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Novo Opel Astra: Boas impressões no primeiro olhar ao ‘vivo’

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Mais dinâmico, mais tecnológico e mais eficiente do que nunca, o novo Opel Astra mostrou-se aos jornalistas portugueses num evento realizado em Lisboa, no qual pudemos efetuar um primeiro contacto com o compacto alemão, que promete bastante no seu segmento.

Se as imagens de imprensa revelavam um automóvel de visual robusto e muito dinâmico, a impressão ao ‘vivo’ corrobora perfeitamente essa noção, com o Astra a mostrar-se bastante apelativo ao olhar, estreando a nova linguagem de design da Opel em modelos compactos (até aqui apenas o Mokka e o Grandland adotavam o novo estilo).

A dianteira caracteriza-se pelo Opel Vizor, ou seja, a aplicação de um painel em preto brilhante a unir os dois faróis, ocultando o logótipo e também os diversos sensores dos sistemas de assistência à condução. Nessa mesma lógica de ideias, a Opel recorre à filosofia dos pontos cardinais de uma bússola – assim explicando a denominação ‘Opel compass’ – para definir o vinco no centro do capô que se prolonga até ao para-choques e que se conjuga com a assinatura luminosa dos faróis.

De perfil, a marca destaca o apelo dinâmico de linhas esculpidas na carroçaria em modelo com cavas das rodas mais musculadas e pilar C mais inclinado.

Já a secção traseira repete a ideia da bússola com os quatro pontos cardiais, conjugando as linhas da carroçaria com as dos farolins, numa visão que não deixa de ser simultaneamente limpa e desportiva. Realce para a utilização de tecnologia LED de série nos faróis, com as óticas dianteiras a disporem do novo sistema IntelliLux LED Pixel (opcional), uma novidade no segmento que conta com 168 elementos LED e que, em comparação com os faróis LED comuns, permite uma maior precisão, reação melhorada e feixes de luz mais largos, além de padrões de luz variáveis.

Na sua 12ª geração – contabilizando todos os Kadett desde 1936 e os Astra desde 1991 -, o modelo germânico assume plenamente as ferramentas providenciadas pelo grupo Stellantis, no qual está inserido desde 2017. Assim, recorre à plataforma EMP2 (na sua terceira versão, a qual tem cerca de 50% de peças novas comparativamente com a segunda versão), a qual proporciona um incremento de 14% na rigidez torsional, melhoria do espaço interior e a mais recente tecnologia de conectividade e de assistência à condução.

Apesar de existir uma partilha de elementos evidente com modelos como o Peugeot 308, a Opel garante que o novo Astra tem o ADN da marca alemã imbuído, honrando os pergaminhos, sobretudo naquilo que apelida de veículo à prova das ‘Autobahn’, ou seja, apto para as autoestradas sem limite de velocidades que se podem encontrar na Alemanha. Neste sentido, a Opel trabalhou no sentido de oferecer um modelo dotado de elevada estabilidade a alta velocidade, mas também em curva, reativo e neutro na travagem, assegurando assim a confiança nas autoestradas. Ao mesmo tempo, baixou-se também o ruído aerodinâmico.

Quanto a dimensões, mantém a presença robusta, destacando-se os 4374 mm de comprimento (mais 4 mm) e os 1860 mm de largura (mais 51 mm), enquanto a distância entre eixos cresce ligeiramente para 2675 mm (mais 13 mm). A bagageira oferece agora 422 litros, mais 50 litros do que o atual Astra.

Interior hi-tech

O habitáculo denota maior qualidade e atenção aos materiais, mesmo nestas versões apresentadas aos jornalistas, assumidamente “pré, pré, pré-produção”, não ocultando assim algumas falhas evidentes em junções e que serão suprimidas na versão final. Ainda assim, registo para uma boa impressão geral, sobretudo também com a opção do tablier e consola central unidos por uma superfície única em vidro, o Pure Panel, também opcional. A Opel destaca a experiência altamente digitalizada, mantendo apenas os comandos físicos considerados essenciais, atendendo a uma maior ergonomia de utilização. Os sistemas Apple CarPlay e Android Auto sem fios são de série no Astra desde a versão base. A consola central é agora mais limpa em termos de comandos.

Nos bancos, a Opel volta a destacar o conforto e a garantia providenciada pelo certificado AGR de ergonomia.

Gama multifacetada rumo à eletrificação

A Opel tem em curso um plano de transformação rumo à eletrificação, tendo variantes elétricas de todos os seus modelos até 2024 e zero emissões em 2028, ou seja, ainda antes do final da década. Um dos modelos que ajudará nesta transição será precisamente o Astra, que terá versões de combustão interna, mas que irá reforçar o peso da eletrificação, com duas versões híbridas plug-in (PHEV) e uma exclusivamente elétrica prevista para 2023, o Astra-e.

Começando pelos PHEV, serão sistemas com base no módulo híbrido da Stellantis, com dois níveis de potência. A versão menos potente terá 180 CV, enquanto a versão de topo terá 225 CV, sendo a variação de potência garantida pelo motor de combustão (150 CV ou 180 CV). Tecnicamente, todos terão a mesma ‘estrutura’: motor 1.6 turbo a gasolina, caixa automática de oito velocidades, bateria de iões de lítio de 12.4 kWh e motor elétrico de 81 kW (110 CV). A autonomia esperada em modo elétrico para estes modelos é de 60 quilómetros.

Também existirão versões de combustão com base em dois motores apenas: o 1.2 Turbo de três cilindros com 130 CV no caso dos gasolina e o 1.5 Turbo de 130 CV no caso do gasóleo, sendo que ambos podem estar associados a caixas manuais de seis velocidades ou automáticas de oito velocidades. O motor a gasolina beneficia de alguns refinamentos para se tornar mais eficiente.

Além da versão 100% elétrica que já está prometida, sabe-se que também haverá uma versão carrinha para o novo Astra, cuja revelação está agendada para 1 de dezembro, esperando-se o seu lançamento no mercado em meados de 2022. Já a versão de cinco portas chegará aos concessionários no primeiro trimestre de 2022, com as encomendas a abrirem ainda em outubro com preços a partir dos 25.600€.