Contacto Opel Grandland X 2.0D AT8: Razões para o sucesso mas Portugal ainda espera

23/07/2018

Com dois dos seus três SUV classificados como Classe 2 nas portagens nacionais, a vida da Opel e dos seus ‘X’ em Portugal não tem sido fácil. O ano de 2018 é o primeiro em que Mokka X, Crossland X e Grandland X estão em comercialização conjunta e, face a isso, a esperança da marca no crescimento europeu é válida.

Contudo, em Portugal, o cenário é outro: um dos melhores SUV-B, o Mokka X (lançado inicialmente em 2013 apenas como Mokka) tem contado com vendas residuais por ser Classe 2 nas portagens e o novíssimo Grandland X, modelo que surge posicionado no segmento SUV-C, ficou também abrangido pela Classe 2, o que atrasou de forma determinante o seu lançamento entre nós.

No entanto, não tendo chegado ainda, o Grandland X conta já com algumas novidades de relevo, com motorizações cumpridoras das normas WLTP, como são os casos da 1.5 Diesel de 130 CV e a 2.0 Diesel de 177 CV, ambas de desenvolvimento conjunto com a PSA (o mesmo se passando com o 1.2 PureTech a gasolina de 130 CV), que conferem a este SUV maiores argumentos competitivos.

Numa curta apresentação em Düsseldorf, na Alemanha, pudemos efetuar um breve contacto com o novo Grandland X com as suas configurações 1.5 e 2.0 Diesel, sendo que neste segundo caso houve tempo para ensaiar igualmente a nova caixa automática de oito velocidades, que vem substituir a inicial de seis velocidades. Não seria a versão mais vendida – esse papel caberia ao 1.5 Diesel de 130 CV -, mas acaba por ser um modelo relevante, atendendo ao facto de estrear dupla motor/caixa de origem PSA no lado germânico.

Na estrada, este é um SUV de enorme competência dinâmica, com capacidade muito interessante na abordagem às curvas: estável e muito responsivo, o Grandland X dá muito boa conta de si em percursos mais sinuosos, ao mesmo tempo conseguindo oferecer bons níveis de conforto dos ocupantes.

Tudo reforçado pelo lado da mecânica, com o bloco turbodiesel de 1997 cc a mostrar ótima resposta às solicitações, em virtude dos 400 Nm disponíveis às 2000 rpm, valendo também muito a pena destacar a eficiência e aproveitamento do motor por parte da caixa de velocidades. Tanto em aceleração como em recuperações, o motor é lesto nas suas respostas, ao passo que a caixa é suave nas transições entre relações. Bom trabalho igualmente na insonorização.

Prova da sua boa disponibilidade são os dados de aceleração dos zero aos 100 km/h (9,1 segundos) e da velocidade máxima, cifrada nos 214 km/h. Por outro lado, o consumo médio (WLTP convertido para NEDC) é de 4,8-4,9 l/100 km para emissões combinadas de 126-128 g/km de CO2.

Com motor 1.5 turbodiesel de 130 CV e caixa manual, o Grandland é igualmente um carro desenvolto e com boa capacidade de resposta, embora neste caso falte mesmo um ensaio mais prolongado para comprovar as suas qualidades. Este último tem aceleração dos zero aos 100 km/h medida em 10,9 segundos e velocidade de ponta estabelecida nos 192 km/h. Os consumos médios cifram-se nos 4.2-4.0 l/100 km e nos 106-110 g/km de CO2 emitidos.

Quando chegam, afinal?

A chegada dos novos Grandland X ao mercado nacional estará para breve, de acordo com a própria marca, que olha para Portugal com grande atenção, não havendo mais margem para esperar por uma eventual reformulação das classes de portagens. Ou seja, a marca pretende ter os Grandland X prontos para as encomendas nos últimos meses do ano para entregas a iniciarem-se no início de 2019. Isso mesmo que nas cabines de portagens a indicação seja ainda a de Classe 2 nos mostradores – algo a que a Opel é alheia, mas que se sabe poderá estar na iminência de ser alterado ainda este ano.

É pública a existência de um grupo de trabalho que conglomera representantes de marcas e a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), com vista à negociação com o Governo e com as concessionárias das autoestradas relativamente a um novo modelo de classificação nas portagens nacionais. Em virtude disso, também é prematuro adiantar preços, embora seja de crer que rondem os do Astra.

Novidades também no Crossland X

Nesta senda de novidades, também o Crossland X tem novos atributos, com destaque a ir para os motores 1.5 Turbodiesel de 102 CV, que deverá reunir o grande consenso nas vendas apesar de existir ainda em versão de 130 CV, e o já referido motor a gasolina 1.2 PureTech de 130 CV. Continua a existir um 1.2 Turbo de 110 CV.

O SUV mais compacto da gama X mantém o seu elevado padrão de funcionalidade interior, mas alia agora maior eficiência, tirando igualmente partido da nova caixa manual de seis velocidades, que foi desenvolvida para ser mais leve e mais e mais eficaz no seu manuseamento.

FICHA TÉCNICA

OPEL GRANDLAND X 2.0 DIESEL AT8
Tipo de motor: 1997 cc, quatro cilindros em linha, TGV, intercooler, injeção direta
Potência: 177 CV às 3750 rpm
Binário máximo: 400 Nm às 2000 rpm
Caixa de velocidades: Automática de oito velocidades
Velocidade máxima: 214 km/h
Aceleração 0–100 km/h: 9.1 s
Consumo médio (WLTP convertido para NEDC): 4,9-4,8 l/100 km
Emissões CO2 (WLTP convertido para NEDC): 128-126 g/km

OPEL CROSSLAND X 1.5 DIESEL CM6
Tipo de motor: 1499 cc, quatro cilindros em linha, TGV, intercooler, injeção direta
Potência: 102 CV às 3750 rpm
Binário máximo: 250 Nm às 1750 rpm
Caixa de velocidades: Manual de seis velocidades
Velocidade máxima: 178 km/h
Aceleração 0–100 km/h: 11,7 s
Consumo médio (WLTP convertido para NEDC): 4,0 l/100 km
Emissões CO2 (WLTP convertido para NEDC): 104-105 g/km

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