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Novo Audi Q4 e-tron: Ataque à liderança dos SUV premium elétricos com preços desde 44.700€

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De uma assentada, a Audi revela mais dois automóveis elétricos para dar continuidade à sua estratégia de eletrificação da gama. Com os Q4 e-tron e Q4 e-tron Sportback, a Audi aponta para duas vertentes da mesma moeda, sendo os primeiros modelos da marca dos quatro anéis construídos sob a plataforma MEB, mas com três versões motrizes (até ao máximo de 299 CV) e duas opções da bateria (52 e 77 kWh) que permitem uma autonomia até 520 quilómetros. O novo Q4 e-tron deverá chegar ao mercado nacional em junho com preços a partir de 44.700€.

Assemelhando-se grandemente ao concept apresentado anteriormente, o Q4 e-tron dá continuidade ao caminho traçado pela Audi para a transição energética após os lançamentos recentes do e-tron, e-tron Sportback e e-tron GT/RS. Nesse mesmo sentido, o novo Q4 e-tron propõe uma abordagem inovadora de espaço e tecnologia no segmento dos SUV premium compactos, num modelo que é mais curto do que um Q5, com 4,6 metros de comprimento, mas que propõe uma habitabilidade ao nível do segmento acima, com uma distância entre eixos de 2,76 metros.

Desenhado pelo vento

No universo dos veículos elétricos, a vertente aerodinâmica é quase dominante, sendo por aí que os construtores procuram encontrar mais alguma autonomia de viagem. No caso dos dois Q4 e-tron, o caso é o mesmo. A linguagem de design é a mesma que já se encontrou nos e-tron lançados anteriormente, embora a sua aplicação a um formato mais compacto traga consigo uma pose única e bastante robusta, com extremidades curtas, vincos fortes da carroçaria e jantes de grandes dimensões.

Na dianteira, a grande grelha Singleframe da Audi aplicada aos veículos elétricos destaca-se, havendo também aerodinâmica ativa que permite variar o fluxo de ar consoante as necessidades de refriegração, por exemplo na zona inferior do para-choques. Outros detalhes permitem igualmente aquilatar a eficiência aerodinâmica deste conjunto, como as jantes de desenho específico, os spoilers inferiores junto às rodas ou os espelhos retrovisores de desenho aprimorado. No total, esta abordagem progressiva e cuidada permite que o SUV mais convencional tenha um coeficiente de arrasto de 0.28, enquanto o Sportback tem um valor ainda inferior, de 0.26, devendo esse feito a uma configuração mais desportiva com linhas mais fluidas na secção traseira, destacando-se aqui o spoiler a dividir o óculo traseiro.

Numa nota importante, os faróis dianteiros contam com tecnologia LED de série, mas o opcional sistema Matrix LED permite não só oferecer uma capacidade de iluminação de primeira linha, mas também alterar as assinaturas luminosas dos DRL em LED, permitindo que o condutor escolha uma de quatro configurações distintas para as luzes de circulação diurnas a partir do sistema MMI. Na traseira, a luminosidade é igualmente assegurada por tecnologia LED na horizontal. Existirão oito cores de carroçaria disponíveis e três exteriores – básico, Advanced e S line.

Com uma carroçaria concebida de forma a oferecer uma elevada rigidez estrutural, os novos Q4 e-tron apregoam um centro de gravidade bastante baixo e distribuição aprimorada do peso entre os dois eixos, graças à distribuição dos diferentes componentes, o que permite melhorar o seu comportamento e estabilidade. A suspensão dianteira é de conceção McPherson, enquanto a traseira tem um esquema multi-link. Opcionalmente, o comprador poderá equipar estes dois modelos com suspensão desportiva (menos 15 mm de altura ao solo), sendo de série no S line, e suspensão de amortecimento variável (opção em todos os modelos). Os modos de condução Audi drive select são de série na carroçaria Sportback. As opções de jantes variam das 19 às 21 polegadas com pneus traseiros ligeiramente mais largos para comportamento mais desportivo.

Tecnologia e funcionalidade de mãos dadas

No interior, a tecnologia dá as mãos à funcionalidade. O condutor conta com um painel de instrumentos digital de 10.25” de série (havendo mais duas opções Audi virtual cockpit), enquanto na consola central a opção passa por dois tamanhos de ecrã tátil consoante o sistema multimédia escolhido. O de base conta com 10.1”, enquanto no final do ano chegará uma versão de 11.6”, disponível como opcional. O volante é outra das novidades, havendo diferentes desenhos consoante a versão escolhida. O sistema de realidade aumentada (RA) fará a sua estreia na Audi com uma sobreposição de elementos digitais sobre o mundo físico.

Tal como detalhado anteriormente (ler mais aqui), o novo sistema de realidade aumentada do Q4 e-tron funciona como uma adenda à tecnologia head-up display convencional, posicionando indicações de navegação ou assistentes de condução bem na frente do condutor a uma distância virtual de dez metros. Os comandos por voz serão igualmente aplicados, dispondo de uma funcionalidade online como opção.

Mas, além de todo o aparato tecnológico que posiciona este SUV elétrico como um baluarte tecnológico na marca, também o espaço é argumento de destaque, com a Audi a apontar cotas de habitabilidade capazes de rivalizar com as do Q7. Sem túnel central a roubar espaço, o novo modelo conseguirá oferecer assim uma sensação de maior abertura a bordo, ganhando-se em amplitude para as pernas à frente e atrás, numa das vantagens conseguidas por ação da plataforma MEB.

Em matéria de funcionalidade, a Audi dedicou grande atenção aos espaços de arrumação, propondo cerca de 25 litros em locais para guardar objetos, destacando o novo suporte para garrafas de até 1,5 litros nas portas, na sua parte superior. Na bagageira, uma vez mais, a plataforma mostra a sua mais-valia com uma capacidade de 520 litros no Q4 e-etron e de 535 litros no Q4 e-tron Sportback, podendo chegar aos 1490 e 1460 litros, respetivamente, com o rebatimento dos encostos dos bancos traseiros. A porta da bagageira tem acionamento elétrico. Já a capacidade de reboque varia entre os 1000 kg das versões de tração traseira e os 1200 kg das versões quattro.

Nota ainda para a noção inerente de sustentabilidade, que é apontada pela Audi como fundamental nos tempos modernos. Além de ser produzido de forma neutra, há ainda uma vasta profusão de materiais reciclados, com a marca a dedicar um trabalho profundo à análise do ciclo de vida total do veículo. No total, o Q4 e-tron conta com 27 componentes compostos por materiais reciclados.

Potências e baterias para cada necessidade

No arranque de comercialização, em junho de 2021, o Q4 e-tron estará disponível com três versões (juntando-se uma quarta mais tarde, com 265 CV), de tração traseira ou integral quattro e potências até aos 299 CV. Na base da gama estará o Q4 e-tron 35 com motor de síncrono permanente de 170 CV de potência e 310 Nm de binário máximo, para tração traseira. Está associado a uma bateria de 52 kWh (55 kWh de capacidade ‘bruta’) para uma autonomia de até 341 quilómetros no SUV e de 349 quilómetros no Sportback (a maior eficiência aerodinâmica a dar os seus frutos). Em qualquer dos casos, a aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em 9,1 segundos.

A seguir, com a mesma configuração de motor único está a versão Q4 e-tron 40 de 204 CV e 310 Nm, mas associado a uma bateria de 77 kWh (82 kWh ‘brutos’), o que permite aos dois tipos de carroçaria acelerar dos zero aos 100 km/h em 8,5 segundos. Com essa bateria de maior capacidade, a autonomia ascende aos 520 quilómetros no SUV, mas pode ser ainda maior no caso do Sportback, estando em confirmação o dado preliminar de 528 quilómetros de autonomia.

Se da versão 45 quattro ainda não existem dados técnicos, além da potência superior e do facto de dispor de tração integral, da versão de topo já se conhecem mais detalhes. A versão Q4 e-tron 50 quattro terá uma potência de 299 CV e um binário melhorado de 460 Nm, o que lhe garante uma aceleração dos zero aos 100 km/h em 6,2 segundos. Conta com um motor assíncrono no eixo dianteiro para tração integral quattro e com a bateria de 77 kWh para autonomia de até 488 quilómetros no SUV e de 496 quilómetros no Sportback.

Quanto ao carregamento, a Audi aponta que a versão com a bateria de 52 kWh terá uma potência máxima de carregamento de 7.4 kW em AC e de 100 kW em DC, valores que sobem no caso da versão com a bateria de 77 kWh, para 11 kW em AC e 125 kW em DC. De forma relevante, a Audi indica que pode repor carga para cerca de 130 quilómetros em apenas dez minutos. Ligado à corrente, o condutor pode recorrer à aplicação para ativar a climatização prévia do habitáculo.

Por questões de eficiência, o motor elétrico dianteiro apenas é chamado a intervir quando as necessidades de motricidade assim obrigam. Já o sistema de recuperação de energia cinética decorrente das desacelerações e da travagem é outro dos argumentos de eficiência por parte da Audi com três estágios de intensidade de recuperação de energia. De acordo com os dados da marca, cerca de 90% de todos os processos de desaceleração em condução quotidiana podem ser feitos apenas com recurso a esse sistema e sem necessidade de utilização dos travões. A recuperação inteligente pode utilizar dados do sistema de navegação para ajudar na sua ‘missão’.

A era da digitalização

Embora tenha preferido abster-se de afirmar que o novo Q4 e-tron é o novo porta-estandarte tecnológico, estreando elementos como a realidade aumentada e um novo ecrã tátil de maiores dimensões, o novo modelo da Audi é efetivamente um avanço irrefutável para a marca dos quatro anéis.

O sistema de infoentretenimento é esquematizado em três níveis: o MMi de base, o MMI Plus intermédio e o MMI Pro no topo, com diferentes funções consoante cada um deles. Além desses, há elementos adicionais que se podem escolher, como a conectividade avançada por serviços online do Audi connect, que incluem o planeamento inteligente de rotas, ou o novo sistema de som premium desenvolvido em parceria com a especialista Sonos.

Em termos de aquecimento do habitáculo, o Q4 e-tron pode vir a contar com uma bomba de calor opcional, que reaproveita o calor de outra forma desperdiçado pelos módulos de baterias para aquecer o interior.