Estreando uma tecnologia híbrida de elevada eficiência, os novos Renault Clio e Captur E-Tech estão prestes a chegar ao mercado nacional, com a marca francesa a aceitar já as encomendas para aqueles dois modelos compactos. O Clio E-Tech tem preços a partir dos 23.200€, enquanto o Captur E-Tech (Plug-in) estará disponível a partir dos 33.590€. As primeiras entregas, para ambos os modelos, estão previstas para o mês de setembro.

A aposta na eletrificação por parte da Renault acentua-se agora como chegada dos dois novos híbridos que se juntam ao ZOE, sendo este 100% elétrico. No caso da tecnologia E-Tech, a Renault recolheu grande inspiração no mundo da Fórmula 1, transferindo muitos dos ensinamentos aí obtidos para os modelos de produção em série, registando mesmo 150 patentes ao longo do processo de desenvolvimento técnico do sistema híbrido que tem duas vertentes – uma híbrida simples (Clio) e outra híbrida Plug-in (Captur e Mégane Sport Tourer), ou seja, possível de ligar à tomada (apenas doméstica, neste caso).

De acordo com a marca francesa, esta tecnologia proporciona consumos baixos (1,5 l/100km nas versões híbridas plug-in do Captur e entre 4,3 e 4,4 l/100 km na versão híbrida do Clio) e eficiência de condução, graças à maior potência combinada destes sistemas.

Renault Clio E-Tech Híbrido 140

Assumindo a denominação E-Tech Híbrido 140, esta versão do Clio será comercializada em Portugal ao mesmo preço das versões equipadas com o motor Diesel Blue dCi 115 equivalentes. Equipado com um motor de nova geração a gasolina de 1598 cc, associado a dois motores elétricos – um de tipo HSG (High-Voltage Starter Generator) – e a uma inovadora caixa de velocidades multimodo sem embraiagem, debita 140 CV, sendo mesmo a versão de topo em termos de potência para o Clio.

Um dos grande trunfos deste sistema híbrido está na travagem regenerativa, combinada com a elevada capacidade de auto recarregamento das baterias de 1.2 kWh (230V), permitem que até 80% do tempo de circulação em meio urbano seja realizado em modo 100% elétrico, com um ganho nos consumos na ordem dos 30% face ao de um motor térmico. Isto em ciclo urbano e sem necessidade de adaptação da forma de condução.

O Clio E-Tech Híbrido 140 reivindica um consumo entre os 4,3 e 4,4 litros/100 km, em ciclo misto e emissões entre as 98 e as 100g de CO2/km (valores WLTP).

Ou seja, para uma quilometragem anual de 15.000 quilómetros, a poupança em combustível, em relação à versão TCe 130, será na ordem dos 25€/mês. Em modo totalmente elétrico, o novo Clio pode circular até aos 70-75 km/h.

Mégane Sport Tourer E-Tech
O terceiro elemento da gama híbrida da Renault é o Mégane Sport Tourer E-Tech Plug-In 160, que também chegará aos concessionários em setembro, mas com preços ainda por revelar.

A versão de entrada de gama – Intens – estará disponível por um preço de 23.200€, já integrando equipamentos como o sistema EASY LINK e o ecrã TFT (ambos de 7 polegadas), bem como o volante multifunções.Este modelo estará ainda disponível nas linhas R.S. Line, Exclusive, SL e Initiale Paris.

Renault Captur E-Tech Híbrido Plug-In 160

Já o Captur E-Tech Híbrido Plug-In 160 chegará em setembro com um preço de 33.590€ (versão Exclusive) e 36.590€ (Initiale Paris), mais elevados face às versões unicamente térmicas, mas que, segundo a Renault, podem ser rentabilizados pelos custos de utilização. Por exemplo, em relação à versão a gasolina de potência equivalente, o SUV híbrido reivindica consumos inferiores em cerca de 75%.

Ou seja, com um consumo, em ciclo misto de 1,5 l/100km e contabilizados também os custos de eletricidade, cada 100 quilómetros percorridos terá um custo na ordem dos 2,5€, contra os 10€/100 km de uma versão a gasolina ou os 7€ de um Diesel. Em suma, numa quilometragem anual de 15.000 quilómetros, o custo em combustível e eletricidade rondará apenas os 375 €/ano, contra os 1500€ de um motor a gasolina e os 1050€ de um Diesel.

No total, debita 158 CV de potência, graças aos 91 CV do motor a gasolina de 1598 cc de cilindrada e aos 67 CV (49 kW) do motor elétrico de tração, que surge associado a uma bateria de 10.4 kWh (345 V). O segundo motor elétrico é um Alternador Gerador de Alta-Voltagem (HSG) para os arranques e alimentação em modo elétrico. Dados da Renault indicam que pode percorrer de 50 quilómetros em modo 100% elétrico numa utilização mista (velocidade máxima elétrica de 135 km/h) a 65 quilómetros em ciclo urbano (WLTP City). Todos os arranques são efetuados em modo 100% elétrico.

Também surge equipado com uma inovadora caixa de velocidades multimodo sem embraiagem.


Vantagens fiscais

Além da eficiência de combustível, o custo de utilização é ainda minimizado pelas vantagens fiscais para clientes empresariais, associadas aos modelos híbridos. No Captur (e Mégane Sport Tourer) que beneficiam da tecnologia E-TECH Híbrida Plug-In, no valor de aquisição, o IVA é 100% dedutível, a taxa de tributação autónoma é de 10% (ou de 17% para as versões com valor de aquisição superior a 35.000€) o IVA associado aos carregamentos de eletricidade é 100% dedutível. Há ainda 75% de desconto no ISV e uma dedução fiscal em amortizações até 50.000€.

Já no caso do Clio E-TECH Híbrido 140, as empresas beneficiam de uma taxa de tributação autónoma de 10%, de 60% de desconto no ISV e de um gasto fiscal em amortizações até 25.000€.

No âmbito do Eco Plan, lançado pela Renault Portugal no início de 2020, o Clio Híbrido beneficia de um apoio de 1750€ para o abate de um automóvel com idade igual ou superior a 12 anos, enquanto que no Captur Hìbrido Plug-In este montante eleva-se a 2500€ (acumulável com outros apoios do Estado em vigor).

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