Contacto Opel Grandland: Perdeu o “X”, mas mantém a eletrificação como alvo

27/10/2021

Restyling feliz do SUV compacto da Opel, onde sobressai o conceito vanguardista Vizor, é acompanhado de um forte reforço tecnológico. O “X” caiu, mas o alvo continua enquadrado na mira: a eletrificação da gama. O preço começa nos 32.395 euros da versão mais tradicional, 1.2 Turbo Business.

Não há grandes mistérios que envolvam o Opel Grandland que agora se apresenta no mercado nacional com um (feliz) restyling. Mais maduro, este SUV compacto deixa cair o “X” da sua anterior existência. Mas não perdeu de vista o alvo. Está até mais focado no caminho da hibridização (e eletrificação) do que alguma vez esteve.

As linhas procuram transmitir uma elegância vanguardista e dinamismo. A nova expressão visual da Opel, o Vizor – já conhecida do Mokka – encontra no novo Grandland, a sua melhor conjugação, integrando subtilmente a grelha frontal com o logótipo da marca e com várias tecnologias avançadas, como, por exemplo , os faróis IntelliLux LED Pixel, que criam um interessante elemento estético.

“O carregamento pode ser feito numa tomada doméstica, em estações públicas e em ‘wallboxes’ de utilização particular. Com uma destas, de 7,4 kW de potência, a bateria carrega em cerca de duas horas”

De resto, os para-choques, tanto à frente como atrás (e mesmo os painéis laterais) são da cor da carroçaria, conferindo um sentido de uniformidade ao conjunto.

Mas se, por fora, a evolução do Grandland poderá parecer um “jogo de luzes”, por dentro, esta é bem mais concreta. E pode ser traduzida numa palavra: digitalização. Não há como evitá-la nos tempos atuais. E o Grandland tinha, nesta matéria, algumas lacunas. Agora passou para outro patamar, nomeadamente, com o Pure Panel, um sistema que combina dois monitores numa só unidade de painel de instrumentos e um ecrã central tátil – até 10 polegadas.

Nota ainda para a qualidade de vida a bordo. Os materiais foram todos escolhidos com critério e a posição de condução é, também, exemplar, como comprovou o Motor 24, na apresentação nacional, nos arredores de Óbidos.

Junta-se a isto uma parafernália de sistemas de segurança de última geração. O Grandland conta com faróis adaptativos IntelliLuz LED Pixel (com 168 elementos), Night Vision, assistência à condução em autoestrada ângulo morto, travagem automática de emergência, alerta de saída de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito, câmara de 360 graus e um programador de velocidade, entre outros. Conectividade também não podia faltar: sistema de navegação, Apple Car Play e Android, entre muitos outros predicados tecnológicos.

Híbridos, mas não só

O novo Grandland dá mais um passo na estratégia de eletrificação da Opel, por via das variantes híbridas plug-in que contam com tração dianteira ou integral elétrica.

São várias as motorizações disponíveis no mercado português: 1.2 Turbo (130 cv) a gasolina, com caixa manual de seis velocidades ou automática de oito, 1.5 Turbo D (130 cv), de caixa automática; Hybrid (225 cv) e Hybrid Ford (300 cv), ambos de caixa automática.

A mais relevante? A híbrida plug-in Grandland Hybrid4. Tal como sugere o nome, conta com uma tração elétrica às quatro rodas e alia um motor térmico a gasolina 1.6 Turbo a dois motores elétricos. A potência debitada pelo conjunto ascende a 300 cv de potência (221 kW). Os valores de consumo de combustível, em ciclo misto (WLTP) são de 1,7-1,2 l/100 km, com 39-28 g/km de CO2.

A versão híbrida plug-in Grandland Hybrid parte do mesmo sistema, mas com um motor elétrico dianteiro de 110 cv, o que lhe confere tração às rodas da frente. O débito total do sistema é de 225 cv de potência, com binário de 360 Nm. Segundo a Opel, 80% dos condutores percorrem distâncias inferiores a 50 km nos movimentos diários pendulares (casa-trabalho-casa). O mesmo será dizer que, nestes casos, os Grandland híbridos plug-in podem ser potencialmente utilizados em permanência com emissões zero.

Os sistemas de motorização dos Opel Grandland híbridos possuem quatro modos de funcionamento – “Electric”, “Hybrid”, “AWD” e “Sport” (três na versão Hybrid) – que podem ser selecionados pelo condutor. No modo “Hybrid”, a gestão seleciona automaticamente o tipo de motorização mais eficiente para cada momento. O modo “Electric” de emissões zero pode ser ativado, por exemplo, quando se chega a um centro urbano. Já a função “e-Save” garante uma reserva de energia elétrica na bateria de alta voltagem para ser utilizada posteriormente, como seja numa zona de circulação exclusiva de veículos elétricos. Por fim, o modo “Sport” possibilita uma maior diversão ao volante, graças à gestão combinada dos débitos de potência do motor de combustão e da motorização elétrica. Ao optar por “AWD” (All-Wheel Drive, tração integral) no Grandland Hybrid4, o sistema garante máxima tração em todos os géneros de estradas.

O novo Opel Grandland contempla quatro níveis de equipamento à escolha (Business, GS Line, Elegance e Ultimate) e tem uma política de preços competitiva, com a versão de acesso à gama, a 1.2 Turbo, a gasolina, a partir de 32.395 euros. Nas propostas a gasóleo, com motor 1.5 Turbo D e caixa automática de oito velocidades, desde os 37.395 euros. A variante híbrida plug-in mais acessível está à venda por 46.485 euros.