Corvette C8: A revolução do ícone americano agora com motor central

A expectativa era muita em torno do novo Corvette, sabendo-se de antemão que a marca de desportivos norte-americana preparava uma grande novidade no seu modelo de nova geração, o Stingray. A confirmação chegou no momento da revelação, com um novo design – bastante mais agressivo e cada vez mais distante do que era tradicional – e com um motor em posição central, uma inovação que alguns puristas poderão não admirar… mas que se adequa ao objetivo da marca de perseguir a Ferrari e a Porsche.

Ao contrário precisamente desta última, que mantém uma filosofia estética tradicionalmente conservadora, a Corvette deitou o seu livro de regras para trás das costas. Abandonou os seus conceitos anteriores e abordou a nova de automóveis desportivos com uma nova ambição, com o Stingray a assumir-se como o Corvette mais potente alguma vez produzido.

Efetivamente, recorre a um motor de nova geração V8 LT2 de 6.2 litros, permanecendo atmosférico em oposição aos seus concorrentes. Será capaz de debitar 495 CV e 637 Nm de binário quando equipado com o sistema de escape de alta performance. O posicionamento bastante baixo do motor permite baixar o centro de gravidade para assim melhorar o comportamento, aquele que também foi um objetivo da Corvette para esta nova geração. A marca aponta, contudo, que “talvez a mais importante melhoria se encontre na lubrificação e no sistema de refrigeração. Pela primeira vez, o Stingray vai utilizar cárter seco para lubrificação.

Além disso, o novo motor está associado a uma nova caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades desenvolvida em parceria com a TREMEC com o fim de melhoria a rapidez das passagens de caixa e a sua eficácia em pista, mas também o conforto para utilização quotidiana. Noutra novidade, está associada a um novo Seletor de Transmissão Eletrónica, que elimina a conexão mecânica entre a alavanca da caixa e a transmissão.

A suspensão adaptativa está também munida de um sistema de levantamento automático do eixo dianteiro (em 40 mm) para não raspar com essa parte no asfalto em lombas ou entradas de garagem, por exemplo, em velocidades até aos 40 km/h. Demorando 2,8 segundos nessa operação, a marca adianta ainda que o mesmo pode ser ativado com base nas coordenadas do GPS de forma automática, o que teria o condão de evitar danos causados por esquecimentos…

Visualmente, a dianteira afilada demonstra um formato particularmente agressivo, com entradas de ar amplas e faróis de aspeto triangular. A lateral é dominada pela grande entrada de ar situada antes da roda traseira, para e de onde confluem uma grande parte das linhas laterais deste desportivo. Na traseira, o para-choques (com difusor integrado) e o pequeno spolier combinam entre si para oferecer maior carga aerodinâmica. Esta área fica ainda marcada pelas quatro saídas de escape do sistema desportivo. O tejadilho pode ser removido, numa tradição que a marca recupera.

No interior, destaque para a posição de condução igualmente desportiva, com volante de aspeto retangular e painel de instrumentos assente em ecrã de 12 polegadas. O sistema de infoentretenimento também é totalmente novo, prometendo as mais modernas tecnologias multimédia e conectividade avançada com o smartphone, graças por exemplo a comandos vocais ou a emparelhamento entre carro e dispositivo a partir de tecnologia Near Field Communications (NFC).

O preço desta nova geração do Corvette nos Estados Unidos ronda os 60 mil dólares, um valor que acaba por ser acessível para um dos mais populares ícones da indústria automóvel americana.