Procurando demarcar-se por uma imagem mais ousada e oferecendo como primordial o argumento do conforto, o novo Citroën C4 (e respetiva versão elétrica ë-C4) chega ao mercado nacional. A ambição é recolocar o marca de novo no top 3 do segmento dos compactos de segmento C, recorrendo à nova plataforma (CMP) e a uma nova competência tecnológica associada ao design.

Os novos C4 e ë-C4 estreiam a plataforma CMP no segmento C dos compactos familiares (até aqui apenas os automóveis de segmento B do Grupo PSA haviam contado com essa arquitetura multifacetada).

Sucedendo ao C4 Cactus, que fez o seu caminho nos últimos anos, como notou Marília Machado Santos, responsável pela marca Citroën em Portugal), o novo C4 pretende corresponder a duas premissas: a da fidelização dos atuais clientes, mas também conquistar uma nova geração de utilizadores, interessados nas premissas da modernidade, estilo e design, personalidade e tecnologia. Uma combinação que será essencial para o sucesso do modelo em Portugal. A este propósito, Marília Santos aponta como objetivos para o ano de 2021 a venda de 2000 unidades com motor de combustão e de 500 unidades elétrica (ë-C4).

Desafio emocional

A Citroën sabe que a compra de automóvel é, ainda hoje, decidida em muito pelo lado emocional, sendo por isso o novo C4 um modelo dotado de um conceito de design único, que privilegia o conforto a bordo (naquele que é o critério mais associado à marca gaulesa), além da liberdade de escolha na personalização e na quantidade de motorizações disponíveis.

Por fora, o estilo assertivo e a identidade única, com elementos como a nova assinatura luminosa em forma de ‘V’ à frente e atrás, destacam-se, misturando o conceito de uma berlina tradicional de segmento C com alguns elementos de um SUV, como a altura ao solo de 156 mm ou as rodas de grandes dimensões (a partir de 17 polegadas). A posição de condução mais elevada também ajuda a uma maior visibilidade por parte do condutor. A silhueta aerodinâmica foi pensada para a eficiência, ostentando, então, detalhes como o spoiler traseiro ou, no caso da variante elétrica, outros pontos como a carenagem do fundo do veículo ou as jantes de efeito aerodinâmico para ajudar ainda mais neste departamento.

Por dentro, há um misto nos destaques, com a marca a confiar na vertente tecnológica e no conforto das suas tecnologias Citroën Advanced Comfort para sobressair. Quanto aos elementos tecnológicos e de conectividade, a marca aponta para o head up display, o ecrã tátil central de 10 polegadas ou os comandos físicos da climatização, respondendo a uma das grandes críticas feitas a muitos dos automóveis do Grupo PSA. A conectividade tem por base o já referido ecrã de 10”, no qual assentam sistemas como o de carregamento de smartphones sem fios, o Connect Cam Citroen, o Connect Assist e o Connect NAV e Media. Haverá ainda diversas possibilidades de configuração do interior, das mais sóbrias às mais exuberantes.

Pelo lado do conforto, há diversas camadas desse mesmo efeito, a começar pelas suspensões com batentes hidráulicos progressivos, que melhoram o conforto de rolamento em piso muito degradado. Depois, há ainda os bancos Advanced Comfort, com efeito acolchoado, maior comodidade (incluindo espuma com mais 15 mm de espessura) e apoio reforçado, dando um forte contributo para a redução das vibrações. A acústica foi igualmente melhorada, assim como a facilidade de utilização com vários espaços de arrumação no habitáculo (há 16 no total). Para o passageiro, em novidade absoluta, o Citroën Smart Pad Support, um suporte para tablet que se adequa a dispositivos como o iPad Air 2, o Samusng Tab ou genéricos de 10.5”. Sossegando os mais preocupados com o capítulo da segurança em caso de acidente, o airbag ‘dispara’ por cima do tablet, não afetando a segurança.

Contará também com 20 ajudas à condução, incluindo o de nível 2 para a condução autónoma em autoestrada (sendo neste caso semiautónomo).

Ainda no interior, a Citroën dedicou grande atenção ao fator de luminosidade a bordo, com um total de 4,35 m2 de superfície envidraçada, apontando ainda espaço reforçado para os passageiros, sobretudo atrás, e capacidade da bagageira melhorada com 380 litros, na média da classe.

Gama: Um para todos

A Citroën repete a filosofia já muitas vezes ensaiada pelo Grupo PSA e promete uma enorme liberdade de escolha para os seus clientes, de acordo com as suas necessidades. Assim, estarão disponíveis versões com motores a gasolina, Diesel e elétrico.

Entre as opções com motor a gasolina, haverá opções com o bloco 1.2 PureTech de três cilindros com 100 CV (apenas com caixa manual de seis velocidades), 130 CV (caixa manual de seis velocidades ou automática de oito) e 155 CV (apenas com caixa automática de oito velocidades). Nos Diesel, duas opções com base no 1.5 BlueHDi, sendo elas a de 110 CV (com caixa manual de seis velocidades) e de 130 CV (apenas com caixa automática de oito velocidades). Todos os motores térmicos respeitam a norma Euro 6D relativa às emissões poluentes.

Por fim, a versão 100% elétrica, a ë-C4, com uma fórmula que já foi vista em modelos como o Peugeot e-208, e-2008 e DS3 e-Tense, ou seja, motor de íman de síncrono permanente de 100 kW (136 CV) de potência e 260 Nm de binário. Com uma bateria de 50 kWh, oferece a maior autonomia até aqui vista com este conjunto motriz, ou seja 350 quilómetros. A aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em 9,7 segundos para uma velocidade máxima de 150 km/h.

A bateria tem uma garantia de oito anos ou 160 mil quilómetros (para 70% da sua capacidade).

Para carregar, o ë-C4 pode recorrer a uma tomada rápida de 100 kW, na qual repõe até 80% da carga em cerca de 30 minutos, elevando-se depois o tempo de espera para cerca de cinco horas numa wallbox trifásica opcional de 11 kW. Em tomadas domésticas, varia entre as 15 horas numa tomada reforçada GreenUp de 16A e as 24 horas para uma carga completa numa tomada básica de 230V.

Em termos de funcionamento, este C4 elétrico dispõe de modo de regeneração reforçada (Brake) na alavanca da caixa, bem como modos de condução (entre o Eco, Normal e Sport) e diferentes aplicações de controlo remoto, como o pré-condicionamento, carga diferida ou dados de utilização do veículo.

Os preços arrancam nos 23.608€ para o C4 1.2 PureTech 100 no nível Feel, nos 27.708€ para o 1.5 BlueHDi 110 também no nível Feel e nos 37.608€ para o ë-C4 no nível Feel igualmente.

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