A cidade de Maranello, sede da Ferrari, foi acordada na manhã de quinta-feira pela sonoridade pouco habitual de um monolugar de Fórmula 1 nas ruas, com o piloto Charles Leclerc ao volante. Tudo não passou de uma filmagem promocional da equipa italiana, que recorreu a um SF1000 para protagonizar um novo vídeo que será revelado em breve.

A ideia foi marcar também o regresso ao ativo da Scuderia Ferrari depois de 110 dias de paragem devido à pandemia de Covid-19. As equipas foram obrigadas a cessar as suas atividades devido ao novo coronavírus e apenas recentemente puderam voltar a trabalhar nos seus carros para o regresso à competição, que está agendado para o primeiro fim de semana de julho, na Áustria.

A formação italiana contou mesmo os dias – foram precisamente 110 os dias em que o motor V6 híbrido do SF1000 não se fez ouvir – desde o último dia de testes de pré-temporada, em Barcelona, até à manhã de quinta-feira, quando os mecânicos voltaram a ar ‘luz verde’ para que o monolugar italiano voltasse a rodar.

O trajeto foi curto e começou num local icónico, mais concretamente, na Officina Classiche, no centro da fábrica de Maranello. Depois, cruzou o não menos icónico portão que Enzo Ferrari cruzou no dia 12 de março de 1947 com o primeiro carro a envergar o seu nome, o Ferrari 125 S.

Graças à cooperação das autoridades de Maranello, Leclerc pôde depois percorrer a Via Abetone Inferiore deserta, passando pela Gestione Sportiva na Via Enzo Ferrari 27, onde todos os carros de F1 foram desenvolvidos desde 2015. Depois, passagem pela porta do Museu de Maranello, onde se encontram alguns dos antepassados bem-sucedidos da marca italiana nos últimos 73 anos. A linha de ‘meta’ estava traçada na Via Gilles Villeneuve a caminho do circuito privado de Fiorano, que é pertença da Ferrari e no qual os monolugares italianos eram exaustivamente desenvolvidos antes de a Fórmula 1 introduzir regras de proibição à realização dos testes privados.

Falando sobre esta ocasião, Charles Leclerc admite que “geralmente, não gosto de acordar cedo, mas esta manhã havia uma ótima razão para fazê-lo. Talvez tenha acordado algumas pessoas, mas foi excelente poder conduzir pelas ruas de Maranello no SF1000. Foi excitante voltar ao carro hoje, em particular numa rota tão especial. Voltar ao cockpit fez-me sentir em casa, novamente”.