Cerca de 12 meses depois da sua integração no Grupo PSA e do anúncio do plano estratégico ‘PACE!’, a Opel/Vauxhall apresenta os primeiros resultados positivos num caminho que pretende colocar a marca como uma companhia firmemente lucrativa, com forte aposta na eletrificação para assim atingir a meta de emissões de CO2, cada vez mais restrita na Europa.

O acesso às sofisticadas plataformas e às tecnologias de motorização do Groupe PSA está no cerne do programa alargado de eletrificação da gama de produtos Opel. Já em 2020, a marca terá quatro modelos com motorização eletrificada, um dos quais o novo Corsa, que terá uma versão 100% elétrica. Antes, porém, irá surgir no mercado o Grandland X PHEV, primeiro híbrido Plug-in da Opel.

Neste sentido, a Opel vai apresentar um total de oito modelos novos nos próximos dois anos, prevendo ter, em 2024, uma versão elétrica em cada modelo.

“Esta intensa vaga de produto dará um contributo decisivo para cumprirmos os limites de CO2 fixados pela União Europeia”, explica Michael Lohscheller, CEO da Opel, marca que aderiu recentemente a um projeto especial de criação de uma rede de postos de carregamento que conta com vários parceiros, entre os quais a cidade de Rüsselsheim.

Outro pilar do plano estratégico é o reforço da marca e o foco em produtos, canais de vendas e mercados rentáveis. Com o protótipo GT X Experimental a Opel proporcionou recentemente um olhar sobre o que prepara para o futuro no que toca a imagem e filosofia de ‘design’, afirmando ao mesmo tempo que reforçará os seus valores de marca alemã, acessível e emocionante. Aliás, este ponto é destacado por Lohscheller, que admite que “a Opel permanecerá alemã e a Vauxhall permanecerá britânica. Continuaremos a diferenciar-nos claramente das nossas marcas-irmãs francesas”

Os primeiros resultados concretos de reforço da marca, fruto de uma melhor seleção de canais de vendas e de uma nova estratégia de preços, traduziram-se numa melhoria dos resultados financeiros nos primeiros seis meses de 2018.

“Estamos a ser bem-sucedidos. A Opel vai ser lucrativa, elétrica e global. Isto é algo em que cada empregado da Opel pode ter orgulho. Conseguimos reorganizar-nos durante os últimos doze meses e mudar a nossa forma de pensar. Apresentámos lucros de 502 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2018 e continuamos a trabalhar arduamente no nosso sucesso”, sublinha o responsável da marca de Rüsselsheim.

Uma alavanca importante do êxito económico sustentado é a competitividade melhorada em todas as áreas de atividade da empresa. A Opel conseguiu reduzir custos fixos em 28% na primeira metade do ano. Com o objetivo de melhorar a competitividade, foram assinados acordos alargados com os parceiros sociais em todas as fábricas, o que permitiu, nomeadamente, uma melhoria significativa na relação custos laborais/receitas. Contudo, continua empenhada no objetivo de não encerrar fábricas, conforme adianta em comunicado. A empresa procedeu igualmente a uma simplificação da estrutura de gestão de topo, reduzindo o número de posições em um quarto no decurso do último ano.

A Opel também beneficia progressivamente da integração no Groupe PSA. Modelos baseados nas arquiteturas ‘Multi Energy Platforms’ são cerca de 50% mais eficientes do ponto de vista dos custos de desenvolvimento, ao mesmo tempo que se registam melhorias em qualidade. De notar que, nestes últimos 12 meses, o Centro de Engenharia de Rüsselsheim reforçou a sua posição no núcleo da rede de Pesquisa e Desenvolvimento do Groupe PSA. Além de 15 centros de competência com responsabilidade a nível mundial para todo o grupo (incluindo pilha de combustível a hidrogénio e sistemas avançados de apoio à condução), cabe também aos engenheiros da Opel o desenvolvimento de veículos comerciais ligeiros e de uma nova família de motores de quatro cilindros a gasolina. Perante a esperada redução de atividade resultante de menos projetos para terceiros, a Opel também anunciou planos para realizar uma parceria estratégica com a Segula Tecnhologies no sentido de preservar postos de trabalho qualificados em Rüsselsheim e em Dudenhofen (transferem-se cerca de 2000 empregados da Opel para o aquela empresa fornecedora de serviços de engenharia).

Pela primeira vez, a Opel começa a ter uma oferta completa de ‘leasing’, sob a estrutura da marca de mobilidade Free2Move do Groupe PSA. Este facto acrescenta um estímulo adicional de crescimento.

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