Apesar da sua investida no campo da eletrificação, a Volkswagen ainda não abandonou por completo os motores de combustão interna, o que até é expectável atendendo a que noutros mercados que não o europeu a marca alemã ainda tem uma elevada quota de vendas de automóveis térmicos.
Assim, o 1.5 TSI evo2 assume-se como uma melhoria face à versão até aqui comercializada, conseguindo baixar os consumos e as emissões poluentes graças a uma série de novidades, como a movimentação do catalisador de três vias e do filtro de partículas de gasolina para um ponto mais perto do motor inserindo-se num único módulo de controlo das emissões.
Adicionalmente, verifica-se uma redução na utilização de metais preciosos na produção, o que tem um impacto na sustentabilidade, enquanto prepara já a próxima norma de emissões.
Um elemento tecnológico fundamental para a redução dos consumos é o sistema melhorado de desativação de cilindros ACTplus (Active Cylinder Management) que melhora a ativação e a desativação de dois dos quatro cilindros deste bloco, para assim garantir um funcionamento mais suave. O processo de combustão no modo de dois cilindros foi otimizado, também melhorando assim a faixa de operação do ACTplus. Quando está ativo, os segundo e terceiro cilindros permanecem inoperacionais a cargas baixas e médias, reativando-se quando o pedal do acelerador é pressionado com maior veemência.
O sistema de injeção de alta pressão é outro dos pontos melhorados, com uma pressão de até 350 bar, enquanto os cilindros contam agora com paredes revestidas em plasma para reduzir a fricção. Por seu turno, os pistões têm condutas de arrefecimento para permitir um processo de combustão otimizado.“O 1.5 TSI é um pilar-chave da gama de motores da Volkswagen porque está presente em muitos modelos a nível mundial, desde o T-Cross até ao Passat Variant”, refere Thomas Ulbrich, membro do conselho de administração da marca Volkswagen e responsável pela área do desenvolvimento técnico. “Temos melhorado continuamente a unidade compacta de quatro cilindros. Oferece agora benefícios significativos no consumo de combustível e uma resposta muito dinâmica”, acrescenta.
À prova do futuro
Outro aspeto importante é o da compatibilidade com combustíveis dotados de ingredientes resultantes de fontes renováveis, enquanto podem também ser adaptados a diferentes tipos de hibridação. A marca aponta que é possível obter um sistema híbrido plug-in com potência até 200 kW/272 CV, por exemplo.
Os T-Roc e T-Roc Cabriolet são os dois primeiros Volkswagen a receber este motor, mas está já prometida a sua adição a outros modelos e noutros níveis de potência que se irão adequar consoante a gama.