Muito se falou da possibilidade de a Apple produzir um automóvel, mas foi outro fabricante de tecnologias conhecido pelos seus smartphones a apresentar o seu primeiro modelo 100% elétrico com competências desportivas. A Xiaomi revelou oficialmente o SU7 para o mercado chinês, assumindo-se também como uma concorrente de peso no setor automóvel.

Os veículos elétricos não são desconhecidos da Xiaomi, que já conta no seu inventário de produtos com trotinetes elétricas, mas com o SU7 dá um passo ambicioso para o setor dos automóveis, com uma berlina de alto requinte e tecnologia de ponta inspirada na dos smartphones e demais aplicações.

O design prima pela aptidão aerodinâmica, com uma base longa e esguia. Com 4997 metros de comprimento e 3000 mm de distância entre eixos, o SU7 privilegia a habitabilidade e o conforto dos passageiros, diferenciando-se por um coeficiente de arrasto impressionante de apenas 0.195 Cd.

No lado tecnológico, a Xiaomi recorre a todo o seu ‘arsenal’, com destaque para o ecrã central tátil de 16.1”, no qual está congregado o novo sistema operativo da marca chinesa, o HyperOS, potenciado pelo chip Snapdragon 8295 da Qualcomm. Mas esse não é o único aspeto em que se distingue, já que também na condução autónoma o SU7 revela enormes progressos, nomeadamente, ao oferecer um conjunto de elementos avançados como LiDAR, câmaras de alta-definição e radares para funcionalidades de segurança na condução.

Tecnicamente, a Xiaomi recorre a uma plataforma de nome Modena, compatível com sistemas elétricos de 400 V e de 800 V, sendo este último capaz de carregamentos mais rápidos ao aceitar postos de carga mais potentes. O modelo de entrada, denominado V6 (de forma confusa), tem apenas um motor elétrico atrás para uma potência de 299 CV e 400 Nm de binário, estando associado a uma bateria de 73.6 kWh para uma autonomia de 668 quilómetros (ciclo de homologação chinês). Este modelo apenas tem arquitetura elétrica de 400 V, logo não carrega de forma mais rápida.

O V8 (outro nome confuso…) conta já com tração integral e dois motores elétricos para uma potência combinada de 673 CV, com uma capacidade de aceleração dos zero aos 100 km/h em apenas 2,78 segundos, rivalizando com os melhores desportivos do mercado. A velocidade máxima é de 265 km/h. Graças a uma bateria de 101 kWh, a autonomia desta versão chega aos 800 quilómetros, uma vez mais de acordo com o padrão de homologação da China. Como integra a arquitetura elétrica de 800 V, o V8 pode carregar 390 quilómetros em apenas dez minutos.

Na sua versão mais evoluída, o chassis adaptativo é outro dos pontos altos, com amortecimento variável, controlo variável de rolamento de carroçaria em curva e aerodinâmica ativa. O sistema de travagem foi desenvolvido com o auxílio da Brembo, enquanto a unidade de controlo do sistema foi desenvolvido pela Bosch. Dispõe ainda de modo de controlo de arranque e modos de condução.

Por enquanto, não existem dados relativos à versão europeia, nem quanto a preços, mas espera-se que o primeiro automóvel elétrico da Xiaomi tenha preços elevados.

 

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