M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Fiat Chrysler Automobiles, empresa que surgiu após a fusão do grupo Fiat Auto e da anteriormente falida Chrysler, poderá ter que vender algumas das suas marcas para se concentrar nas divisões que dão mais lucro. Pelo menos, é esta a opinião de um dos seus investidores e acionistas, que propôs que a empresa ítalo-americano se concentre na Jeep e Ram, que contribuem para a maior parte dos lucros, e vendendo as marcas europeias, especialmente a Alfa Romeo e Maserati.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A ADW Capital Management é acionista da FCA desde 2014, mas não está entre o grupo de 100 maiores investidores da empresa gerida pela Fiat. De acordo com Adam Wyden, líder da firma de gestão de capitais, “as marcas premium estão a crescer mas a maior parte dos lucros vêm da América do Norte”, reclamando também que, apesar de ter as maiores margens de lucro, as ações da FCA valem menos que as das rivais Ford e General Motors.

Para o líder da ADW, a Fiat Chrysler Automotive deveria mudar o nome para JeepRam, para refletir as marcas mais importantes do seu portefólio, a marca de veículos todo-o-terreno Jeep, presente em todo o mundo, e a do construtor de pick-ups Ram, que vende primariamente no mercado americano, facilitando a entrada de investidores americanos. A Fiat deveria ser separada, unindo-se a outro construtor europeu, como o Grupo PSA, com o lado americano a poder fundir-se com a GM. Além do mais, a Ferrari e a Maserati, que estão a subir em valor com os seus modelos desportivos e de luxo, deveriam ser combinadas em vendidas como uma unidade.

Do lado da Fiat, não houve resposta, até porque a marca anunciou no início do ano os seus planos para os próximos cinco anos, incluindo uma concentração de esforços na Jeep e Alfa Romeo e a eletrificação rápida da gama. A família Agnelli, que historicamente tem sido proprietária do construtor italiano desde a sua fundação, continua a controlar mais de 50 por cento da divisão automóvel, através da sua firma de investimento, a Exor. A FCA tem vindo a perder valor na bolsa desde a morte do antigo diretor-geral Sergio Marchione, mas encaixou recentemente 7,1 mil milhões de dólares (6,25 mil milhões de euros) com a venda da Magneti Marelli, a sua divisão de peças.

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