A Jeep irá descartar, em Portugal, as versões exclusivamente munidas com motor de combustão interna, adotando no mercado nacional apenas motorizações eletrificadas em linha com a ambição de sustentabilidade da marca americana.

Observando o cenário de aceitação das tecnologias eletrificadas em Portugal, a Jeep revelou que vai apenas ter versões com algum tipo de eletrificação no mercado nacional, alicerçando-se, para já nas versões híbridas, mas preparando-se já para a chegada, na primeira metade de 2023, do primeiro modelo da marca 100% elétrico.

Tendo em curso uma estratégia de sustentabilidade que se traduz no conceito ‘Liberdade com Emissões Zero’, a Jeep irá terminar no final de junho com a comercialização dos modelos alimentados unicamente por combustíveis fósseis, sendo a partir de aí só possível de comprar automóveis da marca com algum tipo de eletrificação.

Duas formas híbridas

Para esta estratégia, a Jeep conta com dois formatos híbridos, uma com tipologia plug-in (4xe) e a mais recente e-Hybrid, que se assume como um ‘full hybrid‘ autocarregável. Lançada no ano passado, a tecnologia 4xe tem-se revelado bastante bem-sucedida (sendo aliás uma das razões para a decisão da Jeep em Portugal), representando já um terço das vendas totais da marca em 2022. Este sistema está disponível nos Renegade, Compass e Wrangler.

Já disponível nos modelos Renegade e Compass está também a mais recente tecnologia híbrida, a e-Hybrid, que oferece uma alternativa completamente nova no segmento de tração às duas rodas. Este sistema permite desfrutar de algumas das capacidades da eletrificação sem necessidade de utilizar a tomada para carregar baterias ou de limitar os seus trajetos.

Tanto o Renegade, como o Compass e-Hybrid beneficiam de competências de circulação 100% elétrica, por exemplo no arranque, no estacionamento ou a baixa velocidade em situações de engarrafamento com baixa necessidade de potência. A função de recuperação de energia cinética permite carregar as baterias quando o veículo desacelera (‘e-Coasting’) e durante a travagem (função ‘Regenerative Braking’).

Adicionalmente, o sistema elétrico pode também incrementar o binário enviado para as rodas (‘e-Boosting’) com o apoio do motor elétrico durante as acelerações e otimiza o ponto de funcionamento do motor a gasolina (reduzindo assim o consumo de combustível e as emissões de CO2) a velocidade de cruzeiro.

O sistema motriz híbrido destes novos modelos compreende um novo motor a gasolina sobrealimentado de 1.5 litros com 130 CV de potência e 240 Nm que está associado a uma nova transmissão de dupla embraiagem de sete velocidades, integrando um motor elétrico de 48 Volts e 15 kW.

A bateria de 48 Volts, refrigerada a água, inclui também um conversor DC/DC de 48 para 12 Volts e foi ainda incorporado um motor de arranque/gerador acionado por correia para reinícios suaves do motor a baixa velocidade, aumentando assim o conforto.

O novo motor sobrealimentado de quatro cilindros da família Global Small Engine, foi concebido para ser o mais adequado a uma utilização híbrida. Funciona segundo o ciclo Miller e recorre a uma elevada taxa de compressão (12,5:1), melhorando a eficiência térmica e reduzindo, assim, o consumo de combustível.

Os preços destas versões híbridas arrancam nos 33.600€ no caso do Renegade Limited, enquanto o Compass e-Hybrid Night Eagle tem um custo base de 39.150€.

Em ambos os casos há também uma versão especial mais sustentável com recurso a elementos como revestimentos específicos com base em elementos reciclados no interior, denominada Upland, que se diferencia por logótipos específicos e pela cor azul especial. Tem um preço base de 36.400€ no Renegade e de 42.700€ no Compass.

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