema de áudio MP3, ar condicionado, retrovisores elétricos aquecidos, cruise control e sistema de aviso de saída da faixa. Entre os elementos de reforço do seu carácter destacam-se os faróis de nevoeiro com contornos brancos, associadas a animações brancas nas caixas dos retrovisores e nos acabamentos dos painéis laterais traseiros.
O C3 YOU! procura destacar-se, assim, pela sua relação qualidade/preço, apelando diretamente aos clientes do C1 e às suas aspirações em termos de custo de aquisição. Esta nova oferta de entrada na gama C3 chegará em março ao mercado nacional.