A McLaren apresentou o seu novo Artura, primeiro supercarro híbrido de alta performance de produção em série, com uma motorização híbrida capaz de entregar 680 CV de potência e um peso referencial de apenas 1498 kg. A ligeireza ao serviço das performances, de acordo com a marca britânica.

Surgindo como pináculo de mais de 50 anos de experiência e uma súmula de conhecimentos, o novo Artura estreia uma nova arquitetura de construção com base na fibra de carbono, o McLaren Carbon Lightweight Architecture (MCLA), que se pauta pela ligeireza, elevada rigidez e otimização para as motorizações híbridas. Esta nova arquitetura é uma das responsáveis pelo baixo peso do Artura, tendo sido desenvolvida inteiramente pela marca e produzida no Centro de Tecnologias Compósitas da McLaren (MCTC), na região de Sheffield.

Além da fibra de carbono, o Artura recorre ainda ao alumínio para as mesmas premissas de controlo de peso e elevada segurança estrutural, com a marca a assumir que este novo modelo tem “as proporções perfeitas para um supercarro”, com a forma a seguir a função para a redução ao essencial da funcionalidade.

A vertente mecânica fica a cargo de uma combinação híbrida de um motor V6 de 3.0 litros com uma máquina elétrica (E-motor) para uma potência combinada de 680 CV e binário máximo de 730 Nm, o que se traduz ainda numa relação peso/potência de 488 CV/tonelada (se se tiver em conta o peso em vazio de 1395 kg, diferente do peso com condutor e líquidos acima descrito). No entanto, não deixa de ser um valor apontado de excelência pela McLaren.

O motor V6 tem dupla sobrealimentação, sendo inteiramente novo, com uma potência de 585 CV e 585 Nm de binário, enquanto o motor elétrico oferece outros 95 CV e 225 Nm para o valor combinado de 680 CV. Graças a essa combinação, o Artura acelera dos zero aos 100 km/h em apenas 3,0 segundos, com mais dois dados esclarecedores: os zero aos 200 km/h em 8,3 segundos e aos 300 km/h em 21,5 segundos. A velocidade máxima está limitada aos 330 km/h. Além disso, consegue ser ainda o McLaren mais eficiente alguma vez produzido, com um valor combinado de emissões em ciclo WLTP de 129 g/km.

O motor de combustão tem um peso de apenas 160 kg, menos 50 kg do que um motor V8 da McLaren, permitindo uma acomodação mais eficiente no Artura. Com um ângulo em 120º do ‘V’, os turbos encontram-se posicionados no meio, naquilo que se tornou comum denominar na indústria de ‘hot vee’, contribuindo para uma redução do peso e das dimensões. Dispõe ainda de um filtro de partículas de gasolina para reduzir as emissões.

O sistema motriz é complementado ainda pela nova caixa de velocidades de oito velocidades, também otimizada em termos de peso e mais curta do que a anterior de sete, que inclui o primeiro diferencial eletrónico da McLaren, juntando-se à bateria de iões de lítio de 7.4 kWh (com refrigeração por meio de líquido), que concede apoio às prestações, sobretudo nas retomas graças ao binário instantâneo, mas também permite uma autonomia até 30 quilómetros meramente em modo elétrico. A marcha-atrás é sempre elétrica.

Sendo um híbrido plug-in (PHEV), o Artura pode ser carregado numa tomada doméstica, repondo até 80% da sua carga em duas horas e meia com o cabo de série. O motor de combustão também consegue ‘alimentar’ a bateria durante o seu funcionamento.

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Ao nível do chassis, o conceito de suspensão traseira é totalmente novo, beneficiando ainda de novo sistema de direção assistida eletro-hidráulica e de um sistema de amortecimento adaptativo para incrementar o dinamismo e a agilidade. Os pneus Pirelli P Zero Corsa com novo conceito tecnológico Cyber Tyre oferecem elevados níveis de motricidade.

O sistema de amortecimento adaptativo, denominado ‘Proactive Damping Control’, utiliza dados dos sensores no veículo para ‘ler’ a estrada, preparando assim o amortecimento, ao invés de recorrer a informações com base na câmara. A informação é oferecida pelos acelerómetros nas quatro rodas, pelos três acelerómetros na carroçaria e dois dois sensores de pressão em cada amortecedor, a que se juntam ainda outros sensores que medem o ângulo da direção, a velocidade do veículo, a inclinação e a aceleração lateral. Tudo processo em menos de dois milissegundos.

Existem quatro modos de condução à disposição do condutor: o ‘E-Mode’, que confia unicamente na potência elétrica para se movimentar (dependendo da carga na bateria), o ‘Comfort’ que equilibra a eficiência e autonomia, com o motor V6 desligado abaixo dos 40 km/h, o ‘Sport’, que traz já um maior dinamismo e respostas agressivas, cabendo ao modo ‘Track’ a missão de oferecer as respostas mais extremas. Mesmo dentro destes modos, existem acertos preferenciais da firmeza do amortecimento e do controlo de estabilidade para ir ao encontro dos gostos do condutor consoante a utilização.

Interior moderno e desportivo

O desenho do interior é completamente novo, com todos os comandos essenciais presentes no volante, para acesso facilitado ao condutor. Ao centro do tablier encontra-se um novo ecrã tátil de 8.0” para o acesso ao sistema de infoentretenimento, permitindo aí a configuração dos sistemas de assistência à condução, mas também o emparelhamento dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay. A nova arquitetura eletrónica apresentada no Artura permite-lhe receber atualizações de funcionalidades OTA (Over-The-Air) para melhorias futuras.

No Reino Unido, o Artura é proposto com um preço base de 185 mil libras esterlinas, com as entregas previstas para o terceiro trimestre de 2021 na especificação base. Há ainda mais três níveis de equipamentos: a Performance para maior desportividade, a TechLux para mais luxo tecnológico e a Vision para um aspeto mais moderno e aventureiro. O veículo conta com uma garantia geral de cinco anos e a bateria um total de seis anos de garantia.

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