Ex-piloto de F1 compra os dois hiperdesportivos mais exclusivos do mundo

06/05/2019

Habituado a emoções fortes, o ex-piloto de Fórmula 1 David Coulthard parece disposto a manter a adrenalina em níveis muito elevados, uma vez que o escocês está na lista de espera para ser um dos proprietários de dois dos hiperdesportivos mais avançados do momento, o Mercedes-AMG One e o Aston Martin Valkyrie.

Os dois modelos recebem grande inspiração no universo da competição, sobretudo no da Fórmula 1, com as duas marcas a recorrerem a equipas da modalidade para desenvolverem os seus carros. No caso da Mercedes-AMG, não foi preciso ir muito longe, já que participa oficialmente no Mundial de Fórmula 1 com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, mas no caso da Aston Martin a opção foi recorrer à experiência da Red Bull Advanced Technologies, liderada pelo projetista Adrian Newey.

O facto de transporem para a via pública um pouco da emoção das pistas terá sido um dos motivos para a escolha de Coulthard, que na sua carreira esteve intimamente ligado àquelas duas marcas. Sem que nunca tenha corrido diretamente pela Mercedes-Benz, o piloto escocês foi piloto da McLaren-Mercedes por diversos anos, o que na prática funcionava como uma equipa oficial da marca de Estugarda, embora a sua responsabilidade se limitasse ao desenvolvimento do motor.

Situação idêntica na Red Bull, pela qual também competiu e terminou a carreira, tendo aprofundado aí a sua amizade com Newey (com quem já trabalhara na McLaren). Ora, estando a Aston Martin ligada à Red Bull na Fórmula 1, o pedido para comprar um Valkyrie foi natural. Essa foi a explicação dada pelo piloto em entrevista ao site Goodwood Road & Racing. Confessando a sua admiração pelo universo dos clássicos e pela forma como os mesmos hoje são celebrados como investimentos (tendo comprado um Mercedes-Benz Pagoda no seu início de carreira na F1), Coulthard confessou que tem os dois carros em vista.

“Tenho alguns Mercedes modernos… E encomendei um Valkyrie e um Project One – estou na lista para esses carros. O Valkyrie por causa do Adrian [Newey] – Williams, McLaren e Red Bull, onde trabalhei com o Adrian – e a única razão pela qual consigo pagá-lo é porque guiei os seus carros e ganhei algumas corridas”, começou por explicar o escocês. “Penso que o Valkyrie vai representar algo verdadeiramente especial do ponto de vista do Adrian, o lado aerodinâmico e tudo o mais”, argumentou.

“E o Project One porque sou um homem de Mercedes. O Project One será uma celebração da engenharia alemã – de alguma maneira eles conseguiram enfiar um motor impossível num carro de estrada, porque um motor de Fórmula 1 não deveria funcionar num carro de estrada”, completou.

Ambos os modelos terão números de produção limitados (275 para o One e o 150 para o Valkyrie) e, no caso do Mercedes-AMG, um deles será até português.

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