Para os mais distraídos nada parece ter mudado, mas um olhar atento revela que a grelha frontal é nova, assim como os para-choques e os faróis têm uma assinatura luminosa em LED nova, igual à dos farolins traseiros.

Para este SUV – lançado em 2015 e com 475 mil unidades vendidas – a grande novidade é ser agora construído com base na plataforma PTA (Premium Transverse Architecture), a mesma do novo Range Rover Evoque.


Com esta mudança, o Discovery Sport vê a sua rigidez torsional aumentar 13%, e pode agora dispor de motorizações parcialmente eletrificadas. Na prática, isto significa que tem a sua vertente estradista melhorada, proporcionando mais conforto aos seus ocupantes. Pode levar até sete pessoas, mas na verdade os dois lugares extra acomodam, na melhor das hipóteses, duas crianças durante uma viagem longa; dois adultos só mesmo num trajeto curto e com muito boa vontade. A utilização dos lugares da terceira fila tem ainda o inconveniente de comprometer o espaço para a bagagem, tornando-o praticamente inexistente e a pala da bagageira terá de ficar em casa ou na garagem, pois no Discovery não há onde a colocar.

O interior revela cuidado na escolha de materiais e acabamentos, com muito poucos plásticos à vista e rigor na montagem

O interior revela cuidado na escolha de materiais e acabamentos, com muito poucos plásticos à vista e rigor na montagem. A vida a bordo é assim bastante confortável para cinco ocupantes, com os bancos da frente a oferecerem apoio e conforto e os da segunda fila com bastante espaço para as pernas, bem como uma multitude de zonas para arrumação, o necessário para fazer viagens longas.


O desempenho dinâmico cumpre com a expectativa, a suspensão controla bem os movimentos da carroçaria, fugindo ao comportamento típico de um jipe ao demonstrar um desempenho de um SUV que gosta mais de andar na estrada. A unidade testada vinha equipada com uma caixa manual de seis velocidades, solícita e bem escalonada, só é pena sempre que engrenávamos a primeira ou a terceira velocidade, tocávamos no painel com os nós dos dedos e, inadvertidamente, desligávamos a função “start-stop”. Parece que a ergonomia foi pensada para a caixa automática.

Uma novidade que passa facilmente despercebida é a câmara traseira, dissimulada numa pequena “barbatana” no tejadilho

Uma novidade que passa facilmente despercebida é a câmara traseira, dissimulada numa pequena “barbatana” no tejadilho, que dá jeito quando todos os lugares atrás estão ocupados e a visibilidade é reduzida. É ativada numa patilha atrás do retrovisor, que passa a ser um ecrã LCD, mostrando tudo o que se passa atrás do carro.


Longe do anunciado pela marca, os consumos são o calcanhar de Aquiles deste Discovery. Os 150 cv do motor diesel de 2 litros são suficientes para umas prestações razoáveis, mas as suas quase duas toneladas de peso não nos deixaram fazer consumos abaixo dos 10,5 litros por cada 100 quilómetros. O melhor desempenho e conforto em estrada penaliza a aptidão para aventuras fora dela. Aqui, o cumprimento da tradição Land Rover vai ter de se ficar por estradões de terra batida, sobretudo porque a tração é só às rodas dianteiras. O que na realidade se verifica, com a maioria dos SUV e jipes do parque automóvel nacional a terem o seu grande desafio na época balnear, percorrendo estradas poeirentas até à praia e a demonstrar criatividade na hora de estacionar.


Preço Land Rover Discovery Sport R-Dynamic S D150: 69.640,23€

Ficha técnica
MOTOR: Cilindrada (cc)1.999 Potência máxima (CV/kW/rpm)150 / 110 / 4.000 Binário máximo (Nm/rpm)380 / 1.750 – 2.500 Transmissão Manual de seis velocidades
Velocidade máxima: km/h 193 (5+2 lugares)
Peso: 1.926 kg
Capacidade do depósito de combustível: (litros)65
DIMENSÕES: Altura (mm)1.727 Comprimento (mm)4.597 Largura com espelhos recolhidos (mm)2.069 Largura com espelhos na posição normal (mm)2.173
ALTURA AO SOLO: Altura ao solo de série (mm)212 Ângulo de ataque22,8° Ângulo de saida28,2° Ângulo de rampa20,6°

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