Desde que chegou ao mercado, o Puma (reinterpretação em formato SUV de um coupé lançado na década de 1990) tornou-se um sucesso imediato para a Ford, superando o agora extinto Fiesta como o seu modelo mais vendido na Europa. Porém, com novas propostas de marcas rivais a chegarem ao mercado, a marca americana atualizou este seu SUV, embora visualmente as diferenças não sejam muito significativas.
Começando exatamente por este ponto, o design exterior do Puma renovado diferencia-se apenas por alguns retoques, com a dianteira a apresentar o novo logótipo da Ford integrado na grelha, enquanto os faróis são totalmente novos, com uma assinatura luminosa em forma de ‘garra’ para uma aparência mais irreverente.
Mantém-se a diferenciação estética consoante a versão: a Titanium inspira-se no igualmente novo Kuga, com uma grelha sem cromados para um visual mais jovial, ao passo que a variante ST-Line apresenta um design frontal único, inspirado no desempenho dinâmico e a versão ST-Line X conta ainda com um novo spoiler traseiro exclusivo. O SUV compacto estará disponível em seis cores, incluindo ‘Cactus Grey’, novidade no Puma, e pode ser equipado com jantes de liga leve de 17 a 19 polegadas, conforme a variante.
Interior melhorado e mais tecnológico
Foi no habitáculo que a Ford dedicou mais esforços nesta renovação, passando a ter um reforço na tecnologia e na conectividade, com a presença em destaque do novo sistema de infoentretenimento SYNC 4, conectado à ‘cloud’ e suportado por conectividade 5G. Este novo sistema tem o dobro da capacidade de processamento da versão anterior, sendo mais rápido, mas também mostrando capacidade para utilizar um complexo algoritmo de aprendizagem automática para aprender com os dados introduzidos pelo condutor ao longo do tempo e oferecer sugestões mais precisas e respostas mais rápidas à medida que os clientes acedem à função de navegação conectada de série, ao entretenimento e às funcionalidades de comunicação.A marca garante que os comandos por voz natural têm capacidade melhorada, permitindo aceder a funções de entretenimento, meteorologia e climatização em modo mãos-livres. O sistema permite ainda a integração sem fios de Apple CarPlay e Android Auto. O modem 5G, montado de série, aumenta a conectividade e a capacidade de resposta em movimento, com Alexa Built-in para assistente pessoal móvel (nos países em que tal é possível) para responder a perguntas ou reproduzir música sob pedido através de um sistema áudio B&O opcional com dez altifalantes. Além disso, o novo Puma tem compatibilidade com a tecnologia Ford Software Update, pelo que pode
continuar a evoluir e a melhorar ao longo do tempo.
O ecrã incorpora os controlos da climatização e do aquecimento dos bancos, reduzindo ao mínimo o número de botões físicos na consola central.
Em termos de desenho, não mudou muito, mas adota temática de uma única tonalidade no habitáculo para aparência sóbria, mostrando ainda saídas de ar da climatização de linhas finas, uma barra de som tridimensional esculpida e um novo volante desportivo de base plana.
Em frente ao condutor está um novo painel de instrumentos digital de 12.8 polegadas que pode ser personalizado para mostrar as informações que os condutores consideram mais úteis com gráficos nítidos. Ao centro está o ecrã tátil de 12 polegadas, em posição flutuante e levemente inclinado na direção do condutor para melhorar a interação.
A marca também melhorou o isolamento acústico do habitáculo graças ao para-brisas laminado acústico, ao passo que a sensação de luminosidade a bordo sai reforçada com um teto panorâmico em vidro que pode ser aberto.
No lado prático, o novo Puma introduz uma nova MegaBox dobrável que permite à bagageira acomodar dois conjuntos de tacos de golfe na vertical (com um máximo de 115 cm), ou servir como um espaço de arrumação fácil de limpar quando lá são colocados objetos molhados ou enlameados após atividades ao ar livre. No total, a MegaBox disponibiliza 80 litros adicionais de arrumação integrada no piso da bagageira, contribuindo para 456 litros de espaço na bagageira com os bancos traseiros colocados, num veículo com 4,2 metros de comprimento.
Mais segurança
No capítulo da segurança, o novo Puma introduz tecnologias de condução mais avançadas, como o Cruise Control Adaptativo Inteligente com Stop & Go, que pode agora incluir a função de manutenção na faixa de rodagem, bem como a Assistência Preditiva à Velocidade, que pode ajustar preventivamente a velocidade do veículo em curvas, rotundas e no acesso e saída de autoestradas.
A Assistência à Travagem em Marcha-atrás também é uma novidade, impedindo colisões ao efetuar marcha-atrás, enquanto o sistema de Travagem Traseira de Tráfego Cruzado pode detetar objetos em movimento prestes a entrar no caminho do veículo, tais como peões, ciclistas ou veículos, e travar o veículo, se necessário.
Outros sistemas são disponibilizados em opção, como o sistema de Visão Panorâmica de 360 graus ou a iluminação Dynamic Matrix LED com luzes de máximos sem encandeamento: graças à câmara dianteira, consegue detetar o tráfego em sentido contrário e criar um ponto sem encandeamento para proteger a visão desses condutores.
Eletrificar é palavra de ordem
O novo Puma oferece uma gama simplificada de motorizações, sendo que o elemento comum a todas as versões (ou quase, sendo a exceção o futuro Puma elétrico) é o bloco 1.0 de três cilindros, com as variantes de 125 CV e de 155 CV a disporem de sistema de eletrificação ligeira ‘mild hybrid’ de 48 V, com a designação EcoBoost Hybrid.
A versão 1.0 EcoBoost Hybrid de 125 CV pode ser combinada com caixa manual de seis velocidades (consumos entre 5,3 e 6,0 l/100 km e emissões de CO2 entre 119 e 135 g/km em ciclo combinado WLTP) ou automática de dupla embraiagem Powershift de sete velocidades (consumos entre 5,6 e 6,3 l/100 km e emissões de CO2 entre 127 e 143 g/km em ciclo misto WLTP).
Já a versão de 155 CV está apenas acoplada à caixa Powershift com um consumo de combustível entre 5,5 e 6,3 l/100 km e emissões de CO2 de 125 a 142 g/km, segundo valores WLTP.
O Puma conta com modos de condução distintos – ‘Normal’, ‘Eco’, ‘Sport’ e ‘Slippery’ – que diferenciam a experiência de condução, sendo que as versões de caixa automática podem beneficiar de triplas reduções de caixa para ultrapassagens mais rápidas quando o condutor necessita de uma aceleração máxima.
A Ford também anunciou que o Puma Gen-E, com motorização 100% elétrica, será desvendado ainda este ano, no que será o primeiro Puma a proporcionar uma condução com zero emissões de gases de escape.
Outro ‘ás’ na manga
Além da versão elétrica que chegará numa fase posterior, o outro ‘ás’ na manga do construtor americano é o Puma ST Powershift, que reforça a sua vocação desportiva, sendo a versão de produção mais potente do motor 1.0 EcoBoost com 170 CV de potência e 248 Nm de binário máximo. Esta variante está associada a uma caixa Powershift de sete velocidades de dupla embraiagem, acelerando dos zero aos 100 km/h em 7,4 segundos e com uma velocidade máxima de 210 km/h. O consumo de combustível situa-se entre 6,0 e os 6,5 l/100 km e as emissões de CO2 entre 135 e 146 g/km (valores WLTP).
Este modelo mais dinâmico sobressai pela ambição de entrosamento superior, com patilhas atrás do volante para o comando da caixa de velocidades, mas também revela faceta mais agressiva no exterior. Na dianteira, merece destaque o splitter Ford Performance que, face à versão convencional do novo Puma, aumenta a força descendente na dianteira em quase 80% bem como uma grelha dianteira superior e inferior com a assinatura ST, para maximizar a capacidade de refrigeração e a eficiência do motor.
O tejadilho com acabamento em preto brilhante, disponível em opção, complementa a grelha preta, as saias laterais, as capas dos espelhos retrovisores exteriores e o spoiler traseiro do tejadilho, bem como as jantes de liga leve de 19 polegadas com acabamento em cinzento Magnetite.
A bordo, destaque para um ambiente mais arrojado graças aos bancos desportivos Ford Performance e logótipos e aplicações ST exclusivos.
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