Mantendo a sua filosofia de valorização pela diferença e requinte, a Lexus concebeu uma nova geração do ES (a sétima) com o foco colocado nas vertentes do aprimoramento estético e na condução melhorada.

Conhecida pelos seus modelos com design altamente emotivos, o novo ES representa mais uma etapa daquilo que a Lexus preconiza para os seus automóveis, combinando tecnologia de ponta com novas soluções e atributos melhorados de espaço, silêncio e segurança, além de uma aposta sempre presente na execução artesanal de elevado nível.

Estes são, em suma, os atributos destacados pela Lexus para o seu novo ES, cuja sétima geração está prestes a chegar aos mercados da Europa Ocidental, surgindo na peugada do novo sedan de topo de gama LS e ao coupé LC para escrever um novo capítulo no design da Lexus.

Na dianteira, a ‘face’ do ES é dramaticamente diferente de acordo com a versão. As versões de base de gama exibem barras elegantes que saem do centro da grelha fusiforme assinatura da Lexus, enquanto as versões F Sport – disponíveis pela primeira vez na gama ES – adotam um padrão cruzado preta de formas “L” interligadas que têm correspondência com as secções recortadas nos extremos dianteiros do carro.

A Lexus vendeu cerca de 75 000 automóveis na Europa em 2017, o maior volume até à data, alcançando o quarto ano consecutivo de crescimento. O novo ES será um modelo nuclear na sua gama, contribuindo para a ambição da Lexus de atingir vendas anuais de 100.000 automóveis novos na Europa até 2020.

A linha de tejadilho de descida acentuada ealça a posição mais baixa do veículo e a aerodinâmica afilada. A traseira é “limpa” e nitidamente cinzelada, com faróis de LED que dobram os cantos da carroçaria para gerar uma linha de estilo contínuo, ao passo que as versões F Sport adicionam um spoiler traseiro, logótipos específicos e um rebordo inferior escuro para tornar o visual mais desportivo. Há três diferentes desenhos de jantes de 17 e de 18 polegadas, para os modelos da gama, cabendo ao F Sport a gama de jantes de maiores dimensões – 19 polegadas – semelhantes em aparência às do coupé Lexus LC.

O novo modelo é mais longo (+65 mm), mais baixo (-5 mm) e mais largo (+45 mm) do que o seu antecessor. A maior distância entre eixos (+50 mm) permite que as rodas sejam empurradas para mais perto dos extremos do veículo, com vias dianteiras e traseiras mais largas (+10 e +37 mm).

Os futuros interiores da Lexus serão assim

Os designers da Lexus, sobretudo no caso da equipa responsável pelo habitáculo, procuraram revelar um ‘Conceito de Futuro de Interiores Lexus’ que combina um cockpit centrado no condutor com uma área espaçosa e confortável para o passageiro da frente. O foco do condutor pode manter-se na estrada à sua frente uma vez que o ecrã central, o painel de instrumentos e o head-up display (o maior no segmento dos automóveis de luxo) são agrupados num espaço compacto dentro do campo de visão. A Lexus chama a este conceito “Banco de Controlo”, uma ideia simples, segundo a qual todos os comandos necessários e todas as informações a consultar estão ao alcance fácil e à vista.

A posição de condução no ES foi aperfeiçoada com um ângulo de volante mais natural, posições revistas dos pedais e até um banco com 10 diferentes regulações. O próprio volante é cedido diretamente pelo LS e possui um aro de formato ergonómico e revestimento em madeira e aquecimento integrado (opcionais). Os bancos de condutor e passageiro dianteiro podem ainda ser aquecidos juntamente com um novo sistema de ventilação do tipo aspiração que se alimenta diretamente do sistema de ar condicionado para um arrefecimento mais rápido.

O conceito de conectividade está igualmente presente, graças a um sistema de infoentretenimento com uma variedade de serviços conectados. A navegação dispõe ainda de um ecrã multimédia de 12.3 polegadas e um controlo tátil (por touchpad) de segunda geração, tirando partido ainda de recursos de reconhecimento de voz, como de um assistente móvel, permitindo o controlo do smartphone do condutor sem qualquer contacto

Esta nova berlina recorre à Arquitetura Global – plataforma K (GA-K) – que permite, segundo a Lexus, “proporcionar uma experiência de condução mais envolvente e dispositivos de segurança ainda mais completos” para os seus clientes europeus. A gama incluirá o ES 300h, à venda a partir de dezembro de 2018, movido por um novo sistema eletrificado ‘Self-Charging Hybrid’, sendo esta a única disponível no mercado nacional.

Mudar de ‘alma’

A equipa de engenharia, liderada pelo engenheiro-chefe Yasuhiro Sakakibara, teve um objetivo claro: transformar a imagem do ES. Isso significava transformar um sedan conhecido principalmente pelo conforto e tranquilidade num automóvel igualmente capaz de alcançar níveis de prestações e de comportamento que se pudessem sentir e ouvir.

De acordo com Sakakibara, este ES foi construído para oferecer um nível de prestações globalmente mais elevado do que qualquer dos seus antecessores: “Sabíamos que este ES tinha de ter uma resposta pronta e ser fácil de conduzir, independentemente do tipo de estrada em que estivesse. E isso é algo que só pode ser alcançado com uma base sólida”.

Momento certo para se regressar à nova plataforma GA-K, um chassis de tração dianteira bastante rígido que rivaliza, em termos de rigidez torsional, com a plataforma de tração traseira GA-L usada no coupé LC e no sedan LS. Vários tipos de aço de elevada rigidez reduzem o peso em comparação com as plataformas anteriores, enquanto progressos como o novo design da suspensão traseira multibraços, o motor da assistência elétrica montado na cremalheira (para tato mais preciso) e uma braçadeira em V atrás do banco traseiro proporcionaram aos engenheiros a flexibilidade necessária para afinar o ES a preceito dinâmico.

Para garantir um elevado equilíbrio entre conforto e comportamento, a arquitetura resultante usa um esquema MacPherson na frente e uma configuração multibraços com braço transversal atrás, além de barras estabilizadoras em cada um dos eixos. Os novos Amortecedores de Controlo Dinâmico permitem respostas melhoradas graças a uma válvula auxiliar não sobreposta que permite que o óleo do amortecedor possa fluir em qualquer direção antes de entrar na válvula principal.

O controlo adicional do F Sport

Nas versões F Sport é utilizada uma Suspensão Variável Adaptativa (AVS) que substitui os Amortecedores de Controlo Dinâmico por amortecedores ajustáveis. Semelhante aos sistemas disponibilizados no coupé LC e no sedan LS, no ES o sistema AVS é capaz de definir 650 níveis de regulação com ajustes feitos com base em informações de sensores que medem cargas G lineares e verticais, velocidade do veículo, ângulo de direção, taxa de deriva e pressão do cilindro principal, além de informações do computador de controlo do motor e do computador de controlo de derrapagem.

Todas as versões do ES estão equipadas com Seletor de Modo de Condução, que permite ao condutor adaptar as configurações do carro às diferentes condições da estrada. As versões desprovidas de AVS dispõem de os modos Eco, Normal e Sport, enquanto as unidades equipadas com AVS substituem o modo Sport pelo Sport S e adicionam os modos Sport S+ e Custom (Personalizado).

Nas versões sem AVS, o modo Sport agiliza as respostas de aceleração, altera o programa de funcionamento da transmissão e altera a assistência da direção para um maior controlo do veículo, enquanto os ES equipados com AVS somente ajustam as configurações de aceleração e transmissão no modo Sport S. Para uma condução ainda mais desportiva, o modo Sport S+ ajusta os parâmetros de aceleração, transmissão e direção, juntamente com os amortecedores adaptativos. No modo Custom, o condutor pode escolher as suas preferências entre três programas de motor e transmissão (Eco, Normal, Sport), dois programas de direção e suspensão (Normal, Sport) e dois programas de climatização (Eco, Normal).

Híbrido ‘rei’

A versão vendida nos mercados da Europa Central e Ocidental será a ES 300h, que está equipada com um novo sistema de propulsão híbrida ‘Self-Charging Hybrid’ de quarta geração que associa um ultra-eficiente motor a gasolina de quatro cilindros, em ciclo Atkinson, de 2.5 litros com um motor elétrico mais leve, mais compacto e com maior densidade energética. A potência total do sistema é de 218 CV e a economia de combustível no ciclo combinado é de 4,7 l/100 km.

O motor de 2.5 litros é totalmente novo e incorpora a tecnologia de combustão de queima rápida que o torna um dos motores de eficiência térmica mais elevada em veículos de produção em série. Daqui resulta mais potência sem aumento de emissões ou de consumo de combustível. Entre os atributos técnicos deste motor, nota para os condutas de admissão direitas, aumento dos ângulos de válvulas e sedes de válvulas revestidas a laser. A bomba de óleo de capacidade variável, os injetores com vários orifícios, o sistema VVT-iE nas válvulas de admissão e um sistema de arrefecimento variável contribuem também para a impressionante capacidade de gestão de calor e do processo de combustão deste motor.

O tradicional conjunto de engrenagens planetárias foi substituído por uma engrenagem de eixo paralelo e uma engrenagem multifuncional que incorpora uma engrenagem planetária de repartição de força, uma engrenagem de estacionamento e uma engrenagem de acionamento contrário numa única unidade compacta. Para melhorar a repartição de pesos, a bateria de hidretos metálicos de níquel que alimenta o motor elétrico foi transferida da bagageira para debaixo do banco traseiro, o que foi possível graças a uma redução em 120 mm na altura da bateria e à adoção de um sistema mais compacto de arrefecimento. Também a direção foi revista para melhorar o comportamento dinâmico.

O sistema de controlo híbrido foi agora projetado para oferecer uma sensação de aceleração mais linear ao alinhar a velocidade do motor mais de perto com a velocidade do veículo e reduzindo a sensação de “banda elástica” normalmente associada aos sistemas de propulsão híbrida. Quando é selecionado o modo de transmissão Sport a aceleração torna-se mais rápida, aumentando o binário em regimes mais baixos, ao mesmo tempo que as patilhas no volante podem ser usadas para selecionar uma das seis mudanças simuladas para um controlo mais preciso.

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