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Contacto Jeep Avenger: Eletrificar o sonho europeu

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O primeiro Jeep 100% elétrico traz consigo grandes expectativas, prometendo liderar o caminho na mobilidade sustentável por parte da marca americana, a qual mantém a sua filosofia de robustez e de competências fora de estrada praticamente inalteradas. Carro do Ano Europeu, o novo Avenger chega agora a Portugal com amplas ambições e uma postura irreverente que promete atrair cada vez mais clientes.

O Avenger, enquanto modelo de entrada no universo elétrico da marca, reveste-se de elevado significado para a Jeep. Com 4,08 metros de comprimento, o Avenger está posicionado num patamar análogo ao do Renegade, embora este seja ligeiramente maior (existem 16 cm de diferença entre ambos).

Mas, além de ser o primeiro elétrico da Jeep, este SUV foi também o primeiro a ser desenvolvido com a Europa em mente. Face a isto, a ambição da marca é chegar a um leque de clientes mais amplo, pertencente a uma faixa etária mais jovem, urbana e ‘piscando o olho’ também ao público feminino.

Embora tendo por base a plataforma adaptada e-CMP do Grupo Stellantis, a Jeep procedeu a um trabalho de desenvolvimento específico, com cerca de 600 componentes específicos para este modelo, procurando incutir-lhe um cunho muito próprio. Todo o trabalho da marca passou por três pilares: o design, a capacidade e a tecnologia.

No ponto do design, a Jeep aponta que houve uma atenção muito particular ao design funcional, criando um modelo astuto com aspetos interessantes como os protetores de carroçaria a toda a volta para impedir riscos na carroçaria, mas também com grupos óticos retraídos numa medida que representa um ganho potencial de 1000€ no caso de pequenos toques ou riscos no trânsito…

Adicionalmente, o interior obedece a um imperativo de aproveitamento do espaço, com vários locais de arrumação para um total de 34 litros (com destaque para o compartimento entre os bancos, no tablier e nas portas), cinco lugares e bagageira com 355 litros de capacidade, a que se junta uma tampa da bagageira elétrica com abertura mãos-livres e bocal com um metro de largura. Há ainda bancos em pele para maior conforto e tejadilho panorâmico, para fornecer maior luminosidade a bordo. Não obstante, também notamos, desde já, que existem muitos revestimentos em plástico duro nas portas e tablier, o que está em linha com o segmento em que se insere o Avenger. Tudo robusto, no entanto e com ótima aparência.

Quanto às capacidades, a Jeep promete a mesma competência fora do asfalto que a de outros modelos da marca, com ângulos de ataque e ventral de 20″, ângulo de saída de 32″ e distância ao solo de 200 mm.

Na vertente da tecnologia, há um novo sistema de infoentretenimento a bordo, assente em ecrã tátil de 10.25″, painel de bordo digital (que pode ser de 7.25” ou de 10.25”) e diversos assistentes à condução. A marca manteve botões físicos para o controlo da climatização ou para os modos de condução, facilitando dessa forma a sua utilização durante a condução.

Novos componentes

Tirando partido do novo motor elétrico M3 de 115 kW/156 CV de potência e 260 Nm de binário, o Avenger assume uma autonomia combinada (WLTP) de 400 quilómetros, podendo mesmo atingir os 550 quilómetros no ciclo urbano WLTP. O consumo médio WLTP anunciado é de 15.4 kWh/100 km.

A tecnologia de carregamento foi também melhorada face a outros modelos do Grupo Stellantis, integrando um carregador de bordo de 11 kW e capacidade de carga rápida até 100 kW. Em virtude disso, pode recuperar de 20 a 80% da carga em apenas 24 minutos. Destaque ainda para a nova bateria de iões de lítio de 54 kWh bastante compacta e dividida sob os bancos traseiros e túnel central (protegida por uma placa para evitar danos em saídas por fora de estrada).

Sempre com tração dianteira, o Avenger dispõe de diferentes modos de condução (Select Terrain) e controlo de velocidade em descida. Os modos de condução propostos são ‘Eco’, ‘Normal’, ‘Sport’, ‘Sand’, ‘Mud’ e ‘Snow’, sendo que cada um tem atuação distinta consoante o foco. Como exemplo, registe-se que a potência máxima (os 156 CV) apenas está disponível no modo ‘Sport’, sendo que o modo ‘Eco’ traz consigo uma limitação muito evidente da potência e do binário em favor de uma maior autonomia.

Em Portugal há já 350 encomendas concretizadas, das quais 250 foram da 1st Edition, que surgia bastante recheada no nível de equipamento. Para o mercado nacional, a Jeep terá três níveis de equipamento (de base para o mais equipado): Longitude, Altitude e Summit, sendo que a versão de base já conta com jantes de liga leve de 16″, luzes LED, sistema multimédia de 10.25″ e sensores traseiros, entre outros itens. Já a versão Summit tem lista aumentada com jantes de 18″, carregador wireless e luzes interiores ambiente, além de outras comodidades e tecnologias.

Os preços da gama começam nos 39.700€ do Avenger Longitude, passando pelos 41.700€ do Altitude e terminando nos 43.700€ do Summit.


CONTACTO: Eletrificar o sonho europeu

A chegada a Portugal do novo Jeep Avenger procura consolidar o posicionamento da marca americana em solo europeu, ao ser um modelo desenvolvido com este continente em mente e atendendo às contingências da eletrificação, que estão a ser mais aceleradas na Europa do que na América. Pegando em muitos dos componentes fornecidos pelo Grupo Stellantis, como a plataforma, o novo Avenger alia a tradicional robustez e irreverência da Jeep à despreocupação com as emissões poluentes.

Na curta experiência de condução na zona de Lisboa, pudemos efetuar uma primeira apreciação das capacidades do novo Avenger, que se assume como um SUV compacto (é mais pequeno do que o Renegade) cheio de estilo e de detalhes relevantes, como os grupos óticos recuados ou as cores apelativas.

Com uma posição de condução bastante boa, aproximada à de uma berlina mais baixa, o Avenger transmite, em primeiro lugar, uma sensação de robustez, a que se junta uma boa ergonomia com a presença dos comandos mais importantes junto da mão do condutor, até pela aplicação de comandos físicos na consola central.

De resto, a estreia de um novo motor elétrico com 115 kW/156 CV de potência auxilia sobremaneira nas prestações, com este modelo da Jeep a oferecer prestações muito lestas mesmo no mais equilibrado dos três modos disponíveis, que oferece apenas 100 kW de potência regra geral. Mas o Avenger permite desembaraçar-se comodamente tanto no trânsito urbano, como em vias rápidas, sendo que no modo ‘Sport’ é aquele em que oferece as sensações mais desportivas.

O consumo mostrou-se até abaixo das expectativas, com um valor de 15.6 kWh/100 km, o que até fica em linha com o valor anunciado pela marca americana para este modelo (15.4 kWh/100 km), atendendo ao facto de não termos recorrido a uma condução particularmente atenta com foco na economia.

O comportamento é também muito competente, com boa estabilidade, apesar dos 200 mm de altura ao solo, o que também se explica pelo amortecimento um pouco mais firme, sendo que as jantes de 18 polegadas da versão testada, a Summit, também podem aqui ter um papel relevante.

Com direção a oferecer uma boa resposta e segurança nas passagens em curva, o Avenger revela que a sua vivência em estrada é também muito competente, enquanto as capacidades fora de estrada ficam asseguradas pelos modos dedicados de condução, como o ‘Sand’ ou o ‘Snow’, que atuam sobretudo na forma como a potência é entregue e no controlo de tração.

Em suma

O novo Avenger enverga o estatuto de Carro do Ano Europeu de 2023 e este primeiro contacto revela que a sua eleição não foi despropositada, revelando-se um produto altamente equilibrado e muito em linha com aquilo que os condutores da Europa apreciam: boas prestações, estilo irreverente e convincente, comportamento envolvente e um compêndio tecnológico bem composto.