A obra foi produzida (e conduzida…) por Lelouch numa forma de ‘cinéma-vérité’ que não escapou a muitas críticas na época e a alguns problemas com a justiça francesa. Agora, em 2020, com a pandemia de Covid-19 a travar o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 mesmo antes de arrancar (no passado mês de março), a Ferrari encontrou no circuito do Mónaco um ponto de encontro (o tal ‘rendez-vous’) que quer abraçar
“Alguns encontros no calendário não podem ser esquecidos. Mesmo nas mais difíceis circunstâncias, eles pedem para ser honrados e transformados em oportunidade, para criar algo verdadeiramente único e memorável”, refere a marca italiana em comunicado, explicando o conceito por detrás desta recriação que promete ser emotiva no mesmo domingo em que o Grande Prémio do Mónaco deveria ter lugar – será a primeira vez desde 1954 que o GP do Mónaco não se realizará.
Tanto mais que será uma demonstração ‘caseira’ para Leclerc, mas também o retorno de Claude Lelouch a uma ideia que conhece bem: agora será denominado “Le Grand Rendez-Vous”, ou seja, o grande encontro. Além de Leclerc, o outro protagonista do filme promete ser o Ferrari SF90 Stradale, um modelo híbrido lançado no ano passado para celebrar o 90º aniversário da Scuderia, com uma potência de 1000 CV e uma relação peso/potência de 1.57 kg/CV.
O encontro será também uma forma simbólica de a Ferrari assinalar um início do retorno à normalidade – “o novo normal”, apontado pela marca – após o confinamento dos últimos meses. Ao mesmo tempo, quer agradecer o apoio dos adeptos e dos seus clientes, num encontro com aquela que é a pista mais glamorosa do calendário de Fórmula 1 e que em 2020 foi simplesmente cancelada por imperativos de saúde pública.
Com efeito, a temporada de Fórmula 1 espera também pelo seu arranque, que terá lugar no início de julho, com o Grande Prémio da Áustria.