Contacto Mercedes-Benz A 250 e: Eletrificar para conquistar

18/09/2019

  • A gama compacta da Mercedes-Benz é uma das pioneiras na estreia de sistema híbrido de nova geração, oferecendo maior competência elétrica para responder a uma necessidade dos novos tempos. Com 69 quilómetros de autonomia em modo elétrico, o Classe A ganha um carácter de suavidade e eficiência que poderão destacá-lo em tão concorrido segmento.

Hoje não há construtor que não olhe para a eletrificação como necessidade. As metas ambientais bastante mais estritas que em 2020 estabelecem um limite de emissões de CO2 de 95 g/km obrigam a olhar para outro caminho, que no caso da Mercedes-Benz segue três rumos distintos ao abrigo da sigla EQ, à qual correspondem três formatos tecnológicos: EQ Boost (com tecnologia micro-híbrida de 48 volts), EQ Power (a mais recente Plug-in híbrida) e, por fim, a EQ para os elétricos a que se junta depois uma letra correspondendo à gama do modelo (como a EQC).

Modelos importantes para a estratégia comercial da Mercedes-Benz na Europa, os Classe A (compacto e Limousine) e Classe B recebem tecnologia PHEV de nova geração, já com capacidade para percorrer até 77 quilómetros no ciclo NEDC (ou 69 no novo WLTP) com a eficiência de zero emissões a partir de uma motorização híbrida de 160 kW (218 CV) e 450 Nm de binário máximo, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em apenas 6,6 segundos. O motor elétrico de 75 kW está integrado na caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, ajudando o motor 1.3 de 160 CV e 250 Nm nas suas tarefas de propulsão, quando necessário, ou movendo o carro sozinho.

A bateria de iões de lítio com 43 Ah e capacidade de 15.6 kWh permite-lhe aumentar a autonomia elétrica e atingir uma velocidade máxima sem emissões de 140 km/h. Tem um peso de 150 kg e arrefecimento líquido. O consumo de combustível no Classe A varia entre os 1,4 e os 1,5 l/100 km e as emissões entre 33 a 34 g/km de CO2 (no B 250 e esses valores são de 1,4 a 1,6 l/100 km e de 32 a 36 g/km de CO2).

Outra das suas particularidades é o facto de permitirem carregamento DC de 24 kW, podendo carregar 10% a 80% da bateria em apenas 25 minutos. Numa wallbox (que também estará disponível) de 7.4 kW em corrente alternada (AC) o mesmo carregamento cumpre-se em 1h45m.

A montagem da bateria procurou não interferir no espaço a bordo, estando localizada sob os bancos traseiros enquanto o depósito de combustível passou para junto do eixo traseiro, tirando apenas 70 litros à capacidade normal de um outro Classe A com motor 1.3 a gasolina. Uma particularidade técnica deste sistema é o desenvolvimento inteligente de um novo escape, com a panela no centro do veículo e a saída de escape orientada para a frente, estando este sistema integrado no túnel central.

Primeiro contacto

Aproveitando o embalo do Salão de Frankfurt, a marca alemã levou-nos até àquela cidade para uma primeira experiência ao volante dos novos modelos de elevada eficiência, colocando à disposição dos jornalistas praticamente toda a sua gama de veículos eletrificados, desde o EQC ao GLC F-Cell, passando pelos modelos que, naturalmente, concentraram de forma mais significativa as atenções, os Classe A e B 250 e (bem como o GLE 350 de 4MATIC, de que daremos conta em separado).

A expectativa de poder contar com o melhor de dois mundos em formato compacto assumiu preponderância, devendo-se reconhecer ao Classe A 250 e uma enorme suavidade de funcionamento, como é apanágio dos elétricos. Dos 37 quilómetros que percorremos, cumprimos 35 apenas com o motor elétrico de 75 kW (com o modo de condução estabelecido para o E-Mode no Dynamic Select), o que se traduziu num consumo energético de 17.5 kWh/100 km, sem grandes cuidados e com passagens por autoestrada, aqui com um pequeno auxílio do motor térmico (o que teve um consumo médio de 0,2 l/100 km).

Afinal, também era necessário experimentar a potência conjunta e, apesar de tudo, aqui já em modo Sport, não houve ‘disparo’ na resposta, mas antes reconhecida progressividade no impulso concedido ao Classe A, que fica a meio caminho entre um desportivo e um ecológico. A média de velocidade total foi de 39 km/h e, no final, sobravam ainda 18 quilómetros ‘elétricos, pelo que é lógico afirmar que é possível andar cerca de 60 quilómetros com uma condução despreocupada sem intromissão do motor a gasolina.

Fica também patente que é benéfico para a autonomia o jogo da regeneração energética, podendo-se jogar com as patilhas atrás do volante para aumentar ou diminuir a força de regeneração. Com a da esquerda, aumenta-se a regeneração e a desaceleração, com a da direita, reduz-se e deixa-se o veículo rolar de forma mais ‘livre’.

O sistema híbrido Plug-in é idêntico nos Classe A e Classe B, diferenciando-se apenas muito ligeiramente nos valores de homologação.

As reações deste Classe A pautam-se sobretudo pela sobriedade e pelo refinamento, com o motor elétrico a dar ao compacto germânico a tranquilidade para os percursos citadinos e elasticidade necessária para atingir ritmos mais fortes sem preocupações de maior. O comportamento, pelo menos, neste primeiro ensaio, pareceu-nos igual a um qualquer Classe A com motor de combustão, mas faltaram sequências sinuosas para outra apreciação. Seja como for, há um aumento no peso deste modelo (em redor dos 150 kg), pelo que a taragem da suspensão também teve de ser revisto, pelo que o seu comportamento deverá ser algo distinto.

O mesmo sistema é aplicado no B 250 e, sendo que ambos os automóveis apenas chegam ao mercado no final do ano. Os preços serão anunciados mais perto do lançamento.

*Em Frankfurt.

FICHA TÉCNICA A 250 e A 250 e Limousine
Número de cilindros 4 em linha
Cilindrada (cc) 1332
Potência máxima 160 CV às 5500 rpm
Binário máximo 250 Nm às 1620 rpm
Potência do motor elétrico 75 kW
Binário do motor elétrico 300 Nm
Potência combinada (kW/CV) 160/218
Binário combinado (Nm) 450
Acceleração 0-100 km/h (s) 6.6 6.7
Velocidade máxima (km/h) 235 240
Velocidade máxima, elétrico (km/h) 140
Consumo médio (l/100 km) 1.5-1.4 1.4

 

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.