O Civic Type R é mesmo o único modelo da gama atual da Honda a ter apenas um motor de combustão, neste caso, um bloco sobrealimentado de 2.0 litros com 329 CV de potência e 420 Nm de binário, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em apenas 5,4 segundos, estando disponível apenas com caixa manual de seis velocidades.
Mas, atendendo ao esforço de eletrificação que todas as marcas têm levado a cabo nestes últimos anos e que apenas se irá adensar no futuro próximo (até por imposições regulamentares devido às emissões poluentes), levantaram-se algumas dúvidas quanto à sobrevivência da insígnia Type R na era dos automóveis elétricos, mas Hideki Kakinuma, diretor de desenvolvimento do projeto do Civic Type R, já garantiu em declarações à Autocar que a gama é fundamental para a Honda.
“Sem Type R, não existe Honda”, é citado Kakinuma, para quem as mudanças regulamentares na Europa terão consequências em termos de motorizações para um futuro modelo deste género.
“É muito difícil pensar num modelo desportivo deste género dentro destas fronteiras [de motor de combustão]”, admite, embora tenha também clarificado que existe uma vontade clara de “trazer mais Type R” para o mercado no futuro.
De forma interessante, o responsável nipónico observa que a neutralidade carbónica é possível, “mesmo conduzindo um automóvel com motor de combustão interna, pelo que eu não rejeitaria a possibilidade de o próximo Type R ter um motor de combustão interna. No entanto, dadas as atuais circunstâncias, isso será muito improvável”.Note-se que a tónica na eletrificação, em conjunção com a imposição de limites regulamentares mais rígidos em termos de emissões na Europa dentro dos próximos dois a três anos irá causar a um afastamento cada vez mais notório deste tipo de motorizações e de automóveis do Velho Continente.
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