Sem abandonar a sua missão de oferecer automóveis com a melhor relação possível entre custo e benefício, a Dacia alcançou, em 2022, um ano histórico em Portugal. Graças ao crescimento nas vendas de 74,4%, a marca romena saltou para o quarto lugar da tabela e promete manter o crescendo, sobretudo tendo em conta a ampliação da gama prevista para os próximos anos.

Num mercado automóvel em que a dependência dos segmentos do rent-a-car e das frotas é tradicionalmente significativo, as vendas da Dacia em Portugal em 2022 assumem ainda maior simbolismo. Com 10.157 unidades matricualadas (segundo a ACAP) e 6,5% de quota de mercado, a marca do Grupo Renault saltou para o quarto lugar nos ligeiros de passageiros, ficando apenas atrás da Peugeot (líder), Renault e Mercedes-Benz, num resultado que traduz a melhoria da perceção da sua imagem graças à filosofia ‘value for money’, mas em que elementos como o design (incluindo a nova identidade nos veículos e nos concessionários) e funcionalidade assumem maior preponderância.

Sobretudo, adianta, José Pedro Neves, Diretor Geral da Dacia Portugal, o ano de 2022 foi de “conquistas inéditas” que refletem a confiança dos clientes particulares naquilo que a marca tem para oferecer, com essa subida de 74,4% entre 2021 e 2022 a estar associada, também, a uma conjuntura socioeconómica instável que, admite aquele responsável, beneficiou a Dacia apesar de se terem mantido os constrangimentos nas entregas de automóveis novos devido à crise dos semicondutores.

José Pedro Neves, Diretor Geral da Dacia Portugal, garante que ainda há potencial para mais crescimento, esperando consegui-lo com a chegada de novos modelos como o Jogger híbrido ou o novo Duster, no final deste ano.

“Beneficiámos de uma maior procura da mobilidade individual após a pandemia e de um custo crescente dos automóveis, sobretudo com a eletrificação, o que levou muita gente a optar pela Dacia”, explica, consubstanciando essa afirmação com o facto de os dois automóveis mais vendidos a particulares em 2022 terem sido o Sandero e o Duster. O primeiro foi também o segundo mais vendido no total do mercado de ligeiros de passageiros (apenas atrás do Peugeot 2008), destacando-se a versão Bi-fuel (GPL) que representou um total de 41% das vendas, num valor que só não foi maior devido a constrangimentos da empresa que produz os sistemas de GPL na fábrica”.

Vincando o “bom desempenho” da rede de concessionários, José Neves explica também que o modelo de negócio com base no agenciamento (centralização das vendas), que tem sido adotado por outras marcas, não faz sentido para a marca, explicando que a Dacia “não precisa de controlar preços – tendo já um custo justo, sem descontos e com margens pequenas –, nem de diminuir custos de distribuição, que são bastante inferiores aos de outras marcas”. Por outro lado, assume que é importante reforçar a aposta no digital, sendo este um canal com tendência para crescer, representando já 23% das unidades comercializadas em 2022.

Margem para crescer

Se os resultados de 2022 catapultaram a marca para posições cimeiras, a Dacia admite que ainda existe margem para crescer sem trair o conceito de ‘value for money’ que lhe é tão querido, procurando sempre “redefinir o essencial de forma constante”, tanto no estilo, como na tecnologia integrada, aqui tirando partido das sinergias dentro do Grupo Renault.

Ou seja, a acessibilidade que é tão característica à marca não será abandonada no futuro, pelo que os potenciais clientes não devem temer um aumento de custos ou de subida de estatuto, apesar das promessas de mais tecnologia a bordo e de um design mais elegante.

Para manter é também a aposta na modernização da imagem, adotando cada vez mais uma aparência ‘cool’ pensada para as aventuras ‘outdoor’, naquilo que a marca define de eco-smart, ou seja, a sustentabilidade inteligente e integrada que prevê, também, a chegada de novos modelos mais eficientes.

Aprimorar a gama

Tendo no Spring o elétrico mais acessível do mercado (e o elétrico mais vendido a particulares), o pequeno citadino irá receber uma versão mais potente (de 65 CV) de postura mais radical (gama Extreme) e outra mais comercial (Cargo). Com 780 unidades matriculadas em 2022, a Dacia adianta que este é um valor que reflete os problemas com a produção ao longo do ano passado, considerando que o número de vendas mais ‘normal’ para o Spring ronde as 1500 unidades por ano.

Vale a pena notar que a Dacia prepara um novo Spring para o segundo trimestre de 2024, já com diversas evoluções técnicas e tecnológicas que irão ajudar a democratizar ainda mais a mobilidade elétrica.

Também o desempenho do Jogger é destacado pela Dacia, sendo este o mini-monovolume de sete lugares mais acessível do mercado e com um total de 960 unidades vendidas em 2022, das quais 80% corresponderam à versão GPL, num traço, aliás que partilha com o Sandero, como já atrás foi indicado.

É por esta mesma procura dos clientes que a Dacia garante que não irá abdicar da tecnologia Bi-fuel, atendendo ao potencial de poupança, mesmo com a chegada da tão prometida versão híbrida de 140 CV, no primeiro semestre, que será proposta como uma variante substituta do Diesel.

As chegadas futuras dos novos SUV Duster (no final deste ano) e Bigster (em 2024), trarão consigo renovadas ambições de crescimento, sobretudo no caso deste último, cujo design foi antecipado pelo concept de há dois anos, existindo a promessa por parte dos responsáveis da marca de que 95% do desenho será semelhante ao da versão de produção. Será com o Bigster que a Dacia irá ‘atacar’ também o segmento C-SUV, considerado cada vez mais relevante na Europa.

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