O seu futuro continua envolto nalguma incógnita (dadas as dúvidas referentes à viabilidade do projeto), mas a Faraday Future apresentou já o seu primeiro modelo quase de produção e o objetivo é óbvio: derrubar a Tesla no seu próprio jogo com um modelo elétrico e autonomia para mais de 600 quilómetros.

No ano passado, a companhia havia marcado a Feira de Eletrónica (CES) de Las Vegas ao apresentar um novo concept altamente vanguardista e do qual pouco se poderia apresentar para um eventual modelo de produção. O mesmo já não se passa com o FF91 revelado na edição deste ano do CES, cujas formas bastante elaboradas foram trabalhadas em túnel de vento para oferecer o mínimo de resistência aerodinâmica, mesmo que optando por um estilo SUV.

A motorização fica a cargo de quatro unidades elétricas capazes de debitar 1.050 CV de potência e impressionantes 1.800 Nm de binário. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em 2,39 segundos, de acordo com os dados da marca, enquanto a autonomia supera já os 600 quilómetros. A bateria elétrica, desenvolvida em parceria com a LG Chem, tem uma capacidade de 130 kWh e pode ter metade da sua carga restabelecida em apenas quatro horas e meia em tomadas de 240 V.

Uma das suas particularidades é o facto de ter um sistema de carregamento adaptável a todos os tipos de procedimento existentes no mercado, libertando-se assim de um grande condicionalismo em termos de carregamento.

Para lidar com o brutal valor do binário, o FF91 conta com um sistema de vetorização do binário nas rodas traseiras, melhorando a sua prestação em curva. Em linha reta, pelos vídeos mais recentes em que foi colocado em provas de aceleração frente a modelos como o Ferrari 488 GTB, Bentley Bentayga e Tesla Model S P100D, rapidez não lhe falta já que bateu todos estes… Aliás, o arrojo da companhia foi tanto que levou um Tesla Model S P100D até à apresentação apenas para mostrar como o seu FF91 podia ser mais rápido.

Tecnologicamente, este novo modelo tem algumas particularidades interessantes, a começar pela possibilidade de permitir condução autónoma, incluindo processos de estacionamento, com esta start-up a revelar que o seu novo SUV conta com 13 radares de curto e de longo alcance, dez câmaras de alta definição, 12 sensores ultrassons e um sensor LIDAR retrátil no capot, que faz a leitura tridimensional do caminho. É também graças a essas tecnologias que consegue, por exemplo, estacionar-se sozinho.

Mais do que uma marca de carros

A faraday Future fez questão de se demarcar do conceito de mera empresa automóvel, preferindo caracterizar-se como uma integrante de um ecossistema mais amplo, com diversas capacidades de conectividade presentes no FF91. A marca garante que se pode ligar a tudo, desde a smartphones a tablets, num interface personalizado. Cada passageiro terá uma experiência de personalização própria, com o veículo a memorizar as preferências de cada ocupante. A entrada no veículo conta mesmo com uma mensagem apropriada para o passageiro que se apresta a chegar.

Neste campo de experiência virtual conectada, a Faraday Future garante que dedicou igualmente grande atenção ao lado aerodinâmico, com muito trabalho realizado em túnel de vendo, para um coeficiente de 0.25, ou seja, com atrito minimizado face ao ar.

O interior ainda não foi finalizado, não se conhecendo grandes detalhes, mas a Faraday Future promete muito espaço (líder da sua classe, de acordo com as suas palavras) e bancos traseiros reclináveis até 60 graus, para uma experiência de relaxamento superior.

Quanto a preço, ainda nada foi revelado, igualmente, mas a Faraday Future está já a aceitar reservas de 5.000 dólares para este modelo. As primeiras 300 unidades serão especiais e exclusivas.

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