O tempestuoso Bugatti Chiron, por exemplo, estabeleceu um recorde do Guinness ao acelerar dos 0 aos 400 km/h e travar até se imobilizar novamente em apenas 41,9 segundos. Contudo, esse recorde demorou pouco tempo na posse da companhia francesa, já que escassos dias depois a Koenigsegg estabeleceu uma nova marca com o seu Agera RS com um tempo de 36,44 segundos!
Mas o que impede as marcas de chegarem com os seus modelos de produção em série aos 500 km/h com a tecnologia atual? Com efeito, um dos problemas dos veículos atuais, sejam eles alimentados com motores de combustão interna ou elétricos, reside nos pneus ou na sua dificuldade para lidar com as forças e pressões exercidas pelo aumento da velocidade e pela rotação exacerbada de uma velocidade extrema como os 500 km/h.
O mesmo revelou a Bugatti recentemente, segundo a qual o seu novo Chiron, com 1.500 CV, poderia superar – teoricamente – esse valor, se não fosse pelo esforço exigido aos pneus. O mesmo foi referido durante o verão ao site Popular Mechanics por Andy Wallace, piloto de testes da Bugatti e no passado também da McLaren (com o F1), que também indicou que a Michelin, fornecedora de pneus, está a desenvolver um composto capaz de suportar o esforço adicional que representaria circular a 450 km/h.
Naturalmente, esta será uma velocidade que em pouquíssimas ocasiões se poderia obter, mesmo com um carro com motor W16 de quatro turbos, como é o caso deste Chiron, mas que fica ainda a alguma distância dos 500 km/h.
Agora, contudo, a Hennessey apresentou uma imagem que aponta para uma curiosa indicação de 300 mph, ou seja, 482 km/h. Numa foto publicada na rede social Instagram, surge uma fotografia do Venom F5 ao lado de uma placa de trânsito em que é possível ler ‘Velocidade Máxima 300’, numa clara alusão às 300 mph que, na apreciação de Wallance ao site Popular Mechanics seria uma velocidade “devastadora” para os pneus.
A CHAVE DUPLA PARA A VELOCIDADE MÁXIMA DO CHIRON
Como a segurança está sempre em primeiro lugar, o Chiron exige uma segunda chave para a obtenção da sua velocidade de ponta, que é de 420 km/h (sem essa, fica reduzida a 380 km/h). Ou seja, apenas com a inserção de uma segunda chave é que a velocidade máxima de 420 km/h fica desbloqueada mas, ainda assim, apenas depois de um ‘check-up’ aos diversos sistemas do veículo, que vão desde a pressão dos pneus ao acerto da suspensão, que é rebaixada.
Ao mesmo tempo, a asa traseira estabelece um ângulo ‘certo’ para o efeito e a direção tem de estar centrada, porque apenas se pode atingir a sua velocidade máxima em linha reta.
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