O regresso do nome Puma ao catálogo da oval azul pode abrir a porta à utilização de outras denominações icónicas.

Quando a Ford decidiu recentemente ressuscitar o nome Puma, ainda que associado a formato muito diferente do original, abriu imediatamente a porta à especulação em torno de outros regressos. Mais ainda se há o aval do homem forte do design na divisão europeia da marca da oval azul. Amko Leenarts, em entrevista recente concedida ao Autocar, referiu mesmo o saudoso Capri, como um dos modelos que o fabricante pode ter interesse em recuperar. “Quem não gostaria de trazer de volta o Capri como design? Nós adoraríamos. Mas é necessário estar no espírito da época e tem de encaixar e funcionar de forma plural, não existindo apenas como algo para que o designer traga de volta um modelo antigo”.

Ainda assim, Leenarts sublinhou que não se sente pressionado para criar uma interpretação moderna do automóvel que fez furor na década de 70. “Estou surpreso pela quantidade de nomes que possuímos e que estimulam as emoções, positivas e negativas. O Kinetic design foi o movimento correto no momento certo, mas agora é bastante antiquado. Temos veículos diferentes no portefólio que nenhuma linguagem ou filosofia de design únicas poderá ser suficiente. O nome pode ser bom, mas pode terminar com tantos fracassos como êxitos”.

Lançado em 1969, o Capri era oferecido com uma ampla gama de motores que iam de 1,3 a 2,3 litros, tornando-o assim numa opção muito atrativa para todos os gostos e carteiras. A Ford produziu três gerações do modelo, de que se venderam mais de 1,9 milhões de unidades, ao longo dos seus 18 anos de vida.