Novo Skoda Octavia: Cara lavada e nova alma

16/02/2017

Frente redesenhada, mais conteúdos tecnológicos e gama alargada ao motor três cilindros turbo de 1.0 litro a gasolina com 115 cv, uma boa surpresa, são as novidades que acompanham o facelift do Skoda Octavia. Os preços passam a arrancar nos 21 399 euros

Era uma operação aguardada, rotina na indústria automóvel. E a Skoda cumpriu com o que se esperava. Procedendo é claro com todo o cuidado, pois retocar o Octavia, best seller da marca checa, é trabalho para se fazer com todos os cuidados. Mas era uma obrigação o facelift…

Daí uma cosmética ligeira, um pouco além do tratamento a “botox” na dianteira, agora mais esculpida e vincada, e marcada pela originalidade das óticas bipartidas, máximos colados à grelha, quase como sua extensão ao estilo de apêndice cristalizado, separado dos médios largos e rasgados. Um toque de ousadia, diferença assegurada, uma curiosa assinatura luminosa, como agora se diz, com os LED diurnos separados e em dois planos. Uma modernidade que surpreende na tradicional sobriedade da marca checa – modernidade que não deixa de contemplar que tudo isto possa ter tecnologia LED. Enfim, a personalidade mantém-se, mas importa aceitar que o carro ganha tempo, balão de oxigénio na imagem para a corrida final. Por fora, o mais resume-se às óticas traseiras, o “C” em LED e aos ajustes que trazem uns milímetros de aumento seja na berlina (11 mm) como na carrinha (8 mm).

Mais facilidades

No interior, novos materiais e mais combinações cromáticas, ajustes ligeiros e alguns reforços do princípio do Simply Clever que tem trazido muitas originalidades práticas e agora acrescenta ao pacote uma ficha na traseira para o carregador do telemóvel, que continua a poder ser carregado na frente através de entrada USB. Dá jeito, como o porta garrafas na consola que permite tirar a cápsula de abertura só com uma mão. Tudo isto no mesmo ambiente de sobriedade, sempre austero mas também com aquela imagem de qualidade percebida que não deixa dúvidas em matéria de construção.

Depois, é aquele verdadeiro banho de espaço que põe o Octavia muito distante de toda a concorrência e desafia mesmo alguns modelos do segmento acima. Espaço que não é só habitabilidade, também as bagageiras como poucas (ou nenhumas…) na berlina (590 litros) e na carrinha (610 litros). Resultado de uma distância entre eixos que ajuda, mas ainda de uma boa conceção interior, eficaz igualmente no que respeita à funcionalidade.

Aos aspetos que merecem a nota mais no Octavia acresce a óbvia democratização tecnológica. O facelift foi naturalmente aproveitado para aumentar a dotação de facilidades que a eletrónica continua a por ao dispor do automobilista. E desde logo na conetividade, com alargada panóplia de serviços de conforto e assistência, a internet, e a APP que permite o acesso remoto ao automóvel. Nada que surpreenda, “obrigação” cumprida.

Uma surpresa

O alargamento à oferta do motor três cilindros 1.0 TSI a gasolina do Grupo VW é uma das novidades maiores que acompanha o facelift. Significa o desaparecimento do “velho” 1.2 e com o seus 115 cv e um binário interessante (200 Nm/2000-3500 rpm) permite um desembaraço surpreendente ao Octavia. Falta saber como se comporta com quatro pessoas a bordo e carga, é um facto, mas a primeira impressão foi prometedora. Bem insonorizado, quase despercebido no habitáculo também no que respeita a vibrações, acelera e recupera com grande naturalidade e nem pede excessivo trabalho à caixa de seis velocidades muito bem escalonada.

A escolha mais comum no mercado nacional vai continuar a ser o 1.6 TDI, disponível em versões de 90 e 115 cv. O diesel que dispensa apresentações, que guiámos na escolha mais potente, continua a casar muito bem com o Octavia, garantindo condução muito agradável, mais ainda para quem opta pela caixa automática DSG de sete velocidades, a qual assegura até melhores consumos. A versão de caixa manual continua a recorrer a um sistema de cinco relações, solução em que o Grupo VW insiste e que está longe de parecer a melhor solução.

A oferta em Portugal continua a integrar mais dois motores a gasolina:1.5TSI/150 cv e 2.0 TSI/230 cv (RS só DSG). A diesel existe ainda o 2.0TDI em versões de 150 e 184 cv, este na carrinha Scout com a opção 4×4 agora também com transmissão DSG. Só estão disponíveis o 1.0 TDI e os Diesel 16.TDI e 2.0TDI

Os níveis de equipamento continuam a ser três; Active, Ambition e Style. Quanto a preços, os valores de entrada são os seguintes (entre parêntesis valores da Break):

PREÇOS

Gasolina

  1. TSI – 21 399 euros (22 749);
  2. 1.5 TSI – 28 443 euros (29 707);
  3. RS – 40 287 euros (41 250)

Diesel

1.6 TDI/90 cv – 26 389 euros (27 482);

1.6 TDI/115 cv –  27 259 euros (28 353);

2.0 TDI/150 cv – 33 438 euros (34 532);

2.0 TDI/RS 184 cv – 38 499 euros (39 593)

Scout

TDI 150 cv 4×4 – 42 164 euros

A caixa DSG significa um acréscimo da ordem dos 2000 euros no 1.6 TDI

Fichas técnicas

1.0TSI

Motor: 999 cc, três cilindros turbo, gasolina, injeção direta

Potência: 115 cv/5000-5500 rpm

Binário máximo: 200 Nm/2000-3500 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 9,9 s (10,1)

Velocidade máxima: 203 km/h (201)

Consumos: média –  4,8 l/100; estrada – 4,2; urbano – 5,9

Emissões: 109 g/km

Mala: 590/1580 litros (610/1740)

Preços: desde 21 399 euros (22 749)

1.6TDI

Motor: 1598 cc, turbodiesel, injeção direta

Potência: 115 cv/3250-4000 rpm

Binário máximo: 250 Nm/1500-3200rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades/DSG

Aceleração 0-100: 10,1s (10,2

Velocidade máxima: 203 km/h (201)

Consumos: média –  4 l/100; estrada – 3,7; urbano – 4,5 (4,1/3,8/4,6)

Emissões: 105 g/km

Mala: 590/1580 litros (610/1740)

Preços: desde 26 389 euros (27 482)

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